segunda-feira, 25 de maio de 2009

Revista Época Leva Pau dos Leitores


Vocês podem confirmar, mas o site da revista semanal da Globo tá levando uma surra dos leitores por ter publicado que os portadores de esclerose múltipla são dementes, como se pode ver a partir desse comentário lá postado:

"Uma Revista Época menos demente e mais adulta
Tenho muitos sonhos para 2020 mas para a Revista Época gostaria apenas que se tornasse mais verdadeira, mais adulta, mais humilde e tivesse a dignidade de reconhecer um erro cometido na edição anterior ao invés de apagar as postagens e esquecer dezenas de milhares de leitores que são portadores de Esclerose Múltipla e que foram indevidamente taxados de dementes por essa revista. Quero acreditar que foi um lapso mas acho que reconhecer publicamente um erro é uma forma de crescer e espero, sinceramente, que esta revista amadureça até 2020."

Maria Auxiliadora

Maiores informações: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDI0-15223-1-74170,00.html

Sem a Internet, Lula Já Teria Caído


www.visaooeste.com.br

Lembro-me bem o que aconteceu quando deflagraram o escândalo do “mensalão”. Nos primeiros momentos, só a oposição tinha voz na imprensa nacional, até porque, ao ser deflagrado o escândalo, os aliados do governo emudeceram. Alguns parlamentares do PT debandaram do partido na hora primeira.
Os poucos que tentavam esboçar qualquer reação eram logo rechaçados por um turbilhão de informações cruzadas, ou, no mínimo, ridicularizados. Com o passar do tempo, algumas vozes foram se disseminando pela internet e muito se esclareceu sobre a verdade dos fatos. Se não existisse a internet, não tenho dúvida, o governo Lula teria sido golpeado, como Jango em 64.
A CPI da Petrobras, aprovada sexta-feira (15/5), foi arquitetada sob inspiração de matéria publicada pelo jornal O Globo, que acusa a diretoria da empresa de haver aplicado indevidamente, ou seja, com efeitos retroativos a 2008, as determinações de uma Medida Provisória que só teriam validade a partir do ano base 2009.
A própria Miriam Leitão, pitonisa da ciência econômica a serviço das Organizações Globo, declarou em seu blog: “Hoje, a oposição numa manobra intalou [está grafado assim mesmo, portanto não sei se o erro de digitação deve ser atribuído à falta de “s” ou à troca de “e” por “i”] CPI para investigar a Petrobras, isso por causa da matéria do Globo, do último domingo, mostrando que a empresa deixou de pagar mais de R$ 4 bilhões por conta de uma manobra contábil”.
Essa é mais uma das provas irrefutáveis de que o grosso da imprensa brasileira se transformou no PIG, Partido da Imprensa Golpista, com poderes mais expressivos que os próprios partidos de oposição, pois é quem pauta suas decisões.

*Fernando Soares Campos é escritor - Texto publicado originalmente em Observatório da Imprensa (Leia a íntegra em www.observatoriodaimprensa.com.br)

Os dez estragos de FHC na Petrobras


do site da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET)

Para refrescar a memória do senador Sérgio Guerra (PE) e demais entusiastas da CPI da Petrobrás, o presidente da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobras), Fernando Leite Siqueira, selecionou dez estragos produzidos pelo Governo FHC no Sistema Petrobrás, que seguem:

1993 - Como ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso fez um corte de 52% no orçamento da Petrobrás previsto para o ano de 1994, sem nenhuma fundamentação ou justificativa técnica. Ele teria inviabilizado a empresa se não tivesse estourado o escândalo do orçamento, envolvendo vários parlamentares apelidados de `anões do orçamento`, no Congresso Nacional, assunto que desviou a atenção do País, fazendo com que se esquecessem da Petrobrás. Todavia, isto causou um atraso de cerca de 6 meses na programação da empresa, que teve de mobilizar as suas melhores equipes para rever e repriorizar os projetos integrantes daquele orçamento;

1994 - ainda como ministro da Fazenda, com a ajuda do diretor do Departamento Nacional dos Combustíveis, manipulou a estrutura de preços dos derivados do petróleo, de forma que, nos 6 últimos meses que antecederam o Plano Real, a Petrobrás teve aumentos mensais na sua parcela dos combustíveis em valores 8% abaixo da inflação. Por outro lado, o cartel internacional das distribuidoras derivados teve aumentos de 32%, acima da inflação, nas suas parcelas.

Isto significou uma transferência anual, permanente, de cerca de US$ 3 bilhões do faturamento da Petrobrás, para o cartel dessas distribuidoras.

A forma de fazer isto foi através dos 2 aumentos mensais que eram concedidos aos derivados, pelo fato de a Petrobrás comprar o petróleo em dólares, no exterior, e vender no mercado em moeda nacional. Havia uma inflação alta e uma desvalorização diária da nossa moeda. Os dois aumentos repunham parte das perdas que a Petrobrás sofria devido a essa desvalorização.

Mais incrível: a Petrobrás vendia os derivados para o cartel e este, além de pagá-la só 30 a 50 dias depois, ainda aplicava esses valores e o valor dos tributos retidos para posterior repasse ao tesouro no mercado financeiro, obtendo daí vultosos ganhos financeiros em face da inflação galopante então presente. Quando o plano Real começou a ser implantado com o objetivo de acabar com a inflação, o cartel reivindicou uma parcela maior nos aumentos porque iria perder aquele duplo e absurdo lucro.

1995 - Em fevereiro, já como presidente, FHC proibiu a ida de funcionários de estatais ao Congresso Nacional para prestar informações aos parlamentares e ajudá-los a exercer seus mandatos com respaldo de informações corretas. Assim, os parlamentares ficaram reféns das manipulações da imprensa comprometida. As informações dadas aos parlamentares no governo de Itamar Franco, como dito acima, haviam impedido a revisão com um claro viés neoliberal da Constituição Federal.

Emitiu um decreto, 1403/95 que instituía um órgão de inteligência, o SIAL, Serviço de Informação e apoio Legislativo, com o objetivo de espionar os funcionários de estatais que fossem a Brasília falar com parlamentares. Se descobertos, seriam demitidos.

Assim, tendo tempo para me aposentar, solicitei a aposentadoria e fui para Brasília por conta da Associação. Tendo recursos bem menores que a Petrobrás (que, no governo Itamar Franco enviava 15 empregados semanalmente ao Congresso), eu só podia levar mais um aposentado para ajudar no contato com os parlamentares. Um dos nossos dirigentes, Argemiro Pertence, mudou-se para Brasília, às suas expensas, para ajudar nesse trabalho;

Também em 1995, FHC deflagrou o contrato e a construção do Gasoduto Bolívia-Brasil, que foi o pior contrato que a Petrobrás assinou em sua história. FHC, como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, funcionou como lobista em favor do gasoduto. Como presidente, suspendeu 15 projetos de hidrelétricas em diversas fases, para tornar o gasoduto irreversível. Este fato, mais tarde, acarretaria o `apagão` no setor elétrico brasileiro.

As empresas estrangeiras, comandadas pela Enron e Repsol, donas das reservas de gás naquele país só tinham como mercado o Brasil. Mas a construção do gasoduto era economicamente inviável. A taxa de retorno era de 10% ao ano, enquanto o custo financeiro era de 12% ao ano. Por isto pressionaram o Governo a determinar que Petrobrás assumisse a construção. A empresa foi obrigada a destinar recursos da Bacia de Campos, onde a Taxa de Retorno era de 80%, para investir nesse empreendimento. O contrato foi ruim para o Brasil pelas seguintes razões: mudança da matriz energética para pior, mais suja, ficar dependente de insumo externo dominado por corporações internacionais, com o preço atrelado ao do petróleo e valorada em moeda forte; foi ruim para a Bolívia que só recebia 18% pela entrega de uma de suas últimas riquezas, a mais significativa. Evo Morales elevou essa participação para 80% (a média mundial de participação dos países exportadores é de 84%) e todas as empresas aceitaram de bom grado. E foi péssimo para a Petrobrás que, além de tudo, foi obrigada a assinar uma cláusula de `Take or Pay`, ou seja, comprando ou não a quantidade contratada, ela pagaria por ela. Assim, por mais de 10 anos, pagou por cerca de 10 milhões de metros cúbicos sem conseguir vender o gás no mercado nacional.

Em 1995, o governo, faltando com o compromisso assinado com a categoria, levou os petroleiros à greve, com o firme propósito de fragilizar o sindicalismo brasileiro e a sua resistência às privatizações que pretendia fazer. Havia sido assinado um acordo de aumento de salário de 13%, que foi cancelado sob a alegação de que o presidente da Petrobrás não o havia assinado. Mas o acordo foi assinado pelo então Ministro das Minas e Energia, Delcídio Amaral, pelo representante do presidente da Petrobrás e pelo Ministro da Fazenda, Ciro Gomes.

Além disto, o acordo foi assinado a partir de uma proposta apresentada pelo presidente da Petrobrás. Enfim, foi deflagrada a greve, após muita provocação, inclusive do Ministro do TST, Almir Pazzianoto, que disse que os petroleiros estavam sendo feitos de palhaços. FHC reprimiu a greve fortemente, com tropas do exercito nas refinarias, para acirrar os ânimos. Mas deixou as distribuidoras multinacionais de gás e combustíveis sonegarem os produtos, pondo a culpa da escassez deles nos petroleiros. No fim, elas levaram 28% de aumento, enquanto os petroleiros perderam até o aumento de 13% já pactuado e assinado.

Durante a greve, uma viatura da Rede Globo de Televisão foi apreendida nas proximidades de uma refinaria, com explosivos. Provavelmente, pretendendo uma ação sabotagem que objetivava incriminar os petroleiros. No balanço final da greve, que durou mais de 30 dias, o TST estabeleceu uma multa pesada que inviabilizou a luta dos sindicatos. Por ser o segundo maior e mais forte sindicato de trabalhadores brasileiros, esse desfecho arrasador inibiu todos os demais sindicatos do país a lutar por seus direitos. E muito menos por qualquer causa em defesa da Soberania Nacional. Era a estratégia de Fernando Henrique para obter caminho livre e sangrar gravemente o patrimônio brasileiro.

