segunda-feira, 31 de agosto de 2009
O Blog do Lula: recorde de acessos no primeiro dia
O presidente Lula entra na Blogsfera com o Blog do Planalto. O blog é muito bem feito, tem muita informação, vários vídeos, imagens, ótimos textos, além de ser mais um canal direto de comunicação com o presidente, desejo de muitos internautas.
Antes de reclamarem do Governo Lula feitos papagaios da mídia corporativa (Globo, Folha, Veja), é bastante saudável à saúde mental do leitor ir se informar diretamente na fonte.
Parabéns ao presidente Lula e à equipe responsável pelo site. Estou orgulhoso por mais essa iniciativa.
MLA
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
O Rio vai ficar mais bonito
Ao assistir o vídeo, me emocionei, como brasileiro... vale a pena.
Mais uma vez, Lula mostra como é que se faz, em parceria com o governador Sérgio Cabral.
Essas notícias não saem na mídia corporativa.
Localização faz de João Pessoa favorita a cidade de apoio da Copa
Capital paraibana larga na frente por estar situada entre Natal e Recife, duas cidades-sede
postado em 27/08/2009 13:47 h
atualizado em 27/08/2009 19:12 h
Quase três meses após a divulgação das doze cidades-sede da Copa de 2014, a disputa agora fica entre as cidades brasileiras que almejam hospedar as seleções da maior competição futebolística do planeta. Entre elas está João Pessoa, capital da Paraíba, que segundo o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., larga na frente por estar situada entre duas subsedes da Copa, Natal e Recife.
Para que isso aconteça, mudanças drásticas estão previstas. A primeira e principal delas é a reforma do estádio Almeidão, o palco mais tradicional do futebol paraibano. Localizado no Bairro do Cristo Redentor, na capital da Paraíba, tem capacidade para 35 mil pessoas, mas está longe de estar dentro nas normas da Fifa.
Além disso, caso João Pessoa seja escolhida, serão feitos investimentos: em programas de qualificação profissional, para que a sociedade esteja pronta para receber os turistas e, principalmente, a seleção que vier a se hospedar em João Pessoa; na rede hoteleira, que hoje é pequena para receber um evento deste porte; e na rede de transportes, principalmente na ampliação de estradas e na modernização do Aeroporto Presidente Castro Pinto.
Contudo, vale destacar que há cerca de duas semanas o projeto que oficializa a candidatura de João Pessoa como cidade de apoio da Copa de 2014 está nas mãos do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. Ele recebeu a proposta diretamente do prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, que admite não enxergar nenhuma possibilidade de ver João Pessoa fora da rota da Copa, devido principalmente à sua localização privilegiada.
Lula, o CEO
Um retrato inédito do presidente. Como ele gerencia, fixa metas e cobra resultados dos seus ministros - e de uma forma muito mais intensa do que se imagina
Denize Bacoccina, Gustavo Gantois e Luciana de Oliveira
Administrar um pequeno negócio, uma grande corporação ou um governo envolve princípios parecidos: definir metas, alocar recursos e cobrar resultados. Em Brasília, o presidente Lula, com seus acertos e seus erros, aprendeu a manejar essas técnicas. E embora seja visto por muitos como um político bom de palanque, mas que delega a gestão aos "gerentões" - José Dirceu no primeiro mandato e Dilma Rousseff no segundo -, ele é um executivo bem mais atuante do que se supõe.
Hoje, além de acompanhar o que cada um dos ministros faz, ele sabe identificar os pontos fracos de uma proposta, estimula o debate e ouve opiniões divergentes para ter certeza de ter tomado uma boa decisão. Quando um projeto dá errado, não tem medo de mudar e começar de novo se for preciso. O ministro Franklin Martins, que se tornou um dos principais conselheiros do presidente, é testemunha disso.
"Ele trabalha no mínimo 12 horas por dia, muitas vezes até 15 horas, e tem foco e prioridade", disse à DINHEIRO. Lula tem outros traços de um bom executivo. Sabe administrar o tempo e também desligar - ele tira sempre os fins de semana para descansar.
Nenhum ministro se arrisca a ligar para ele nesses dias, dedicados à família e a atividades que o ajudam a espairecer, como pescar no lago Paranoá. "Ele sabe delegar. Delega e não vigia. Mas cobra muito. Cobra até em público. Uma vez me cobrou na frente da presidente Cristina Kirchner", disse à DINHEIRO o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge. A seguir, histórias que revelam o surpreendente perfil do CEO Lula.
Retornos de longo prazo
No início de 2003, a inflação rodava a 17% ao ano e a equipe econômica de Lula teria de definir a meta de inflação para 2005. Antônio Palocci, da Fazenda, e Henrique Meirelles, do BC, propuseram 5%. Quando Lula recebeu o número, retrucou: "Alto demais, coloca 4%". Palocci argumentou que aquilo implicaria numa taxa de juros alta e em maiores sacrifícios no curto prazo, mas o presidente rebateu dizendo que os benefícios de longo prazo seriam maiores.
