segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Um pouco de poesia amadora

À Parahyba

Parahyba do norte,

como seus filhos,

homens e mulheres,

gente de sorte.

Do sertão ao mar,

úmida e árida,

suada e sábia,

do oriente é o apontar.

Quanta beleza,

altiva em sua fortaleza.

Apesar da labuta,

sofre com a natureza.

Na sua pele queimada,

tem muita bravura.

Suas mulheres são arredias,

mas também têm candura.

Para Parahyba falar,

só com a devida licença.

Pois em seu leito surgiram

homens de estatura imensa.

Rêgo e Joãos.

Américo e Anjos.

Alves e Margaridas.

Mártires e fulanos.

De suas águas

se traduz riqueza.

Pescadores podem testemunhar,

em sua diária batalha,

Até contra baleias em alto-mar.

Pequena e premida,

seu povo a agiganta.

Se ameaçada ou ferida,

contra todos se levanta.

Do seu nome não se rima,

porque a grandeza é sua sina.

Em suas pegadas devemos mirar,

pois até o Sol é o primeiro a nos beijar.

De Cajazeiras ao Cabo Branco,

tu és linda em todo seu canto.

Se no passado temos sangue,

e na bandeira tem o luto,

é para que não ocorra no futuro,

a negação que nos oprima.

Se pobre é o poema,

grande é o amor,

por esta pequena,

quente e com calor.

Márcio Lacerda de Araújo

Brasília, 21 de outubro de 2002

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