1995 – O mesmo Fernando Henrique comandou o processo de mudança constitucional para efetivar cinco alterações profundas na Constituição Federal de 1988, na sua Ordem Econômica, incluindo a quebra do monopólio Estatal do Petróleo, através de pressões, liberação de emendas dos parlamentares, barganhas e chantagens com os parlamentares (o começo do `mensalão` – compra de votos de parlamentares com dinheiro desviado do erário público). Manteve o presidente da Petrobrás, Joel Rennó que, no governo Itamar Franco, chegou a fazer carta ao Congresso Nacional defendendo a manutenção do monopólio estatal do petróleo, mas que, no governo FHC, passou a defensor empedernido da sua quebra.

AS CINCO MUDANÇAS CONSTITUCIONAIS PROMOVIDAS POR FHC:

1) Mudou o conceito de empresa nacional. A Constituição de 1988 havia estabelecido uma distinção entre empresa brasileira de capital nacional e empresa brasileira de capital estrangeiro. As empresas de capital estrangeiro só poderiam explorar o subsolo brasileiro (minérios) com até 49% das ações das companhias mineradoras. A mudança enquadrou todas as empresas como brasileiras. A partir dessa mudança, as estrangeiras passaram a poder possuir 100% das ações. Ou seja, foi escancarado o subsolo brasileiro para as multinacionais, muito mais poderosas financeiramente do que as empresas nacionais. A Companhia Brasileira de Recursos Minerais havia estimado o patrimônio de minérios estratégicos brasileiros em US$ 13 trilhões. Apenas a companhia Vale do Rio Doce detinha direitos minerários de US$ 3 trilhões. FHC vendeu essa companhia por um valor inferior a que um milésimo do valor real estimado.

2) Quebrou o monopólio da navegação de cabotagem, permitindo que navios estrangeiros navegassem pelos rios brasileiros, transportando os minérios sem qualquer controle;

3) Quebrou o monopólio das telecomunicações, para privatizar a Telebrás por um preço abaixo da metade do que havia gastado na sua melhoria nos últimos 3 anos, ao prepará-la para ser desnacionalizada. Recebeu pagamento em títulos podres e privatizou um sistema estratégico de transmissão de informações. Desmontou o Centro de Pesquisas da empresa e abortou vários projetos estratégicos em andamento como capacitor ótico, fibra ótica e TV digital;

4) Quebrou o monopólio do gás canalizado e entregou a distribuição a empresas estrangeiras. Um exemplo é a estratégica Companhia de Gás de São Paulo, a COMGÁS, que foi vendida a preço vil para a British Gas e para a Shell. Não deixou a Petrobrás participar do leilão através da sua empresa distribuidora. Mais tarde, abriu parte do gasoduto Bolívia-Brasil para essa empresa e para a Enron, com ambas pagando menos da metade da tarifa paga pela Petrobrás, uma tarifa baseada na construção do Gasoduto, enquanto que as outras pagam uma tarifa baseada na taxa de ampliação.

5) Quebrou o Monopólio Estatal do Petróleo, através de uma emenda à Constituição de 1988, retirando o parágrafo primeiro, elaborado pelo diretor da AEPET, Guaracy Correa Porto, que estudava direito e contou com a ajuda de seus professores na elaboração. O parágrafo extinto era um salvaguarda que impedia que o governo cedesse o petróleo como garantia da dívida externa do Brasil. FHC substituiu esse parágrafo por outro, permitindo que as atividades de exploração, produção, transporte, refino e importação fossem feitas por empresas estatais ou privadas. Ou seja, o monopólio poderia ser executado por várias empresas, mormente pelo cartel internacional;

1996 - Fernando Henrique enviou o Projeto de Lei que, sob as mesmas manobras citadas, se transformou na Lei 9478/97. Esta Lei contem artigos conflitantes entre si e com a Constituição Brasileira. Os artigos 3º, 4º e 21, seguindo a Constituição, estabelecem que as jazidas de petróleo e o produto da sua lavra, em todo o território Nacional (parte terrestre e marítima, incluído o mar territorial de 200 milhas e a zona economicamente exclusiva) pertencem à União Federal. Ocorre que, pelo seu artigo 26 -- fruto da atuação do lobbysobre uma brecha deixada pelo Projeto de Lei de FHC -- efetivou a quebra do Monopólio, ferindo os artigos acima citados, além do artigo 177 da Constituição Federal que, embora alterada, manteve o monopólio da União sobre o petróleo. Esse artigo 26 confere a propriedade do petróleo a quem o produzir.

http://www.aepet.org.br

Serra adora PROIBIR


Caça aos fumantes convoca dedo-duros

Que maravilha! Está oficialmente aberta a temporada de caça aos fumantes. A lei antifumo do governo Serra só entrará em vigor no próximo dia 7 de agosto, mas quem não tiver mais nada para fazer pode desde já pegar em armas e se alistar na grande cruzada contra o cigarro.

“Governo Serra vai estimular `dedo-duro´na lei antifumo”, diz o título do caderno Cotidiano da Folha de domingo, acrescentando logo abaixo: “Clientes poderão enviar até fotos para denunciar desrespeito à legislação”.


***** Do Balaio do Kotscho (http://colunistas.ig.com.br/ricardokotscho/)

Serra PROÍBE quentão em quermesse


Post do excelente Blog Entrelinhas, do Luiz Antonio Magalhães (http://blogentrelinhas.blogspot.com/)


Está hilário o trecho reproduzido abaixo, retirado da coluna de José Simão publicada hoje na Folha de S. Paulo. Simão está coberto de razão. Que nós, paulistas, merecemos um governador assim, vá lá, é o estado mais conservador do país. O que não dá é para imaginar, por exemplo, um nordestino admitindo a ingerência de um presidente da República em suas festas juninas. Do jeito que a coisa vai, Serra proibirá chopp na orla do Rio, vetará o chimarrão nas repartições públicas federais do Rio Grande do Sul, acabará com a pesca no Pantanal. Ok, a Dilma também é sisuda, mas o governador de São Paulo é exatamente a antítese do jeito festeiro e alegre do brasileiro. Este blog não duvida da força eleitoral do governador, mas aposta que este tipo de medida será usada na campanha do ano que vem. Se bem trabalhadas, as peças publicitárias poderão caracterizar Serra como autoritário - "o homem que proíbe" ou algo do tipo. A seguir, o texto de José Simão:

O Serra escova os dentes com vinagre. Serra proibiu quentão nas quermesses das escolas estaduais. Vou lançar a enquete: O que mais o Serra vai proibir? Chiclé de bola, calabresa em porta de estádio, boquete em carro, picanha em churrascaria, sexo em motel, soltar pum embaixo do cobertor e cachorro abanar o rabo. E o que vai permitir? Sopa de hospital e exame de próstata! O problema não é o que ele proíbe, o problema é que ele SÓ proíbe!

Avanço da mídia corporativa contra a INTERNET

***** Excelente post do Biscoito Fino e a Massa sobre a guerra travada pelos grandes grupos econômicos midiáticos contra a INTERNET.
***** Aguardem os próximos capítulos referentes às restrições que os donos da mídia pretendem impor à INTERNET.
MLA

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Nem me falem em salvar o jornalismo

cartoon-1.jpg24 horas não passam sem que chegue notícia de alguma iniciativa dos oligopólios da mídia, do lobby pró-copyright e de associações como a RIAA no sentido de engessar a revolução desencadeada pela internet. É, meus leitores, a coisa anda feia. Um dos sofismas com os quais se travestem essas iniciativas é o de “salvar o jornalismo”, como se este, em seu sentido amplo, não pudesse sobreviver sem os ditos oligopólios.

Na semana passada, o Washington Post mobilizou dois advogados para iniciar um lobby por leis cuja aprovação representaria um pesadelo na internet. Se conheço a dinâmica desses movimentos, essas “ideias” não tardarão em chegar ao Brasil. Por isso, não avisem o Tio Civita nem o Tio Marinho sobre este post. Mas preparemo-nos. Depois não adianta chorar.

O texto escrito pelos advogados do Post chega a um ponto jurídico a que eu jamais vi nenhum lobby de mídia chegar. Ele já foi desmontado pelo Buzz Machine, mas eu quero acrescentar aqui meus dois centavos para o contexto brasileiro. Vejamos o que propõem esses dois senhores. Para benefício dos que não leem inglês, eu traduzo:

Os produtos (e lucros) do Google teriam uma cara diferente se, por exemplo, a lei dissesse que ele deve obter permissões de copyright para copiar e indexar as páginas da internet. Ao invés disso, os motores de busca exigem que os donos do copyright “optem por sair” da sua rede, e até agora o seu poder de mercado tem permitido que eles escapem ilesos. cartoon-1.jpg

Imaginem um mundo em que o Google tivesse que pedir permissão, sob a lei de copyright, para indexar as páginas da internet. Acredito serem desnecessárias maiores considerações. Seria melhor fechar a net e voltar à época em que datilografávamos cartas e lambíamos envelopes para levá-los aos correios.

Uma das coisas que ensina o mais perfeito jogo de baralho inventado pela espécie humana – o truco – é que você não blefa quando não tem condições de blefar. Se já blefou cinco vezes, perdeu todas elas e agora saiu com dois valetes e uma dama, não truque, porque ouvirá um “seis!” gigantesco na orelha. Evidentemente, essa proposta é um blefe. Caso ela prospere, eu faria o seguinte, se fosse executivo do Google. Convocaria uma conferência de imprensa e diria: aqueles grupos de mídia que acreditem que a indexação do Google é uma violação da lei de copyright, por favor se manifestem e nós retiraremos todas as referências a eles no motor de busca. Nem o mais demente funcionário do Washington Post sustentaria o blefe.