No fim, fecharam em 4,5%. Meses depois, com a economia ainda em marcha lenta, Lula chamou de novo os dois. Não iria mexer na meta, mas queria que se criasse uma modalidade de empréstimo com juros mais baratos. Palocci reuniu-se com sua equipe e assim nasceu o crédito consignado, com desconto em folha de pagamento. Olhando em retrospecto, o ex-ministro da Fazenda diz que uma das maiores características do CEO Lula é a visão de longo prazo. "Ele teve paciência e colheu os frutos", disse Palocci à DINHEIRO.
Metas e prazos
Logo que assumiu o governo, Lula pediu ao IBGE um estudo sobre o número de residências que não tinham energia elétrica. O resultado surpreendeu. Eram dois milhões de domicílios e 10 milhões de cidadãos. Esse era o mercado potencial do programa Luz para Todos, lançado com a meta de resolver o problema até o fim de 2008.
Lula atribuiu a tarefa ao ministério de Minas e Energia, à época chefiado por Dilma Rousseff, e alocou recursos no Orçamento. As cobranças passaram a ser feitas mensalmente. No início do ano passado, ao atualizar os dados, o governo percebeu que ainda há um milhão de residências sem energia, que devem ser atendidas até o fim de 2010. E os balanços mensais têm sido repassados pelo ministro Edison Lobão. No último encontro, há três semanas, o presidente se inquietou com a falta de resultados no Amazonas, no Pará, no Amapá e no Piauí. "Ele sempre quer saber o motivo, cobra metas e pede mais empenho", disse Lobão à DINHEIRO.
Sensibilidade social
Lula inaugurou o primeiro mandato impondo um desafio ao seu governo: garantir a segurança alimentar e nutricional de toda população. O primeiro programa, o Fome Zero, acabou naufragando, mas o cadastro único criado naquela época foi fundamental para a criação do Bolsa-Família, o mais bem-sucedido dos programas criados pelo presidente Lula.
Nele foram integrados todos os projetos sociais tocados pelo governo anterior, como o Bolsa Escola, o Bolsa Alimentação e o Vale Gás. "O presidente reverencia muito o Bolsa Família. O programa está sempre no coração e na cabeça dele", disse à DINHEIRO o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias. Foi do presidente a decisão de aumentar em 10% o benefício, ao custo de R$ 406 milhões. O orçamento total do programa em 2009 é de R$ 11,6 bilhões. O público atendido, de 11,5 milhões de famílias, deve aumentar para 12,9 milhões até o ano que vem. E o consumo popular, puxado pelas famílias de baixa renda, contribuiu para que o País saísse mais rapidamente da crise.
Estímulo à inovação
Em 2004, o então ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, entrou no Palácio do Planalto com os olhos brilhando: "Temos que fazer a revolução da agroenergia no País", disse ele. Lula e o vice José Alencar ficaram fascinados.
Em novembro de 2006, durante a inauguração de uma unidade de biodiesel em Barra do Bugres, em Mato Grosso, Lula apresentou os números. Mais de 4 mil postos vendem o combustível, o que garante o sustento de 205 mil famílias. Há um ano, Lula criou a Petrobras Biocombustíveis. "Ele liga todas as semanas e acompanha de perto o que fazemos", disse à DINHEIRO Miguel Rossetto, presidente da empresa
Reação rápida
Em novembro do ano passado, quando a economia brasileira teve demissões em vez de contratações pela primeira vez em muito tempo, a luz vermelha já acendeu no governo. Ao levar os números ao presidente Lula, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, foi surpreendido com a reação rápida do presidente. Lula pediu detalhes sobre as demissões em cada um dos setores.
Depois de uma hora, começou a formular, na presença de Lupi, políticas para reativar a economia e tentar conter as demissões, como redução de impostos para o setor automotivo e reforço das linhas de crédito do BNDES e bancos públicos para compensar a falta de crédito no mercado. "Ele já foi chamando Dilma e Mantega para traçarem as primeiras providências. O emprego foi o balizador de toda política anticíclica adotada pelo governo", contou Lupi, que já prevê que o Brasil fechará 2009 com 1 milhão de contratações
Persistência e estrela
Até o dia 2 de setembro de 2006, Lula não fazia ideia do que era pré-sal. Verdade seja dita, pouca gente na Petrobras sabia. Uma delas era Guilherme Estrella, diretor de Exploração e Produção. Quando a empresa ainda estava dividida sobre a viabilidade de continuar gastando dinheiro perfurando o fundo do mar, ele conseguiu convencer o presidente Lula a manter a continuidade dos investimentos. Quando o petróleo foi finalmente descoberto, Estrella anunciou pessoalmente ao presidente a importância da descoberta.
