Ela explicou no Congresso que a operação ocorreu porque "há um choque externo de crédito e o crédito foi cortado ao Brasil". Assim, a estatal teve de recorrer ao mercado financeiro interno "num momento crítico e notório de falta de liquidez". Dilma insistiu perante os parlamentares que "não é correto expor a Petrobras" numa situação de aperto internacional.
A ministra também negou a crítica da oposição de que o empréstimo à Petrobras reduz a disponibilidade de crédito para outros setores da atividade.
"Não é por falta de recursos que estamos tendo problemas no Brasil. Nós ainda temos R$ 195 bilhões em depósitos compulsórios. Então, por que não emprestar?", questionou ela.
A ministra disse ainda que quem quer saber por que a Petrobras recorreu a uma instituição financeira pública, deve "perguntar aos bancos privados a taxa que cobram". Segundo Dilma, o custo da operação ficou em 104% do CDI e a estatal não representa risco para a Caixa Econômica Federal, por ser a maior empresa brasileira e ter boa nota de crédito dada pelas agências de classificação internacionais. "Estranho seria o inverso: que a Petrobras estivesse emprestando à Caixa e aí, sim, haveria uma inversão de papéis."
Disse também ser "normal" o fato de a estatal buscar a melhor taxa de crédito. "Ela é solvente, dá garantias e em 180 dias ela paga, qual é o problema?", afirmou a ministra, voltando a esclarecer que o crédito foi tomado para a Petrobras complementar o pagamento de Imposto de Renda por ganhos com a recuperação de preço do dólar sobre o real.
Afirmou ainda que a estatal mantém boa relação com o sistema financeiro internacional. "Eu asseguro aos senhores que a primeira abertura de linha externa que houver será da Petrobras."
Fonte: Valor online
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