As sandices propostas pelos advogados do Post não param aí. A camisa-de-força jurídica vai além. Eles propõem:

1. Federalização da doutrina do “hot news”. Isso significaria que, durante um certo período em que a notícia está "quente", você não poderia sequer repetir seu conteúdo (atenção: o conteúdo, não o texto em si), já que os capangas do Washington Post acham que isso é pilhagem. Felizmente, disso já estamos protegidos no Brasil. O que é mais irônico é que a verdadeira pilhagem é feita pela fábrica de linguiça dos oligopólios de mídia, que sistematicamente tomam textos de jornais locais e os reproduzem sem dar crédito nem link aos jornalistas responsáveis por eles.

2. Usar a política fiscal para “promover a imprensa”. Sem comentários. Se essa sandice chega por aqui, veríamos o seu, o meu, o nosso dinheirinho sendo usado para salvar da insolvência e da irrelevância os oligopólios dos Marinho e dos Civita – não que isso já não esteja sendo feito, é claro.

3. Criar isenções nas leis anti-truste para os grupos de mídia, já que, segundo os advogados do Post, a “insolvência da mídia é hoje uma ameaça maior que a sua concentração”. Sobre isso, teríamos que retrucar: ameaça para quem, cara-pálida? Quem está se sentindo ameaçado? Será que a população realmente está preocupada com o desespero dos grandes oligopólios de mídia?

Por isso, a proposta do Biscoito é radical: acelerar a putrefação da mídia. Multiplicar as fontes de jornalismo independente. Disseminar a linkania. Apostar na circulação de informações na internet. E, sobretudo, ficar atento, porque eles estão desesperados e vão recorrer a qualquer coisa.


Texto extraído do Blog O Biscoito Fino e a Massa (http://www.idelberavelar.com/)

domingo, 24 de maio de 2009

Privatização é igual a Desestatização

Em primeira mão no blog "Os amigos do Presidente Lula"


Um flagrante atualíssimo do projeto do tucanato de José Serra para privatizar a Petrobras e o pré-sal do Brasil, entregando a PetrobraX do capital internacional.

Passo a passo:

2007 - Tucano "denuncia" que Petrobras OFENDE a lei de "desestatização"

Lula reeleito, a Petrobras, muito bem administrada, se expande. Adquire o controle da Suzano Petroquímica S.A.

O atual secretário de educação de José Serra, Paulo Renato de Souza, entra com denúncia contra a Petrobrás no MPF (Ministério Público Federal) e no TCU (Tribunal de Contas da União), contrária à essa aquisição.

O motivo?

O tucano denuncia ao TCU e MPF que a Petrobras cometeu o seguinte "crime":

"ILEGALIDADE DA AQUISIÇÃO POR OFENSA AO PROGRAMA NACIONAL DE DESESTATIZAÇÃO."

Vejam com seus próprios olhos:

Mas a abaixo, nessa representação, Paulo Renato "fundamenta" o "crime":

...
Para ler a íntegra da representação, a página na internet do tucano está aqui (enquanto José Serra não mandar retirar do ar).

Como sabemos, "desestatização" é a palavra suave usada pelos demo-tucanos para não usar a palavra "privatização".


2009 - Para tucanos, "OFENDER a PRIVATIZAÇÃO" seria "corrupção"...

A bancada tucana de José Serra no senado, capitaneada por Álvaro Dias(PSDB/PR), Tasso Jereissati (PSDB/CE) e Arthur Virgilio (PSDB/AM), cria a CPI da PetrobraX demo-tucana, alegando denúncias de irregularidades no TCU e ao MPF, como se fossem "corrupção".

Vejam bem o ciclo político demo-tucano:

- Irregularidades no TCU é qualquer coisa que foge às normas, contratos, regras, leis, além do óbvio padrão de valores (super-faturamento).

- Tucanos plantam no TCU "irregularidades" para serem apuradas com base na "OFENSA" à lei de PRIVATIZAÇÃO!!! - que foi amplamente rejeitada pelo povo brasileiro nas eleições de 2002 e 2006.

- O TCU está aparelhado por ex-integrantes da bancada do PSDB e do DEMos (PFL na época), os mesmos que votaram a favor destas leis lesa-pátria, quando estavam no congresso nacional.

- Agora usam as "irregularidades" no TCU para abrir CPI contra a Petrobras, visando atrapalhar o desenvolvimento do Brasil (que a empresa proporciona) e paralisá-la com vistas a retomar o controle 2010.

- Depois, caso vencessem, dariam continuidade ao programa demo-tucano de "desestatização".

Paulo Renato, pela fidelidade à cartilha tucana, recebe como prêmio de José Serra o posto de Secretário de Educação do Estado de São Paulo.

É urgente fazer correr pela blogosfera essa denúncia de Paulo Renato ao TCU, porque ela desmente as desculpas esfarrapadas dos senadores tucanos sobre as reais intenções da CPI, e demonstra que nem todas as "irregularidades no TCU" tem fundamento.

Se a tucanada de José Serra quiser avançar sua gula privatista em conluio com o capital internacional, que exponham os dentes, e levem ao seu programa de TV denúncias como estas, feitas no tapetão do TCU, escondidas do povo. Não venham querer fazer o povo brasileiro de bobo.

Frases

"Alguns acharam que (se aprovassem a CPMF) o Presidente ia ficar muito forte e fazer o sucessor em 2010. Acho isso uma pobreza de espírito. Me dá pena”

Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República

PT da Paraíba sem rumo

Política

Manifesto que apoia candidatura de Ricardo provoca racha no PT

21/05/2009 15:22:00

Phelipe Caldas

O Partido dos Trabalhadores está cada vez mais rachado na Paraíba, com a aproximação das eleições estaduais de 2010 e as divergências sobre as alianças que o partido fará na oportunidade. De um lado, o grupo político do deputado federal Luiz Couto se mobiliza e lança na manhã desta sexta-feira (22) (em café da manhã do Xênius Hotel) um manifesto em que apoia a candidatura do prefeito pessoense Ricardo Coutinho (PSB) ao Governo da Paraíba, tendo na chapa o próprio Luiz Couto como candidato ao Senado Federal. De outro, lideranças petistas que defendem a manutenção da aliança com o PMDB e que criticam a postura adotada pelo atual presidente estadual da legenda.

Quem falou em nome de Luiz Couto foi o secretário-geral do PT, Jackson Macedo, que diz que o partido precisa passar por uma renovação e pôr fim a “estagnação política” que vive já há muitos anos. “Precisamos de novas lideranças e novos pensamentos, e isto pode ser representado por Ricardo Coutinho e por Luiz Couto”, frisou, defendendo uma aliança de esquerda com PT, PSB e PC do B em 2010.

O manifesto, segundo Macedo, já conta com 400 assinaturas, mas ele diz que ainda está em busca de novos apoios a este projeto. Os deputados estaduais Rodrigo Soares e Jeová Campos e o vice-governador Luciano Cartaxo, contudo, não assinam o documento.

A reação veio imediata. Representante do Grupo de Resistência Petista, uma das tendências do partido, o militante Basílio Carneiro disse que esta aliança do PT com o PSB é fruto da opinião pessoal de Luiz Couto e de seu sonho em ser senador. “Esta não é uma posição do Partido dos Trabalhadores, mas apenas do deputado federal. Mas eles podem ficar tranquilos que vamos reagir a isto”, destacou.

Basílio criticou também a postura política de Luiz Couto. “Ele é um craque em destruir alianças. Foi assim com Chico Lopes em 1996, com Ricardo Coutinho em 2000 e agora com Luciano Cartaxo. Mas não vamos ser subservientes”, frisou, garantindo que haverá disputa interna para indicação do PT ao Senado Federal. “Defendemos a permanência da aliança com o PMDB e de nova indicação de Luciano Cartaxo para vice-governador. E é para isto que vamos trabalhar”, arrematou.

PT e PMDB pelo Brasil

A aliança entre PT e PMDB promete ruir em vários Estados brasileiros. No Pará, por exemplo, o líder do PMDB, deputado federal Jáder Barbalho, entregou todos os cargos no governo petista comandado por Ana Júlia Carepa (PT), numa tendência que já aconteceu em pelo menos outros sete estados. Mas para o deputado estadual Rodrigo Soares (PT), esta separação entre os dois partidos não vai acontecer.

"Estive reunido com integrantes da diretoria nacional do PT ontem em Brasília e o que há é o esforço para manter a unidade entre os partidos que já atuam unidos ao Governo Federal", contou Rodrigo. Ele disse ainda que "sempre podem haver rachas em um estado ou outro, mas a orientação nacional é a de manter a unidade".

Sobre o assunto, o deputado federal Luiz Couto se limita a dizer que esta é uma opinião pessoal de Rodrigo Soares, que de acordo com ele estaria se antecipando aos fatos. “Existem várias teses no PT, mas tudo só será definido em janeiro de 2010, quando o Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores vai se reunir para definir as políticas de alianças para as eleições estaduais e nacional”, definiu.

Questionado sobre quais as teses que já foram defendidas publicamente no PT, Couto diz que tem que defende alianças com José Maranhão, com Ricardo Coutinho e com Veneziano Vital do Rego, e tem até quem defenda a candidatura própria da legenda.


Fonte: Portal Paraíba 1

Copa 2014 atrai investimentos

Grupo hoteleiro anuncia plano de expansão no Brasil

Grupo InterContinental Hotels Group (IHG), proprietário dos hotéis Holliday, acaba de anunciar um ambicioso projeto de expansão no Brasil que prevê a abertura de 40 hotéis até 2014, sendo 32 Holiday Inn e Holiday Inn Express. As primeiras cinco unidades dessa fornada consumirão um investimento total de R$ 70 milhões. O desembolso será feito por empresários locais que atuarão no sistema de franquia.

