Gostaria aqui de falar um pouco de
Jesus Cristo.
Eu o conheço muito pouco, inclusive suas histórias... mas sempre que a sua imagem vem à minha mente, antes de vê-lo como um salvador, vejo-o como um lutador, um bravo, um insatisfeito, um inconformado; alguém que veio à Terra com a missão de fazer com que seus irmãos - sim somos todos irmãos - amem mais, procurem a paz, o reto, a gratidão e a justiça.
Um lutador, mas morreu sem hesitar em não revidar... grandeza para poucos depois dele;
Um bravo, mas não organizou uma traição ao regime... foi traído pelo sistema;
Um insatisfeito, mas sem armas, tentou melhorar a vida dos mais sofridos de corpo de alma;
Um inconformado, mas sem usar de qualquer meio vão, deixou a sua mensagem e o seu exemplo em vida de viver em amor e paz, com retidão e gratidão, e justiça.
Da Justiça Divina extraímos a nossa noção de Justiça dos homens, a partir de um dever ético e moral intrínseco ao ser humano, como hoje de qualquer cidadão, seja cristão ou não, é que há um "dever ser" maior a todos: a procura da Justiça Social.
Pertuba-me o fato de que, nós, como cristãos, não conseguimos nos sensibilizar com o irmão mais carente... com a criança de rua, explorada e sem infância, com a juventude sem estudo, com os adultos sem empregos, com as famílias infelizes por não possuírem o essencial à sobrevivência humana, às vezes, sem lugar para descansar o corpo, ou seja, a carne.
Pertuba-me ver irmãos, mais bem aquinhoados pelo destino, insensíveis a tais fatos. Só quem passou ou ainda passa fome, necessidade de alimentar a si e aos seus, é quem tem o direito à alguma coisa.
Mas com um cartão de débito, com uma renda mínima garantida mensalmente, uma pequena família no mais recôndito rincão desse chão Brasil, bem similar aquela que deu a luz nessa noite, hoje pode ter um pouco de dignidade ao testemunhar a transformação de uma cesta básica a cada dois anos em uma cesta básica a cada mês... comparável ao
milagre da multiplicação dos pães realizada por
Aquele que faz aniversário hoje.
Desejo um Feliz Natal a todos, com farta ceia, e com o espírito repleto de esperança de que os piores momentos já estão a passar.
Márcio Lacerda de Araújo
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