Disse que o risco exploratório era praticamente nulo e os resultados garantidos. Na mesma hora, Lula decidiu retirar os blocos do pré-sal da rodada de licitação de zonas petrolíferas que a ANP realizaria dias depois. Hoje, a Petrobras já é uma das empresas mais valiosas do mundo, com reservas de 8 bilhões de barris.
Alma de vendedor
Lula faz questão de personificar o espírito de caixeiro-viajante e de promotor da imagem do Brasil, como na última reunião do G-20. Com 205 visitas internacionais, Lula gosta de criar situações nas quais pode apresentar empresários a presidentes. Foi o caso da última missão comercial ao Peru.
Quando ouvia o presidente Alan García reclamar da pequena participação brasileira no país, Lula avistou Flávio Machado Filho, diretor da Andrade Gutierrez e gritou: "Flávio! Você conhece o presidente García?". Ao virar de volta para o peruano, fechou com um aviso: "Fique de olho nele". Depois disso, a construtora assinou contrato com a Vale para exploração de uma jazida de fósforo no Peru. Foi assim também com a Camargo Corrêa, em 2005, na Venezuela; com a Odebrecht, em 2003, na Angola; e, recentemente, com a EBX, na China.
O computador pessoal de Lula
A arquiteta Clara Ant, chefe do gabinete- adjunto de informação da Presidência, se autodefine como "a continuísta" do governo. Na linguagem dos manuais da administração, seria a executiva encarregada de fazer os follow-ups. É aquela pessoa que garante que todas as promessas, ideias e intenções de Lula sejam informadas aos ministros das respectivas áreas, que são periodicamente cobrados. O presidente Lula tem uma memória invejada - e temida - por todos os que trabalham com ele e consegue perceber um número errado num relatório a distância.
Ele também se lembra de ordens que deu e cobra informações de interlocutores. Ainda assim, o trabalho dos 12 membros da equipe de Clara é garantir que o governo não dependa da memória de Lula. Eles acompanham todas as reuniões, discursos e entrevistas do presidente, fazendo chegar aos órgãos pertinentes ordens e cobranças - mesmo a ministros que não estavam presentes.
A equipe de Clara também é responsável pelas fichinhas que o presidente recebe sobre cada item da sua agenda: o perfil de um empresário, prefeito ou presidente que recebe em audiência. Um trabalho que tem a exatidão como ponto de honra, ainda que ela não seja isenta de falhas. Há poucas semanas, Clara repassou para a equipe a bronca que levou do presidente quando ele percebeu que um número que citaria num discurso estava errado. "Eu transmito para toda a equipe a necessidade de ser rigoroso, porque ele exige de nós essa necessidade de exatidão", diz ela.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Lula abre Congresso Internacional de Software Livre e fala de inclusão digital
Na abertura do Congresso Internacional de Software Livre e Governo Eletrônico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o software livre tem sido uma importante ferramenta para a democratização do conhecimento e renovação dos relacionamentos sociais.
Lula contou que tinha certo preconceito em estimular o ensino de crianças por meio do computador, pois temia que a máquina inibisse os relacionamentos sociais. Porém, afirmou ter mudado de opinião ao conhecer um programa de inclusão digital no Piraí, no Rio de Janeiro. De acordo com Lula, as crianças passaram a ter mais interesse pelos estudos por e evasão escolar caiu na região.
“Eu perguntei para as crianças: 'O que esse computador modificou na sua vida?' A resposta era uma só. Ele permite que a gente possa pesquisar mais e a gente aprendeu a gostar de ler. A meninada toma conta do computador como se tivesse tomando conta de uma coisa sagrada”, disse Lula.
De acordo com o presidente, desde que o governo adotou o software livre, já economizou R$ 370 milhões com a compra de programas de computador e aplicativos.
As Forças Armadas, Caixa Econômica Social e Banco do Brasil são alguns que já aderiram ao uso do software aberto.
O Ministério da Educação já distribuiu 400 mil computadores. Até 2010, a meta é distribuir 800 mil computadores, atendendo 93% dos alunos da rede pública de ensino.
O congresso internacional será realizado nos próximos dois dias em Brasília e reunirá mais de 4 mil pessoas.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
O que a Veja não falou sobre Direitos Autorais
Na edição de 12 de agosto de 2009 a revista Veja publicou matéria de capa entitulada "O Big Bang da Internet".
Dentre os artigos que seriam publicados, segundo a editoração da revista, um seria focado especificamente nos direitos autorais e na atual discussão que envolve o tema no Brasil e no mundo.
Vários especialistas do mundo inteiro foram entrevistados, dentre eles: Prof. Peter Drahos, famoso crítico do sistema de propriedade intelectual; Sisule Musungu, referência na política internacional de propriedade intelectual; Richard Stallman, ex-pesquisador do conceituado MIT e criador do sistema operacional GNU/Linux — junto com Linus Torvalds; Prof. Pedro Paranaguá, da FGV-Rio, dentre outros.