Com isso, o grupo espera aproveitar o bom momento vivido pelo setor, que cresceu 10% no ano passado. Fruto direto da estabilidade econômica, do aumento do número de integrantes da classe C e da criação de linhas de crédito subsidiadas para o turismo interno. Um movimento semelhante ao ocorrido nos Estados Unidos na década de 1950, de acordo com James Abrahamson, presidente da divisão Américas do InterContinental Hotels Group. Em meados de abril ele desembarcou em São Paulo para participar da assinatura dos contratos de licenciamento das marcas. Na ocasião reafirmou os planos de investimento, mesmo diante das incertezas causadas pela crise global.

Plano de expansão
O plano de expansão da subsidiária foi desenhado em 2008. O estudo resultou no levantamento das 50 cidades com potencial para abrigar um empreendimento da rede IHG. São localidades com dinamismo econômico ou com vocação turística, que possuem pelo menos 200 mil habitantes. As primeiras parcerias serão em Maceió, Belém, Cuiabá, Manaus e São Luís. Mas o "filé" são os 35 municípios nos quais a companhia ainda não atua. Com isso evita o risco de canibalização de suas bandeiras, além de ampliar o raio de ação do grupo no País. Para garantir uma taxa de ocupação em um patamar elevado, Abrahamson, do InterContinental Group, vai ampliar a divulgação do destino Brasil no âmbito do Priority Club Rewards - o programa de recompensa da IHG que conta com 42 milhões de associados em todo o planeta. A ideia é usar esse instrumento também para abrir as portas de países, como os EUA, para os brasileiros que nunca viajaram ao Exterior. "Além de incentivar os brasileiros a conhecer melhor seu país, queremos que a grife Holiday seja a casa deles nos demais países nos quais atuamos", resume Abrahamson.

Fonte: Isto É Dinheiro

Mais uma estatal para os Tucanos privatizarem

O Estado não deve ser pequeno nem grande. Deve ser presente em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país.
Esse investimento do Governo Lula no Ceitec merece todo nosso reconhecimento e torcida para que obtenha êxito.
Segue texto extraído do Blog da Kika (http://kikamartins.blogspot.com/)

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Poderá um projeto de R$ 350 milhões investidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia dar início a uma grande transformação na indústria eletroeletrônica do País? A pergunta norteia o destino do Ceitec. O centro gaúcho, especializado em semicondutores, foi criado em 2000 como uma associação civil sem fins lucrativos. Em sua origem participavam direta ou indiretamente universidades, empresas e governos das três instâncias. Desde novembro, no entanto, o sonho de cientistas e empresários locais foi transformado em uma sociedade anônima, de propriedade do MCT.

Hoje, na condição de uma empresa privada de capital estatal, o Ceitec tem como missão lançar as bases para a construção de uma indústria de semicondutores no País, competindo local e globalmente com as multinacionais que desenham chips dedicados - usados em celulares, airbags, televisores, sistemas de segurança, identificação animal e milhares de equipamentos e dispositivos estimados em US$ 250 bilhões anuais.

Para dar conta da ambiciosa missão, o centro já conta com uma sede de 5,1 mil metros quadrados onde trabalham 65 engenheiros projetistas no desenvolvimento de seis projetos iniciais. Serão 130 profissionais de design de semicondutores até o final do ano. O Ceitec deverá, ainda, inaugurar em julho uma fábrica de 9,5 mil metros quadrados que este ano produzirá 10 milhões de chips - cujos designs têm dimensões entre 65 e 90 nanômetros, medida equivalente a um milionésimo de milímetro. O foco são projetos que combinem as tecnologias analógica, digital e de radiofrequência. Quando operar a pleno vapor, o complexo industrial poderá produzir até 400 milhões de chips por ano.

Para o alemão Eduard Rudolf Weichselbaumer, empossado em fevereiro depois de participar de um processo de contratação do qual participaram candidatos de todo o mundo, a nova empresa tem tudo para dar certo. Seus planos contemplam o desenvolvimento em grande escala de produtos até 60% mais baratos que os ofertados no mercado internacional, parcerias com empresas globais - condicionadas à transferência de tecnologia -, fluxo de caixa positivo em três anos, abertura do seu capital neste mesmo intervalo e lucro a partir do quarto ano de produção industrial. O modelo de empresa adotado pouco lembra estatais tradicionais, aderindo ao conceito de horizontalidade. Weichselbaumer pretende tocar uma estrutura com poucas diretorias e 90% de pessoas contratadas trabalhando diretamente no desenvolvimento dos chips ou na sua produção. Avesso à burocracia, quer imprimir agilidade nas decisões e processos.

"Vamos trabalhar em produtos que possam ser lançados no mercado em volumes de milhões de unidades", explica Weichselbaumer. Segundo ele, já estão em desenvolvimento três chips com demandas mínimas de 20 milhões de unidades por ano. "Isso, numa projeção conservadora", ressalva. Entre eles estão a versão dois do chip do boi - que permite armazenar todos os dados do histórico de cada animal a ser lido por sensores de radiofrequência, permitindo a rastreabilidade dos animais-, e um modulador de televisão que cumpre e norma brasileira da TV digital e pode ser usado, ainda, nos mercados japoneses ou que usam TV digital de tecnologia japonesa.

"No caso do chip do boi, conseguimos produzir um brinco por R$ 3 a unidade, quando a concorrência vende a R$ 7", informa. Segundo ele, o projeto está na fase piloto, e 15 mil unidades desenvolvidas pelo Ceitec e fabricadas por terceiros serão testadas a partir de junho nos campos de quatro fazendas, numa encomenda do Ministério da Agricultura. Segundo o executivo, este é um exemplo típico de segmento de grandes volumes. Só o Brasil possui 200 milhões de cabeças de gado.

De acordo com o executivo, o segredo do sucesso da empresa de semicondutores pode estar no fato de o Brasil ter entrado por último nesse imenso mercado. "Quem está atrasado pode tirar vantagem da situação e combinar o que há de mais avançado em tecnologia de produção com a adoção dos processos mais baratos do mercado", argumenta. Segundo ele, a prática do "benchmark", isto é, o estudo que procura conhecer o estado da arte da concorrência - seja no design, nas funcionalidades dos produtos, nos processos, ou nos materiais usados - é condição para o início dos projetos. Eles são desenvolvidos a partir dos dados coletados globalmente, na concorrência.

"Temos que ser competitivos em todos os segmentos em que entrarmos", justifica o engenheiro. Para o presidente do centro, no entanto, mais importante que fabricar chips é desenhá-los. "É aí que existe valor agregado, é onde detemos as patentes, que é a propriedade intelectual", afirma. Portanto, em sua estratégia, nem sempre o chip desenvolvido no Ceitec será produzido na sua fábrica. "Haverá situações em que a terceirização de alguns componentes fará mais sentido", diz. Principalmente naquelas em que a produção no exterior for mais barata - há plantas imensas com grande ociosidade no mercado internacional - e onde for possível a transferência de tecnologia. Os destinos poderão ser Alemanha, Estados Unidos, ou China continental. "Não tem lógica reinventarmos a roda", diz o presidente.

Segundo Weichselbaumer, o Brasil tem condições muito favoráveis para se tornar um produtor de semicondutores regional. "Já existem hoje cerca de 1,8 mil engenheiros projetistas no País", enumera. "Além disso, há uma indústria de eletroeletrônicos importante aqui". Por fim, lembra, o mercado pode ser uma base de produção para a América Latina.

O engenheiro se mira no exemplo da China. Para ele, vale a pena começar o desenvolvimento de produtos em um nicho, dominar o processo, obter escala e depois diversificar para outros segmentos. Por que, então, não se deu início a uma produção de chips em escala no Brasil mais cedo? "O Ceitec, no passado, com a sua estrutura de associação civil sem fins lucrativos, não tinha o foco empresarial nem escala industrial", diz. Tampouco havia espaço para parcerias com multinacionais. Ou pressão para se obter lucro. Agora, no entanto, tornar-se atraente a novos investimentos e ter agilidade para acompanhar os desafios do mercado serão críticos para a sobrevivência do empreendimento. Não faltam apoiadores nem críticos.

Escolinha do professor Serra


*** Comentário do blogueiro: como o Serra é mal educado e despreparado até para lidar com crianças, como quando fala com a menina Desirre. Sem noção. Faz-me lembrar da cena de Bush Junior na escolinha no dia dos atentados. Seria hilário se não fosse verdade.


**** Texto extraído do blog Os Amigos da Presidente Dilma (http://osamigosdapresidentedilma.blogspot.com/)

"Queridos leitores. Hoje domingão, dia de preguiça e descanso para enfrentar a segundona e uma semana de muito trabalho, vamos passar para um assunto ameno e fútil para relaxar. A colunista Mônica Bergamo acompanhou uma das aulas mensais que o governador de SP, José Serra(PSDB) dá em escolas públicas, em que crianças querem até ser astronautas, mas têm dificuldade de dizer quanto é oito vezes sete. Veja como foi a aula do governador


Os 37 alunos da 4ª série E da Escola Estadual Professor Lael de Moura Prado, na Vila Sabrina, zona norte da cidade, observam o governador José Serra fazer as vezes de professor em sala de aula. "Como é o nome da professora de vocês?", pergunta Serra, quebrando o silêncio. "Conceiçãããão!" O governador escreve na lousa: "Consseissão". Espanto geral.

"É assim?", pergunta ele. "Nããão!" Serra corrige: "Conçeissão". Errado. "Conçeição", escreve ele. Não! "Jefferson, como é que é?" "Tem que apagar a cedilha."

Cada aluno tem à frente um pedaço de cartolina amarela com seu nome para que o governador possa identificá-los. "Desirré...", lê Serra. E, para a garota, na primeira fila: "Desirré, você sabe quem era a Desirré?" "Não", responde Desirré, de nove anos. "Ela era a grande paixão do Napoleão Bonaparte." "Aahh..." "E sabe o que quer dizer esse nome em francês?" E a garota: "Eu pesquisei. Querida!" E Serra: "Desejada".

