sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Crise? Que Crise? 3

Ontem, estava a debater com uns amigos, um tema sempre recorrente: a crise.

Um era construtor e o outro um homem de "mercado", enquanto o escriba representava a classe média tradicional.

Confesso que respeitei e concordei com a análise feita pelo empresário do ramo da construção civil. Para ele, essa crise é uma crise para as classes A e B, ou seja, as mais altas, as que lêem jornais e dão atenção aos analistas econômicos (?) dos canais de TV.

Essa crise é para aqueles que tem cartão de crédito Platinum... compram carros caros e apartamentos luxuosos como também viajam para o exterior uma vez por ano no mínimo. Para esses, o crédito de certa fora escasseou.

Mas a crise não chegou à Nova classe média, formada pelas faixas C e D. Com certeza, estes antes excluídos continuarão a comprar casas e carros populares, eletrodomésticos, alimentação e serviços, desde que tenham emprego e acesso ao crédito... e para isso o Governo Lula tem uma atitude pró-ativa a promover ajustes pontuais para que a população continue a consumir.

O homem de mercado, este sim, estava "vendido", numa posição que agora resta esperar ou especular.

Para o escriba representante da Velha classe média, este acredita que as medidas tomadas pelo governo Lula, antes da crise e, principalmente, depois da crise, indicam que o ano de 2009 será virtuoso para essa classe também... medidas de acesso ao crédito imobiliário, projeto de diminuição do IRPF, assim como outros que certamente advirão, fechará o círculo fazendo com que todas as classes do país sejam agraciadas com medidas anticrise.

O cenário de fim do mundo só existe nos jornais nacionais e seus pares, que tentam transformar essa marola num tsunami contra o Lula.

Esperemos. O governo Lula vai sair mais forte dessa crise americana e européia, ao invés do FHC que quebrou o país 3 vezes com crises de poucos bilhões de dólares.

Vamos celebrar o fim do ano tendo a certeza que hoje vivemos num dos países MAIS RICOS DO MUNDO. Só falta ser mais justo, mas isso também é uma questão de tempo.

Márcio Lacerda de Araújo

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