Nenhuma de suas respostas ou comentários foram mencionados na matéria.
Com o intuito de promover o acesso a informação e de enriquecer o debate, achamos por bem divulgar a seguir as respostas dadas pelo Prof. Pedro Paranaguá, da FGV DIREITO RIO, às perguntas feitas pela revista Veja:
- A internet revolucionou a maneira com que as pessoas se relacionam e está impondo uma nova forma de negócios para a indústria de entretenimento. Por mais que as convenções internacionais indiquem o caminho da repressão, a prática social é exatamente outra. Como solucionar este conflito?
R- Talvez o problema esteja justamente aí: em achar que há conflito. A Internet democratiza o acesso a informação e entretenimento. Elimina intermediários e barateia a cadeia produtiva cultural. Torna o consumidor mais próximo do autor bem como da indústria do entretenimento. Possibilita que a indústria saiba quais são as preferências culturais de seu consumidor. Isso gera um oceano de oportunidades para todas as partes envolvidas: indústria, autores e consumidores. Sem se falar na possibilidade de ganho financeiro muito superior ao que ocorria no tempo da tecnologia analógica ou mesmo de CDs e DVDs. Hoje em dia basta um HD ou memória flash/pen drive (muito baratos) no tocador de música digital, no celular, no computador etc. para se ter entretenimento digital. Em nada adianta ter normas ou leis que impeçam algo que é socialmente difundido e aceito. Seriam normas não legítimas, não aceitas pela grande maioria da sociedade; sem eficácia social, como diria Norberto Bobbio. O legítimo é fazer algo que seja aceito, que seja bem-vindo, que beneficie a maioria. A Internet não deveria ser limitada ou filtrada, mas sim servir de via para o progresso social, cultural e econômico.
- A legislação de copyright foi uma conquista para os autores e, durante quase três séculos, solucionou os problemas econômicos dos autores ao mesmo tempo em que ampliou o número de consumidores adeptos. Entretanto, a internet colocou em cheque este modelo. Ele não é mais viável?
R- Tenho minhas dúvidas se os direitos autorais foram uma conquista dos autores. Creio que tenha sido, mais, uma conquista da indústria editorial, na Inglaterra, há 299 anos. Em seguida, nos ideais da Revolução Francesa, os autores, estes sim, em carne e osso — e não a indústria — tiveram seus direitos resguardados. Era uma proteção à personalidade dos autores, contra a supremacia das monarquias. E também tenho minhas dúvidas se os direitos autorais solucionaram os problemas econômicos dos autores, bem como tenha sido responsável por aumentar o número de consumidores adeptos. Até hoje vemos a maioria dos autores recebendo muito pouco por direitos autorais ou sequer recebendo um centavo. A arrecadação é eficiente, mas a distribuição é falha. E em diversos casos o autor não recebe um tostão. Há casos, por exemplo, em que autores pagam para publicar livros de sua autoria — inclusive juízes de Direito. Sem se falar no famoso "jabá" — pagamento feito pelo autor para que sua música toque no rádio. Em suma, no universo de criação são pouquíssimos os autores que realmente são compensados por seus direitos autorais. A deficiente distribuição e a baixa remuneração estabelecida por titulares de direitos autorais são grandes responsáveis por isso. O modelo tradicional de fato está ultrapassado. A Internet pode ser utilizada para maximizar o acesso ao conhecimento, bem como para aumentar a remuneração de todos envolvidos.
- Há outros exemplos na história em que a legislação não acompanhou o comportamento social? O que ocorreu na época? Qual foi a solução para o problema?
R- Toda mudança implica, em maior ou menor grau, certa resistência. Temos exemplos atuais: no Irã, em teoria uma República, as pessoas estão sendo privadas de suas liberdades. São vigiadas, têm sua conexão da Internet cortada; websites filtrados e/ou bloqueados; têm suas mensagens por celular bloqueadas; têm suas antenas de TV via satélite, suas filmadoras e câmeras fotográficas confiscadas. Mulheres são proibidas de sair na rua sem ter a cabeça coberta por um pano. Namorados heterosexuais são impedidos de andar de mãos dadas nas ruas. Essas são claras e atuais formas de legislações e atos que não acompanham o comportamento social. Estive no Irã em junho passado e conheço pessoalmente muitos iranianos e iranianas que gostariam muito de sair de seu próprio país; que não concordam com as regras lá impostas, ainda que num governo, teoricamente, democrático. O resultado? Manifestações sanguinárias em pleno século XXI. Normas ou leis que não sejam legítimas nunca foram nem nunca serão respeitadas pela sociedade, a não ser que haja emprego de força bruta, como o que infelizmente está ocorrendo no Irã.