Desde os tempos da prefeitura, o tucano dá uma aula por mês em alguma escola pública de SP. Diz que faz isso por prazer, "porque me faz bem". A professora pede que Desirré faça a primeira pergunta: "Como foi a sua infância?" "Ah, foi bastante movimentada. Eu era lá da Mooca. Eu entrei no jardim infantil e chorava feito louco. Os padres eram durões. Eles batiam. Era puxão de orelha ou ajoelhar no milho." "Como é o seu dia?", questiona Sara. "Quando o senhor era pequeno, era quieto?", pergunta Jackson.

Serra não escuta direito: "O quê? Você tem que falar forte, Jackson". O governador aumenta o tom de voz, abre os braços: "For-te!!!" E então responde: "A professora dizia que eu era matraca".

"Gabriela, você mora por aqui?" A garota ensaia uma resposta. "Alto! Alto, Gabriela. Vocês têm que falar alto!! Gritar, como quando a professora não está na classe." Outro estudante, Raul, levanta a mão. "O senhor..." Serra interrompe: "O quê? Alto! Fala alto!" Raul continua: "O senhor poderia construir um laboratório aqui?" "Não tem laboratório aqui? Nós vamos ver isso." Camille levanta a mão: "Se o senhor quiser colocar telhado na quadra de esportes... precisa". E Marcelo: "Pode construir uma piscina de natação?" Sara também tem o seu pedido. "Poderia construir um prédio aqui em cima...(Serra interrompe: "Fala alto, Sara!')... para o ensino médio?" Os alunos também querem o retorno do programa Escola da Família, em que o estabelecimento fica aberto nos finais de semana para ser usado pela comunidade.

Outro aluno pede um ambulatório. O governador pondera que o melhor é usar os serviços de uma unidade da AMA (Assistência Médica Ambulatorial) logo ali perto. "O Anderson outro dia usou. Ele foi atropelado", conta a professora Conceição. "É mesmo?", diz Serra. "Eu também já fui atropelado!" Quando era criança, ele brincava na rua e sofreu um acidente. "Eu queria saber...", começa Gabriela. "Alto, Gabriela!", interrompe Serra. Ela grita. "Eu queria saber se o senhor poderia construir outra quadra aqui!" Camila também grita. "E também se poderia colocar corrimão nas escadas!" "Essa sala aqui é sindicalista. Nós estamos anotando tudo, viu?", responde o governador.

Hora da chamada oral. Serra pergunta qual é a capital do Amapá. Só quatro respondem: Macapá. "E de Roraima?" Silêncio. "E da Paraíba?" Silêncio. "E de Goiás?" "Goiânia!", gritam as crianças. A professora Conceição sorri.

Agora, matemática. "Hoje nós vamos ver como a gente faz gráficos e tabelas. Por que eles existem? Não é para aumentar o conhecimento. É para resumir o que a gente sabe." O governador faz dois riscos na lousa -um na horizontal, outro na vertical. Escreve "ordenadas" e "abcissas".

O primeiro gráfico é sobre o número de torcedores que cada time tem na sala -são 14 corintianos, 12 são-paulinos, quatro santistas e três palmeirenses. O seguinte é sobre a população de SP, "que tem mais de 40 milhões de pessoas". "Noooosa!", reagem os alunos.

O governador escreve na lousa o número de alunos da classe: 37. "Qual é a metade de 37, Juliana?" Silêncio. Um garoto levanta a mão: "É 23!" "Não, 23 não é", diz Serra. Mais silêncio. Ele tenta explicar a operação ao contrário. "Vamos pensar. Quanto é duas vezes 18?" A criançada se anima: "16!" "Não!", diz o governador. "Eu não posso multiplicar dois por 18 e chegar a 16. Eu vou dobrar e vai diminuir?" Ele insiste. No fundo da classe, Leandro salva a pátria. "É 36!"

"E quem é bom de tabuada? Vamos ver. Julia, quanto é seis vezes sete?" "42." Ela ganha um beijo. "E cinco vezes seis?" "30." "Raul, quanto é sete vezes oito?" "Esqueci." "Gabriela, quanto é sete vezes oito?"

A aluna olha para trás, em busca da ajuda da amiguinha Helen. Que fica em silêncio. "Tabuada é muito importante. Viu, Conceição? Você deveria dar tabuada para eles todos os dias, fazer um torneio." A professora explica que só dá aulas de português.

A escola Professor Lael de Moura Prado é "uma das melhores da diretoria Norte 2 [uma das subdivisões da administração escolar]", diz a professora Conceição à coluna. A nota média dos alunos no Saresp, a prova que avalia as escolas, foi 5,44. Depois de parabenizar o governador "pelos investimentos que tem feito em educação", a diretora Maria Sul Helena Luzio diz que um de seus maiores problemas é a rotatividade de professores. E lamenta: "O diretor é a figura mais solitária dentro de uma escola".

Na classe, o governador distribui jornais, lê com os alunos, fala de atualidades. "Sabem o que eu fiz hoje? Eu comi carne de porco para os jornais mostrarem e as pessoas pensarem: se transmitisse gripe suína, o Serra não ia lá comer."

"Vocês ouviram falar numa lei que diz que não pode fumar em lugar público? Quem aqui o pai fuma?" Muitos levantam a mão. "Minha mãe também fuma." "O meu avô também fuma." "O meu pai bebe!"

E o que as crianças querem ser quando crescer? "Astronauta", diz Sara. Yasmin quer ser cantora. "E o que você vai cantar?", pergunta o governador. "Ah! Músicas!" Raul quer ser policial militar. "É um curso muito bom", diz Serra. Gabriela Cassia quer ser médica. Mariana quer ter 800 cachorros em seu quintal. "O irmão dela beija cachorro na boca", diz Sara. Helen, Thallia e Naiane querem ser professoras."

Folha Online

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Tucano não tem mãe

Entender o desespero do comando paulista do PSDB para eleger o governador José Serra presidente da República em 2010 não é tão difícil assim. Se deixarmos de lado fatores pessoais como vaidades, o autoritarismo estúpido e boçal de Serra, o primeiro fator a ser levado em conta é o “investimento”.

O grande capital, o deus mercado, interessado em arrematar a compra do Brasil, porção com dimensões continentais de terra na América do Sul, aposta em Serra, como apostou e levou boa parte com FHC – Fernando Henrique Cardoso –.

Serra é o instrumento desse capital, e óbvio, regiamente remunerado. É a característica tucana, ou são as características tucanas, uma decorrente da outra – o entreguismo e a corrupção.

Preocupados com os altos índices de popularidade do presidente Lula, mas conscientes que o País hoje é bem diferente do País que FHC deixou. Assustados com a candidatura da ministra Dilma Roussef. Apavorados com a incompetência crônica de Serra para administrar – São Paulo está uma lástima -. E de olho no tesouro ou nos acenos do grande capital. Mais ainda, temerosos dos escândalos no Congresso envolvendo deputados e senadores tucanos e DEMocratas – braço explícito do fascismo tucano – e, principalmente, sabedores que a proporção investir um para ganhar dez hoje é muito maior, resolveram sair da toca e armar com a mídia internacional – a brasileira é ficção – todas essas jogadas torpes e canalhas, bem ao feitio tucano.

Serra tem dificuldades dentro de seu partido. Aécio Neves governador de Minas é um tresloucado, mas não rasga nota de cem e sabe do seu peso no jogo sucessório. E num dado momento a luz vermelha acendeu. Foi quando começaram a vir a tona todas as trapaças de figuras antes tidas como impolutas, caso do corrupto senador Tasso Jereissati, ou da corrupta governadora Yeda Crusius. Ou o corrupto Teotônio Vilela Filho e vai por aí afora – não existe tucano que não seja corrupto, não esteja à venda –.

A reação é no melhor estilo da principal quadrilha do crime organizado e legalizado no Brasil, o PSDB. Num primeiro momento transformaram a doença da ministra Dilma Roussef terrorismo político. Está doente, a doença é incurável, não tem condições. É que a ministra continua a subir nas pesquisas dos institutos deles mesmos, ou do esquema deles, o FIESP/DASLU, associado a Wall Street e Washington. E sua saúde está em recuperação plena.

O segundo, a CPI da PETROBRAS que cumpre dois objetivos. Acuar o governo Lula, criar-lhe toda a sorte de dificuldades e preparar o terreno para vender a idéia da privatização. Justo no momento que o Brasil se transforma num dos países com as maiores reservas petrolíferas em todo o mundo. E isso, de repente, pode transformar esse pedaço de terra com dimensões continentais aqui na América do Sul, numa nação de verdade. Livre, soberana e justa com os seus cidadãos.

O tucanato ainda tem mercadorias para oferecer. Além da PETROBRAS, têm o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Filés que o capital internacional está de olho desde o governo FHC. Faltou peito e respaldo ao ex-presidente para consumar o crime de venda do Brasil. E os resultados obtidos nos seus oito anos, do ponto de vista deles, foram ótimos. Todos ricos, empresas como a VALE e a EMBRAER privatizadas, a farra da telefonia e vai por aí afora.

Uma pesquisa feita nas eleições de 2006 mostrou que o candidato tucano, o pastel de vento Geraldo Alckimin havia perdido votos exatamente quando tocou no assunto privatizar a PETROBRAS. Decidiram falar de forma diferente agora. Uma CPI para investigar supostas irregularidades e normalizar a empresa, na visão deles. Por baixo dos panos ressuscitar a cultura da privatização.

O curioso nessa história é que o tal decreto que permite à PETROBRAS contratar obras sem licitações para facilitar e não atrasar seus projetos, é do tempo de FHC. Lá, tinha uma finalidade. Permitir a entrada mais rápida de dinheiro nos bolsos e caixas dois tucanos. Agora querem vincular a empresa ao governo atual, o tal decreto e jogar por terra um patrimônio do povo brasileiro que custou muita luta, sangue e se transformou numa das maiores empresas do mundo no setor.

Tucano não tem mãe. Por mais chocante que isso possa parecer é uma realidade. Foram criados em chocadeiras em Wall Street, em projetos financiados pelas fundações FORD e ROCKFELLER.

É por esses caminhos que José Serra pretende navegar. A canalhice ao absoluto.

Num outro aspecto o dilema do cidadão brasileiro é simples. Ou compreende essa realidade. Vale dizer, sonha e transforma o sonho no seu dia a dia, ou abre mão de um País livre, soberano e justo com seus filhos entregando-o a figuras repulsivas como Serra, Jereissati, Aécio, esse tipo de gente montado e fabricado segundo interesses dos grandes bancos, empresários e latifundiários no Brasil e fora do Brasil.

A mídia, evidente, capitaneada pelo histerismo a chip de jornalistas venais como William Bonner, Miriam Leitão, etc, etc, a FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, vai montar as mentiras com a intenção de repeti-las à exaustão transformando-as em “verdades”, que nem os tais cinco dedos do FHC na campanha de 1994 que se revelaram na prática ágeis no colocar dinheiro público no bolso e vender o Brasil.

Tucanos são uma degeneração genética do udenismo pré-64. Trazem em si o moralismo hipócrita da alta burguesia de São Paulo e da Barra da Tijuca. Dois símbolos internacionais no Brasil, dois territórios conquistados, à guisa de exemplo.

José Serra é um FHC de segunda categoria. Com um agravante. Um sorria enquanto enfiava a faca pelas costas, o ex-presidente. Serra não. É frio, calculista, perverso, covarde, amoral. É do tipo que vai arrancando as perninhas da formiga até que ela não possa andar mais e depois pisa em cima, massacra.

É por aí que passa a CPI da PETROBRAS. Os integrantes da comissão, os deles, são meros paus mandados e Jereissati é o comandante dessa tropa de bandidos no Congresso. Ele e Artur Virgílio.

O alvo primeiro é a PETROBRAS e o alvo intermediário é a presidência, o objetivo final é passar a escritura de venda do Brasil.

Por detrás de toda essa “indignação” fingida dos tucanos está esse jogo sórdido e sordidez em política é sinônimo de tucano.

No meio desse caminho, mais à frente, vai ter um Pedro Bial da vida chamando essa gente de “meus heróis”.

E nem falei do que o Brasil livre e soberano significa para toda a América Latina. O papel de Serra é destroçar essa perspectiva que vai se transformando em realidade em vários países como a Venezuela, o Equador, a Bolívia, o Paraguai, a Nicarágua, El Salvador, se mantém em Cuba e prospera por aqui, na Argentina, tem perspectivas no Chile e no Uruguai.

Estrago completo nos negócios das grandes máfias internacionais. É outra “tarefa” confiada a Serra e aos tucanos nesse processo todo. O desmanche geral e absoluto da integração latino-americana e da submissão, assim que nem o antigo México, hoje lixão dos EUA.

Laerte Braga

Fonte: http://osamigosdapresidentedilma.blogspot.com/

Frases

"- Vocês não imaginam o prazer, a satisfação de começarmos a sentir que somos grandes, que temos importância e que nunca mais ninguém vai sentar na mesa de negociação dizendo: "não precisamos convidar China e Brasil, porque eles são pobres". Estamos aprendendo a gostar de ser ricos"

Lula, em recente viagem à China

PT amplia liderança partidária e Dilma já ultrapassa 20% de intenção de voto



Pesquisa do instituto Vox Populi realizada entre os dias 2 e 7 de maio mostra que a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, já tem entre 19% e 25% de intenção de votos para a Presidência da República, caso seja candidata em 2010.

O levantamento, que ouviu duas mil pessoas em todas as regiões do país, mostra ainda que o PT continua sendo o partido de maior preferência da população. O índice, que era de 25% em maio de 2008, saltou para 29% agora. Em seguida, vêm PMDB, com 8%; e PSDB, com 7%. O DEM, ex-PFL, tem apenas 1%.

Encomendada pelo PT, a pesquisa mostra também um quadro de ampla aprovação popular ao governo Lula. A avaliação positiva do presidente (considerando os índices de ótimo, bom e regular positivo) chega a 87%. Para 60%, o Brasil melhorou nos últimos dois anos, enquanto 67% se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos com o país.

O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, comemorou os resultados do levantamento.

“A pesquisa mostra um quadro muito positivo, pois o PT ampliou seu percentual de preferência partidária junto à população, com atributos positivos em vários aspectos. Nosso governo está com mais de 80% de aprovação. Isso mostra o acerto da condução partidária e das medidas de enfrentamento à crise mundial”, afirmou.

Berzoini também destacou a subida de Dilma na sondagem eleitoral. "O desempenho da Ministra Dilma é consistente, levando-se em conta que boa parte da população não a conhece e não sabe ainda que Lula e o PT a apóiam. Vamos apresentar um Programa com mais avanços e novas conquistas para as eleições de 2010, para trabalhar a ampla aprovação da maioria da população ao projeto em andamento no país"

Veja abaixo os principais números da pesquisa, que tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais:


INTENÇÃO DE VOTO PARA PRESIDENTE, 1º turno, estimulada

Cenário 1

Ciro Gomes (PSB), Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)

Ciro, 23%; Dilma, 21%; Aécio, 18%; Heloísa, 10%; Branco/Nulo/NS, 18%

Cenário 2

Ciro Gomes (PSB), Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)

Serra, 36%; Dilma, 19%; Ciro, 17%; Heloísa, 8%; Branco/Nulo/NS, 19%

Comparativo: Em relação a maio de 2008, Dilma subiu 10 pontos; Serra caiu 10 pontos; e Ciro caiu 6 pontos.

Cenário 3

Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)

Dilma, 25%; Aécio, 20%; Heloísa, 16%; Brancos/Nulos/NS, 40%

Cenário 4

Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)

Serra, 43%; Dilma, 22%; Heloísa, 11%; Branco/Nulo/NS, 24%

Cenário 5

Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB)

Serra, 48%; Dilma, 25%; Branco/Nulo/NS, 37%

Rejeição

Heloísa, 17%; Aécio, 13%; Serra, 12%; Dilma, 11%; Ciro, 9%.

Fonte: http://www.pt.org.br/portalpt/index.php

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Esse é o nosso compromisso, essa é a nossa diferença, essa é a nossa energia


MEU POST DE NÚMERO 200

PT - O BRASIL NO RUMO CERTO.

A CPI da PetrobraX criada pelos DEMO-TUCANOS é a maior prova do que os espíritos de porcos chauvinistas, vendilhões do templo, párias, conservadores, elitistas, reacionários, direitistas, neo-liberais, sabotadores do dinheiro público, apátridas, papagaios, tucanos, demônios e outros políticos disfarçados, podem fazer quando o interesse econômico-financeiro-político-midiático se sobrepõe ao interesse público.

O PSDB, DEMônios e agregados (PMDB incluso) demonstram claramente para a população brasileira a sua forma de pensar e de governar. São privatistas, privatizadores, ou melhor, piratas do patrimônio público, como fizeram com a Vale do Rio Doce (que desemprega mais do que emprega, pechincha), Telebrás (vendida com moedas podres), Eletrobrás (apagão de FHC) e Embraer (dá lucro só para os acionistas); mas graças a Deus não conseguiram fazer o mesmo com o Banco do Brasil e com a CEF (davam sucessivos prejuízos na era FHC), nem com a PetrobraX (apesar de mudar o nome e afundar a P-36, entre vários outros acidentes graves).


Essa CPI serve para desmoralizar a Petrobras, uma empresa pública, controle estatal, de capital aberto, que tem 60 mil funcionários e mais de 700 mil acionistas e "detém a vanguarda tecnológica na prospecção de petróleo em águas profundas, representa 6,5% do PIB nacional, tem 50 mil contratos firmados, faturamento de R$ 240 bilhões e paga R$ 94 bilhões em impostos. Além disso, a estatal investe anualmente R$ 60 bilhões em novas prospecções, dispõe de R$ 19 bilhões em caixa, e mobiliza cerca de 400 empresas fornecedoras, gerando empregos em diversos setores da economia." (Wagner Gomes - Presidente da CTB).

A Petrobras captou nos primeiros cinco meses de 2009 o maior volume de recursos de sua história, US$ 30 bilhões, três vezes mais o que foi obtido no ano passado. Segundo o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, os recursos atendem às necessidades de financiamento da companhia pelos próximos dois anos.

Essa CPI serve para arrumar pretextos falsos para ao cabo PRIVATIZAR a Petrobras, coisa que os Tucanos e Demônios não conseguiram fazer no gvernoo passado de FHC, diante da reação contrária da população.

O que eles não sabem é que a Petrobras é tão querida pelo povo brasileiro quanto a Seleção de Futebol na Copa do Mundo. A Petrobras é o Brasil, o seu povo, suas riquezas, naturais e culturais, sua tecnologia, enfim, a Petrobras tem o DNA do Brasileiro.

A nossa diferença


E agora irei relatar algumas diferenças entre esseS Demônios-Tucanos e o jeito Lula e PT de governar, para assim nunca mais o povo se confundir com a demagogia desses crápulas do PSDB e dos caciques do Demônio (PFL), vejamos:

LULA e PT ou DEMO-TUCANOS, você escolhe:

- participação democrática e popular (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Orçamento Participativo)
ou
- decisões de cúpula (tucanos e demônios reunidos em restaurantes de luxo de SP, MG, CE e RS)

- valorização da polícia judiciária (PF)
ou
- desmoralização da polícia judiciária (Civil) (SP, RS, PB, AL);

- maior participação do Estado (criação de empresas estatais estratégicas, ex. HEMOBRAS)
ou
- Estado mínimo, equivale a PRIVATIZAÇÃO (doação do patrimônio público - Vale, Telebrás, bancos públicos);

- valorização do servidor público e concursos públicos
ou
- arrocho salarial e TERCEIRIZAÇÃO criminosa e ilegal;

- Programas sociais de renda mínima (Bolsa Família e benefícios continuados)
ou
- financeirização da economia (juros nas alturas, maiores lucros das instituições financeiras);

- Valorização da educação pública (novas universidades e escolas técnicas federais e novo piso salarial do professor) e privadas (Prouni)
ou
- desmantelamento da educação pública e crescimento desordenado da privada;

- abertura de novos mercados globais
ou
- submissão ao Mercado Livre das Américas (ALCA - EUA);

- Soberania e reconhecimento do Brasil no exterior ("Esse é o cara")
ou
- "brasileiros são caipiras" e "aposentados são vagabundos" segundo o príncipe sociólogo FHC;

- Dívida externa PAGA e credor do FMI
ou
- quebrar o país três vezes e pedir de joelhos dinheiro ao FMI;

Vou parar por aqui. Tirem suas próprias conclusões. Posteriormente, poderemos fazer uma comparação de números entre a era Lula e a era FHC. Vai ser covardia.