- A indústria argumenta que, sem o copyright, a inovação e a propriedade intelectual correm sérios riscos de terem uma redução significativa. Você acredita que a defesa da propriedade intelectual pode comprometer a inovação? Há estudos e /ou dados que demonstrem sua opinião?
R- Isso é retórica; marketing do medo. Nunca foi comprovado economicamente que haveria diminuição da inovação ou da criatividade se não houvesse o sistema de patentes ou de direitos autorais. Há, pelo contrário, várias indagações, há décadas, sobre a eficiência de tais sistemas. No século XIX, a até hoje reputada revista The Economist já questionava sobre a eficiência do sistema de patentes de inovação, tendo inclusive sugerido que as leis de patentes fossem abolidas na Inglaterra, o que de fato foi feito na Holanda, por mais de 40 anos. Economistas de peso, como Frederick Mashlup e Edith Penrose, disseram o mesmo há 60 anos atrás. Hoje em dia temos Paul David, de Oxford; Keith Maskus, da Universidade de Colorado; Joseph Stiglitz, ganhador do prêmio Nobel; todos eles, apenas para citar alguns, questionando de forma imparcial e com base econômica a eficiência do sistema de patentes e de direitos autorais. Não entendo que propriedade intelectual seja totalmente dispensável. Contudo, há de se trazer um maior equilíbrio para o cenário atual. Proteger e também promover o acesso ao conhecimento, a educação, a medicamentos. A falta de equilíbrio é nítida, ainda mais num país como o Brasil, onde a renda familiar é extremamente baixa. Portanto, a questão não é apenas jurídica, mas muito mais econômica e social. Se o modelo econômico aplicado por titulares de propriedade intelectual não for melhorado, a indústria continuará a reclamar e a se auto-sufocar. Os preços praticados, bem como o modelo de negócio, devem levar em conta a sociedade local. Há vários modelos alternativos e que vem funcionando em paralelo, inclusive economicamente, como os softwares livres, as licenças de direitos autorais Creative Commons, dentre muitos outros. Sem se falar no aumento de vendas de discos colocados inteiramente de graça na Internet, ou o aumento de vendas de livros digitalizados ilegalmente. Enfim, o que a princípio pode parecer ruim ou inviável, na prática tem se mostrado, em muitos casos, como benéfico.
-Existem dados e/ou estimativas de quantas pessoas fazem downloads de música, filme e livros na internet no mundo?
R- Há vários dados: tanto da indústria fonográfica (International Federation for the Phonographic Industry - IFPI), bem como de empresas privadas de consultoria ou de acadêmicos. Fato é que as pessoas gostam de compartilhar conteúdo, seja ele protegido ou não por direitos autorais. O ato de compartilhar é uma vontade das pessoas. Muitas vezes elas sequer escutam a música ou lêem o livro que baixam da Internet, como mostram pesquisas do professor William Fisher, de Harvard, bem como a prática de nosso escritor, Paulo Coelho. Impedir que pessoas baixem e compartilhem conteúdo vai contra uma prática socialmente aceita, além de não fazer sentido no mundo virtual. O que se deveria fazer é incentivar o dowload e a troca de arquivos e se encontrar um modelo econômico moderno e justo, como eventualmente a cobrança de um valor para download ilimitado de qualquer conteúdo digital protegido por direitos autorais (livros, filmes, música etc.), desde que o consumidor de banda larga expresse claramente que quer baixar conteúdo protegido por direitos autorais.
Everardo: Casos Petrobras e Dilma/Lina "são farsa"
O pernambucano Everardo Maciel mora há 34 anos em Brasília. Foi secretário executivo em 4 ministérios: Fazenda, Educação, Interior e Casa Civil, e foi Secretário da Fazenda no Distrito Federal. Everardo é hoje consultor do FMI, da ONU, integra 10 conselhos superiores, entre eles os da FIESP, Federação do Comércio e Associação Comercial de São Paulo e é do Conselho Consultivo do Conselho Nacional de Justiça.
Mas, nestes tempos futebolísticos, às vésperas de 2010, com tudo o que está no ar e nas manchetes e, em especial, diante do que afirma Everardo Maciel na entrevista que se segue, é importantíssimo ressaltar que ele foi, por longos 8 anos, "O" Secretário da Receita Federal dos governos Fernando Henrique Cardoso.
Dito isso, vamos ao que, sem meias palavras, afirma Everardo Maciel sobre os rumorosíssimos casos da dita "manobra contábil" da Petrobras - que desaguou numa CPI -, da suposta conversa entre a Ministra Dilma Rousseff e a ex-Secretaria da Receita Lina Vieira e da alardeada "pressão de grandes contribuintes", fator que explicaria a queda na arrecadação:
- Não passam de factóides. Não passam de uma farsa.
Sobre a suposta manobra contábil que ganhou asas e virou fato quase inquestionável, diz o ex-Secretário da Receita Federal de FHC:
-É farsa, factóide... a Petrobras tem ABSOLUTO DIREITO (NR: Destaque a pedido do entrevistado) de escolher o regime de caixa ou de competência para variações cambiais, por sua própria natureza imprevisível, em qualquer época do ano. É bom lembrar que a opção pelo regime de caixa ou de competência não repercute sobre o valor do imposto a pagar, mas, sim, a data do pagamento. Essas coisas todas são demasiado elementares.
E o caso Dilma/Lina?
- Se ocorreu o diálogo, ele tem duas qualificações: ou era algo muito grave ou algo banal. Se era banal deveria ser esquecido e não estar nas manchetes. Se era grave deveria ter sido denunciado e chegado às manchetes em dezembro, quando supostamente ocorreu o diálogo. Ninguém pode fazer juízo de conveniência ou oportunidade sobre matéria que pode ser qualificada como infração. Caso contrário, vai parecer oportunismo.
E a queda na arrecadação por conta de alardeada pressão de grandes contribuintes?
-Farsa, factóide para tentar explicar, indevidamente, a queda na arrecadação.
Sobre essa mesma queda e alardeadas pressões, Everardo Maciel provoca com uma bateria de perguntas; que ainda não foram respondidas porque, convenientemente, ainda não foram feitas:
- Quais são os nomes dos grandes contribuintes, quando e de que forma pressionaram a Receita? Quando foi inciada a fiscalização dos fatos relacionados com o senhor Fernando Sarney? Quantos foram os contribuintes de grande porte no Brasil que foram fiscalizados no primeiro semestre deste ano, comparado com o mesmo período de anos anteriores e qual foi o volume de lançamentos? A Receita, em algum momento, expediu uma solução de consulta que tratasse dos casos de variações cambiais como os alegados em relação à Petrobras?
Com a palavra Everardo Maciel, Secretário da Receita Federal nos 8 anos de governo Fernando Henrique Cardoso:
Terra Magazine - Algo perplexo soube que o senhor, Secretário da Receita Federal por 8 anos nos governos de Fernando Henrique Cardoso, não tem a opinião que se imaginaria, e que está nas manchetes, editoriais e colunas de opinão, sobre o caso das ditas manobras contábeis da Petrobras, agora uma CPI?
Everardo Maciel - Independentemente de ter trabalhado em qualquer governo, meu compromisso é dizer a verdade que eu conheço. Então, a verdade é que a discussão sobre essa suposta manobra contábil da Petrobras é rigorosamente uma farsa.
Uma farsa, um factóide?
É exatamente isso. Farsa, factóide. E por quê? Porque não se pode falar de manobra contábil, porque a contabilidade só tem um regime, que é o de competência.
Traduzindo em miúdos, aqui para leigos como eu....
Eu faço um registro competência... quer dizer o seguinte: os fatos são registrados em função da data que ocorreram e não da data em que foram liquidados. Por exemplo: eu hoje recebo uma receita. Se estou no regime de competência, a receita é apurada hoje. Entretanto, se o pagamento desta receita é feito no próximo mês, eu diria que a competência é agosto e o caixa é setembro. Isso é competência e caixa, esta é a diferença entre competência e caixa, de uma forma bem simples.
Cabe uma pergunta, de maneira bem simples: então, Secretário, há um bando de gente incompetente discutindo a competência?
Eu não chegaria a fazer essa observação assim porque não consigo identificar quem fez essas declarações, mas certamente quem as fez foi, para dizer o mínimo, pouco feliz.
Por que o senhor se refere, usa as expressões, "farsa" e "factóide"?
Vejamos: farsa ou factóide, como queiram, primeiro para explicar indevidamente a queda havida na arrecadação. Agora, a Petrobras, no meu entender, tem ABSOLUTO DIREITO (NR: Destaque a pedido do entrevistado) de escolher o regime de caixa ou de competência para variações cambiais, por sua própria natureza imprevisível, em qualquer época do ano. É bom lembrar que a opção pelo regime de caixa ou de competência não repercute sobre o valor do imposto a pagar, mas, sim, a data do pagamento. Essas coisas todas são demasiado elementares. Para especialistas.
Então por que todo esse banzé no Oeste?
Não estou fazendo juízo de valor sobre a competência de ninguém, mas, neste caso, para o governo, me desculpem o trocadilho, o que contava era o caixa. E o caixa caiu. Para tentar explicar por que a arrecadação estava caindo, num primeiro momento se utilizou o factóide Petrobras. No segundo, se buscou explicações imprecisas sobre eventuais pressões de grandes contribuintes, às vezes qualificados em declarações em off como financiadores de campanha. Entretanto, não se identificou quem são esses grandes "financiadores de campanha" ou "contribuintes". Desse modo, a interpretação caiu no campo da injúria.