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Uma piada:


"NA CAPITAL ESTADONIDENSE SE FALA O SEGUINTE:

- E AGORA O QUE FAZER SAM?
PARECE QUE AQUELE PAÍS LATINO ESTÁ QUERENDO SAIR DAS NOSSAS GARRAS!

- BEM JONNY, MANDAREMOS MARINES.

- NÃO! SERIA ARRISCADO E AS MÃES ESTADONIDENSES NÃO SUPORTARIAM
RECEBEREM SEU FILHOS ENROLADOS EM NOSSA BANDEIRA !

- HUM! É VERDADE!
ENTÃO VAMOS ACIONAR NOSSOS INFILTRADOS! É FÁCIL! ELES, SEGUINDO
ORIENTAÇÕES NOSSAS, FARÃO O POSSÍVEL E O IMPOSSÍVEL PARA ATRA-
PALHAR OS PLANOS DO GOVERNO BRASILEIRO!

- SIM! ISSO MESMO!
VAMOS DISPARAR NOSSOS PAPAGAIOS QUE LÁ INFILTRAMOS!
É MAIS BARATO E NÃO CORREMOS RISCOS.

ALGUÉM LEMBRA QUANDO O PRESIDENTE CHAVES CHAMOU O CONGRESSO BRASILEIRO DE PAPAGAIOS DO GOVERNO ESTADONIDENSE.
ELES FICARAM SUPER REVOLTADOS.
SERÁ QUE CHAVES SABIA O QUE ESTAVA FALANDO?

VIVA O BRASIL!
VIVA OS IRMÃOS BRASILEIROS!
VIVA DILMA PRESIDENTE!"

____________________________________

Agora segue a lista dos "ilustres" senadores que assinaram essa CPI:


  1. Álvaro Dias (PSDB-PR)
  2. Sérgio Guerra (PSDB-PE)
  3. Marco Maciel (DEM-PE)
  4. Lucia Vânia (PSDB-GO)
  5. Antonio Carlos Magalhães Junior (DEM-BA)
  6. Agripino Maia (DEM-RN)
  7. Heráclito Fortes (DEM-PI)
  8. Tasso Jereissatti (PSDB-CE)
  9. Efraim Morais (DEM-PB)
  10. Cícero Lucena (PSDB-PB)
  11. Jarbas Vaconcelos (PMDB-PE)
  12. Arthur Virgílio (PSDB-AM)
  13. Demóstenes Torres (DEM-GO)
  14. Eduardo Azeredo (PSDB-MG)
  15. Mão Santa (PMDB-PI)
  16. Marconi Perillo (PSDB-GO)
  17. Pedro Simon (PMDB-RS)
  18. Flexa Ribeiro (PSDB- SE)
  19. Kátia Abreu (DEM-TO)
  20. Romeu Tuma (PTB-SP)
  21. Jayme Campos (DEM-MT)
  22. Geraldo Mesquita (PMDB-AC)
  23. Maria do Carmo (DEM-SE)
  24. Mario Couto (PSDB- PA)
  25. João Tenório (PSDB-AL)
  26. Gilberto Goellner (DEM-MT)
  27. Marisa Serrano (PSDB-MS)
  28. Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR)
  29. Papaléo Paes (PSDB-AP)
  30. Raimundo Colombo (DEM-SC)
A verdade, esse é o nosso compromisso, essa é a nossa diferença, essa é a nossa energia.

Márcio Lacerda de Araújo

É HOJE! O Pré-Sal é do povo!


A FUP (Federação Única dos Petroleiros) faz um chamado a todos que estiverem no Rio de Janeiro para uma um Ato público, com apoio de diversas entidades, por uma nova lei do petróleo e em defesa da Petrobrás.

Dia: quinta-feira, dia 21/05/2009
Local: Rio de Janeiro, Centro,
Passeata desde a Igreja da Candelária, passando pela Av. Rio Branco, até a sede da Petrobrás na Av. Chile (Av. República do Chile, 65), quando todos "abraçarão" o edifício sede da empresa.
Hora: A concentração na Candelária será as 9:00horas.
Dica: quem só puder comparecer no horário do almoço, vá direto para a sede, na Av. Chile, ou confira se a passeata ainda estará na Av. Rio Branco.
Estação do Metrô a 100 metros da sede da Petrobrás: Carioca
Estação do Metrô a 100 metros da Candelária: Uruguaiana

Frases - "Brazil Managing Crisis ‘Extremely Well'"

"As pessoas estão começando a levar o Brasil a sério, não só como país isolado, mas pelo impacto na economia global como um todo."

Presidente do fundo Pimco, Mohamed El-Erian, destacou em entrevista que o país tem administrado "extremamente bem" a crise atual.

Brazil Managing Crisis ‘Extremely Well,’ Pimco Says (Update1)

By Joshua Goodman

May 18 (Bloomberg) -- Brazil is managing the financial crisis “extremely well” and emerging as an engine of global growth, said Mohamed El-Erian, chief executive officer of Pacific Investment Management Co.

“People certainly feel the crisis is a major stress test for Brazil and that they’ve done extremely well so far,” El- Erian said in a phone interview from Newport Beach, California. “People are starting to take Brazil very seriously, not just as a stand-alone country, but for the impact it can have on the global economy as a whole.”

Brazilian bonds have outperformed other emerging-market debt in the past year as President Luiz Inacio Lula da Silva’s buildup of record foreign reserves of more than $200 billion helped maintain investor confidence in Latin America’s biggest economy. Brazil’s foreign bonds returned 3.1 percent in the past 12 months while emerging-market bonds on average declined 2.2 percent, according to JPMorgan Chase & Co.

Brazil’s plan to focus on sales of 10- and 30-year bonds in international markets is part of an economic “maturation” that should also boost the country’s savings, investment and growth, El-Erian said. The government sold $1.78 billion of 10-year notes in January and May, and may offer more bonds this year, according to Deputy Treasury Secretary Paulo Valle.

‘Broken Out’

“Brazil has broken out of the low-growth equilibrium,” El-Erian said. “The development of a complete yield curve in different markets is very much consistent with the broader secular journey we’ve been predicting.”

El-Erian, 50, returned to Pimco in January 2008 after leaving two years before to run Harvard University’s endowment. His Pimco Emerging Markets Bond Fund posted a 19 percent annualized return in the five years through October 2005, beating more than 90 percent of competitors, according to data compiled by Bloomberg.

Pimco may increase holdings of Brazil corporate debt “over the long term” depending on relative valuations, El-Erian said.

El-Erian made a bet on Brazil in 2002 that helped Pimco outperform most of its competitors in emerging markets, tripling the firm’s Brazilian holdings in the first half of that year as the country’s bonds tumbled on speculation of a default. The price on Brazil’s benchmark bond due in 2040 rose almost threefold to 117.6 cents on the dollar in the next three years.

He also serves as co-chief investment officer with Pimco founder Bill Gross.

To contact the reporter on this story: Joshua Goodman in Rio de Janeiro jgoodman19@bloomberg.net

Last Updated: May 18, 2009 14:03 EDT

Fonte: http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601009&sid=aXm0Jix_OwOE

Senador Cícero Lucena (PSDB-PB) assina a CPI da PetrobraX


Cícero Lucena falando em corrupção?!Há! Há! Há!.! Esse pode falar! É doutor no assunto. O senador responde a processo na justiça, no caso da Operação Confraria da Polícia Federal. Como seria interessante se a justiça acabasse com o segredo de justiça do caso, para que todos tomassem conhecimento do processo, e pudessem cobrar as punições cabíveis!... Deixe de ser demagogo Cícero...

Em 2005, a Polícia Federal distribuiu nota explicando a Operação Confraria desancandeada em 5 estados do Nordeste que resultou na prisão do ex-prefeito da capital, Cícero Lucena (PSDB) acusados de ter praticado crimes de formação de quadrilha, malversação de verba pública, fraude em licitação. O secretário de Planejamento e Gestão do governo da Paraíba e ex-prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena Filho (PSDB), foi preso na Operação Confraria, da Polícia Federal.


Segundo a nota da Polícia Federal, “a ação da Polícia Federal com a Operação Confraria visou desarticular uma organização criminosa de Cícero Lucena que atuava na Paraíba. O CGU identificou desvios de pelo menos R$ 12 milhões em licitações de obras públicas”. Leia aqui na IstoÉ

Para você leitor entender o caso: O senador paraibano Cícero Lucena do PSDB , já foi preso e processado por fraude em licitações, quando foi prefeito da Paraiba, e está sendo acusado de desvio de mais de 100 milhões. Tem moral para assinar CPI?

E ainda: senador Cicero Lucena que assina a lista de CPI do PSDB, é a favor do trabalho escravo e quando foi membro de uma Comissão do Senado que investigava um caso de escravidao no Pará, foi lá e disse junto com outros como essa perversa Katia Abreu e o do Jarbas Vasconcellos, que as condições de trabalho "eram boas", livrando a empresa de processo e paralizando a fiscalização.