O senhor tem quantos anos de Brasília?
Não consecutivamente, 34 anos. Descontado o período que passei fora, 30 anos.
Diante desse tempo, o senhor teria alguma espécie de dúvida de que o pano de fundo disso aí é a eleição 2010?
Eu acho que nesse caso, em particular e em primeiro lugar, o pano de fundo era a sobrevivência política de uma facção sindical dentro da Receita.
Seria o pessoal que o atormentou durante oito anos?
Não todo tempo. E de qualquer sorte, de forma inócua.
Sim, mas me refiro para o que reverbera para além da secretaria,do que chega às manchetes... os casos da Petrobras, um atrás do outro.
Todos esses casos são, serão esclarecidos, e acabam, acabarão sendo esquecidos, perderão qualquer serventia para 2010. São factóides de vida curta. Depois disso chegamos à terceira fase do factóide.
Mais ainda? Qual é?
Aí vem a história do virtual diálogo que teria ocorrido entre a ministra-chefe da casa civil, Dilma Rousseff, e a secretária da receita, Lina Vieira. Não tem como se assegurar se houve ou deixou de haver o diálogo, mormente que teria sido entre duas pessoas, sem testemunhas. Agora tomemos como verdadeiro que tenha ocorrido o diálogo. Se ocorreu o diálogo, ele tem duas qualificações: ou era algo muito grave ou algo banal.
Sim, e aí?
Se era algo banal, deveria ser esquecido e não estar nas manchetes. Se era algo grave, deveria ter sido denunciado e chegado às manchetes em dezembro, quando supostamente ocorreu o diálogo. Ninguém pode fazer juízo de conveniência ou oportunidade sobre matéria que pode ser qualificada como infração. Caso contrário, vai parecer oportunismo.
À parte suas funções conhecidas, de especialista, por que coisas tão óbvias como essa que o senhor tá dizendo não são ditas? Já há dois meses essa conversa no ar sem que se toque nos pontos certos, óbvios...
Eu não sei porque as pessoas não fazem as perguntas adequadas...
Talvez porque elas sejam incômodas para o jogo, para esse amontoado de simulacros que o senhor aponta? Quais seriam as perguntas reveladoras?
Por exemplo: quais são os nomes dos grandes contribuintes, quando e de que forma pressionaram a Receita? Quando foi inciada a fiscalização dos fatos relacionados com o senhor Fernando Sarney? Quantos foram os contribuintes de grande porte no Brasil que foram fiscalizados no primeiro semestre deste ano, comparado com o mesmo período de anos anteriores e qual foi o volume de lançamentos? Ainda uma outra pergunta: a Receita, em algum momento, expediu uma solução de consulta que tratasse dos casos de variações cambiais como os alegados em relação à Petrobras? Respostas a isso permitiriam lançar luz sobre os assuntos.
Última pergunta, valendo-me de um jargão jornalístico: trata-se então de um amontoado de cascatas?
Não tenho o brilhantismo do jornalista para construir uma frase tão fortemente elegante e esclarecedora, mas, modestamente, prefiro dizer: farsa e factóide. Ao menos, no mínimo, algumas das coisas que tenho visto, lido e ouvido, não passam de factóides. Não passam de uma farsa.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Petrobras, Pré-sal, Lula e Getúlio
Segue vídeo mais recente da Mais Querida do Brasil:
Lula diz que 71% da renda do pré-sal irá para o Estado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que o marco regulatório do petróleo do pré-sal, que será apresentado pelo governo na próxima segunda-feira, vai prever que 71% da renda obtida com a exploração será destinada a um fundo do governo.
"Segunda-feira vou lançar o marco regulatório do pré-sal, a nova descoberta de petróleo da Petrobras. Desse dinheiro do pré-sal, 71% será uma partilha para a União. Vamos criar um fundo para resolver três problemas crônicos do País, a exemplo do que foi feito na Noruega. Esse dinheiro será para Educação, Ciência e Tecnologia e para a diminuição da pobreza no país", afirmou.
Lula fez a afirmação durante o lançamento da pedra fundamental do campus de São Bernardo do Campo da Universidade Federal do ABC. O campus deve ficar parcialmente pronto em 2010. O senador Aloísio Mercadante, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, e o ministro da Educação Fernando Haddad também participaram do evento.
Dívida social
Na segunda-feira (24) o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que os rendimentos do fundo formado pelo pré-sal serão investidos em atividades rentáveis e em infraestrutura.
"A ideia é justamente aplicar recursos prioritariamente para sanar a grande dívida social que esse país tem com a população. Para isso, vão investir em atividades que tenham rentabilidade e pode ser em atividades de infraestrutura. E os rendimentos, serão justamente no fundo social", disse.
Tolmasquim que considerou a descoberta do pré-sal como um "bilhete premiado da loteria". Nós já somos autossuficientes. O que vem a mais é para exportação. O pré-sal é um grande bilhete na loteria que o Brasil ganhou", afirmou.