E tem mais

Em 2006, a Justiça Federal bloqueou bens do senador eleito pela Paraíba, Cícero Lucena (PSDB), por participação em um superfaturamento e em outras irregularidades na construção de um viaduto sobre a BR-230, na capital paraibana. Cícero Lucena é ex-prefeito de João Pessoa e administrou a capital paraibana de 1997 a 2004.

A decisão do bloqueio dos bens é da juíza Wanessa Figueiredo dos Santos Lima, da 1ª Vara da Justiça Federal em João Pessoa, em resposta à ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal contra Cícero.

Reportagem foi publicada pelo Congresso em Foco mostra que o senador eleito, preso na Operação Confraria, da Polícia Federal, em 2005, é acusado de ter contratado mais de R$ 100 milhões em obras sem licitação durante os oito anos em que comandou a prefeitura de João Pessoa (leia mais).

De acordo com a assessoria da Justiça Federal, o bloqueio foi feito para garantir bens caso a decisão final seja pela devolução de R$ 1,6 milhão, valor que corresponde à estimativa de superfaturamento feita pela Controladoria Geral da União (CGU).

A ficha corrida do senador que assina a CPI

Senador eleito na mira da Justiça e do Senado

Investigações apontam que a prefeitura de João Pessoa, na gestão de Cícero Lucena, contratou mais de R$ 100 milhões em obras sem licitação

Eleito para substituir o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), acusado de envolvimento com a máfia das ambulâncias, o ex-prefeito de João Pessoa Cícero Lucena (PSDB-PB) chegou a Brasília sob a mira da Justiça e do próprio Senado.

Com base em auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU), órgão auxiliar do Congresso, e de investigações da Polícia Federal, a Comissão de Fiscalização e Controle encontrou uma série de irregularidades em pelo menos dez convênios com o governo federal que teriam sido assinados pelo tucano no período em que ele esteve à frente da prefeitura da capital paraibana (1997-2004).

Rolo judicial

As informações a serem repassadas ao Ministério Público podem complicar ainda mais a situação do senador eleito na Justiça. Ele já responde a dois processos por emprego irregular de verbas públicas, improbidade administrativa e crimes contra a administração pública e contra a Lei das Licitações. As ações, que estão na Justiça Federal, devem passar para o Supremo Tribunal Federal (STF) A Constituição brasileira garante aos parlamentares federais o direito de serem julgados apenas pela suprema corte, onde os julgamentos costumam ser mais lentos.

No ano de 2006, a PF chegou a prender o tucano - na época, secretário estadual de Planejamento - e outras seis pessoas durante a chamada Operação Confraria. A operação foi batizada, segundo os policiais, porque o caso se assemelhava a uma ação entre amigos para desviar dinheiro público. Indiciado, Cícero foi solto, mas teve de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para poder se candidatar ao Senado.

Sem licitações

O centro de todas as denúncias contra o ex-prefeito de João Pessoa está num conjunto de irregularidades ocorrido em processos licitatórios durante sua gestão na capital paraibana. O Ministério Público, a Controladoria Geral da União, o TCU e a PF acusam Cícero de ter aproveitado uma licitação vencida pela construtora Coesa - empresa do grupo OAS - em 1991, quando ele ainda não era prefeito, para firmar, a partir de 1998, 12 convênios sem a abertura de licitação.

Com a anuência da prefeitura, segundo as investigações, a empresa teria feito cinco cessões contratuais para outras empreiteiras tocarem as obras, entre 1999 e 2004, sem que houvesse novas licitações. Nesse período, de forma ilegal, a prefeitura teria repassado mais de R$ 100 milhões (dos quais, 90% de origem federal) para que um seleto grupo de empresas executasse obras com base em licitações genéricas feitas entre 1990 e 1992, o que contraria a Lei 8666/93 (Lei das Licitações).

Além das cessões contratuais consideradas irregulares, a Controladoria Geral da União também encontrou superfaturamento em contratos, ausência da contrapartida por parte da prefeitura nos convênios firmados com órgãos da União, não-apresentação de prestação de contas em alguns contratos e pagamentos por serviços que não foram realizados.


Embratur

Convidados pela Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, os procuradores da República Antônio Edílio Magalhães Teixeira e Fábio George Nóbrega contaram aos senadores como, por acaso, descobriram a série de indícios de irregularidades que resultaram na Operação Confraria e nas denúncias contra Cícero Lucena. Os dois foram ouvidos pelo colegiado no último dia 31 de maio.

Com atuação na área ambiental, Edílio detectou problemas na construção de uma ciclovia na orla das praias de Cabo Branco e Tambaú. Para a execução da obra, a prefeitura de João Pessoa fechou um convênio com a Embratur no valor de R$ 34 milhões - 90% da União -, financiados pela Caixa Econômica Federal.

"Constatei que era uma ciclovia que estava sendo executada na parte do calçadão para a areia. Então é uma ciclovia que não se utiliza porque vive coberta de areia e não dá para andar de bicicleta", contou o procurador durante a audiência.

Antônio Edílio solicitou a documentação da obra à Embratur e percebeu que o convênio, celebrado em 2003, era baseado em uma licitação de 1991. A prática é vedada pela legislação, que prevê a formalização do convênio e a previsão da obra antes da licitação. "Como que eu vou participar de um processo de licitação se eu não sei o que vou fazer?", ressaltou o procurador.

Com o aprofundamento da investigação, Antônio Edílio constatou que a concorrência havia sido feita de maneira genérica, o que abria brechas para fraudes. A licitação gerou o contrato com a Coesa que, segundo o procurador, é uma empresa "de papel". "É uma construtora, mas não tem estrutura para fazer sequer uma reforma", afirmou.
Caixa e Funasa

O convênio com a Embratur foi assinado pela Licitação 06/91. Mas, com o aprofundamento das investigações, Edílio e Nóbrega constaram outras cinco licitações genéricas feitas pela prefeitura e que basearam convênios anos depois. Duas delas - a 01/90 e a 03/91 - geraram convênios financiados pela Caixa que totalizam R$ 39 milhões.

Outras três - 04/91, 01/91 e 03/92 - levaram a acordos com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Juntas, as licitações renderam à prefeitura mais de R$ 100 milhões para obras, sendo 90% dos cofres da União, aplicados em contratos com empresas que não enfrentaram concorrência.

Com base na investigação, Edílio e Nóbrega solicitaram à Controladoria Geral da União (CGU), em setembro de 2003, a realização de uma auditoria em João Pessoa. Contudo, somente no fim de 2004, o órgão enviou uma comitiva para apurar irregularidades na prefeitura.

Nos 16 contratos averiguados, os auditores constataram um rombo de R$ 12 milhões e irregularidades como reajustes indevidos, pagamentos por obras não realizadas, superfaturamentos e desvios de recursos. Os dados foram encaminhados à Justiça e à Polícia Federal e resultaram na Operação Confraria. "A auditoria foi unilateral, sem direito de defesa", contesta o advogado de Cícero Lucena, Valter Agra.

Cheques com o Comendador

Além de identificar irregularidades nas concorrências públicas, a Polícia Federal se surpreendeu ao encontrar quatro cheques da prefeitura de João Pessoa-- Cícero Lucena-- em uma das factorings (empresas que antecipam dinheiro de cheques pré-datados) do bicheiro João Arcanjo Ribeiro. O "Comendador", como é mais conhecido, foi condenado, em 2003, a 37 anos de prisão, acusado de comandar o crime organizado em Mato Grosso.

Os cheques somam mais de R$ 5 milhões e saíram de uma conta aberta pela administração da capital paraibana, na gestão de Cícero Lucena, para receber recursos de um convênio de R$ 10 milhões com o Ministério das Cidades para a construção de dois canais na cidade.

O caso chegou ao conhecimento da CPI dos Bingos, mas a comissão não avançou nas investigações em torno do bicheiro. O advogado de Cícero Lucena disse desconhecer a existência dos cheques e descartou qualquer envolvimento da prefeitura com o chefe do crime organizado em Mato Grosso. "Isso nem está citado no processo. Não tenho conhecimento dessa acusação", afirmou Agra.

Assunto ignorado

Em depoimento à CPI dos Bingos, em 27 de julho do ano passado, o então procurador da República em Mato Grosso Pedro Taques, que ajudou a desvendar as transações do Comendador, já havia alertado os senadores sobre o assunto.

"O Banco Central, auxiliando o Ministério Público Federal, desvendou que a prefeitura de João Pessoa na Paraíba também havia depositado R$ 1,9 milhão nas contas desse cidadão chamado João Arcanjo Ribeiro", disse Taques. A citação do procurador não despertou a atenção dos integrantes da comissão, que se limitaram apenas a manter a informação nas notas taquigráficas.

A ligação entre o bicheiro e integrantes do PSDB mato-grossense chegou a ser alvo de inquérito da Polícia Federal em Mato Grosso. A denúncia, não levada adiante pela CPI dos Bingos, era de que diversas empresas ilegais de factoring montadas pelo Comendador teriam irrigado dinheiro em campanhas eleitorais de tucanos entre 1994 e 2002 no estado.

Ex-ministro do Planejamento

Eleito com 803. 600 votos (48,25% dos válidos), Cícero Lucena ocupou , a vaga de Ney Suassuna. O senador chegou a Brasília com um currículo destacado. Primo do ex-presidente do Senado Humberto Lucena (PMDB-PB), morto em 1998, ele governou a Paraíba por oito meses, em 1994, quando assumiu, na condição de vice, o lugar do titular, Ronaldo Cunha Lima.

No ano seguinte, Cícero foi nomeado ministro da Integração Regional no governo Fernando Henrique Cardoso. De lá saiu para conquistar a prefeitura de João Pessoa, à frente da qual se manteve por dois mandatos. Até o ano passado, foi secretário de Planejamento do atual governador Cássio Cunha Lima (PSDB), que também foi cassado por corrupção


Para quem quiser elogiar o senador:

Cícero Lucena - cicero.lucena@senador.gov.br

Extraído do Site Amigos do Presidente Lula http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/