Regime de concessão
O presidente da EPE participou da elaboração do marco regulatório do pré-sal, que será apresentado pelo presidente Lula no próximo dia 31 de agosto. Em debate sobre energia na Comissão de Infraestrurura do Senado, ele afirmou que a exploração será realizada em regime de parceria, que considera a forma mais adequada devido à convicção de que o risco do negócio é bem menor do que o governo imaginava.
"O regime de concessão foi pensado quando se tinha uma percepção de que o risco era muito grande. A concepção hoje é de que o risco é bem menor, por isso, não tenho dúvida de que o modelo de parceria é o mais adequado", afirmou.
O presidente da EPE considerou ainda que já existe tecnologia suficiente para explorar petróleo na área do pré-sal e que o que o governo tem trabalhado para baratear o custo operacional da exploração. O presidente da comissão, senador Fernando Collor, questionou o presidente da EPE sobre a distribuição dos royalties sobre o petróleo extraído da camada pré-sal, mas Tolmasquim não quis falar sobre o assunto.
Engenharia política
"Como o presidente vai anunciar o projeto no próximo dia 31, eu queria não falar sobre isso. Não quero aqui anunciar nada", disse. Na opinião do senador alagoano, a distribuição dos royalties será o principal problema na discussão do projeto na Câmara e no Senado, que exigirá dos senadores e deputados "muita engenharia política". "Esse é um problema crucial. Como isso será dividido? Isso vai exigir muita engenharia política nossa para que possamos chegar a uma acordo", afirmou Collor.
Hoje, o governo teve a ideia do tamanho da "engenharia política" para equalizar os interesses dos Estados. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que se reunirá com o presidente Lula na próxima semana, vai reclamar das propostas de redistribuição dos royalties que estão sendo pensadas. "Dividir os recursos do pré-sal com outros estados brasileiros seria um ato de brutalidade com o Rio de Janeiro", disse Cabral.
O tucano Aécio Neves, governador de Minas Gerais, já defende que a distribuição dos royalties contemple também os estados. "O Rio deve ter participação nisso, mas o Brasil de alguma forma também tem que ser beneficiado, ou vamos ter uma distorção ainda maior entre Estados e regiões", disse o mineiro em debate realizado no Rio de Janeiro.
Edson Lobão
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que não concorda com as críticas dos governadores. "Não acho que tenham razão quanto às queixas que fazem. Não se vai mudar nada do que existe hoje em relação aos estados produtores. No regime de concessão, eles recebem royalties e royalties continuam recebendo", disse após participar do 2º Encontro Nacional da Siderugia, em São Paulo.
Ele garantiu que o governo não mudará a posição de adotar o sistema de partilha para os lotes ainda não leiloados do pré-sal, que representam cerca de 70% do total. Por esse modelo, "a União recebe bem mais royalties para distribuir pelos outros estados além dos produtores ", explicou. Os Estados produtores, por sua vez, acabam recebendo menos recursos.
Segundo Lobão, o texto final sobre o assunto, que será enviado para apreciação da Câmara e do Senado, deverá estar concluído até sexta-feira (29). Ao chegar ao Congresso, na próxima segunda-feira (31), o projeto estará , de acordo com o ministro, aberto para discussões ,e os governadores que discordam da proposta poderão apresentar suas posições. "Os governos que defendam sua posição no Congresso", ressaltou.
Com agências
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Lina Vieira: o último factóide
Considerando a investigação realizada pelo sempre atento Stanley Burburinho e com base nas razões explanadas no excelente comentário do leitor Marcílio Moreira, ambos extraídos do Blog Luis Nassif, a quem cabem todos os créditos, dou por encerradas as discussões sobre o último factóide do PiG.
MLA
_____________________________________
Por Stanley Burburinho
Estive consultando a agenda de viagens da Sra. Lina.
Acredito que a Sra. Lina e seus apoiadores estão encontrando dificuldades para arrumar uma data para o suposto encontro com a Ministra Dilma porque:
1 - No mês de dezembro/2008 (17 dias úteis), considerando os feriados e as viagens, a Sra. Lina ficou 8 dias úteis no DF:
Datas e duração das viagens:
19/12/2008 a 22/12/2008 – RN - SSDS
11/12/2008 a 15/12/2008 – RN - QSSDS
03/12/2008 a 07/12/2008 – QQSSD
2 - No mês de novembro (20 dias úteis) a Sra. Lina ficou 12 dias úteis no DF:
Datas e duração das viagens:
26/11/2008 a 28/11/2008 - QQS
20/11/2008 a 22/11/2008 – RN - QSS
06/11/2008 a 09/11/2008 - QSSD
3 - No mês de outubro (23 dias úteis) a Sra. Lina ficou 7 dias úteis no DF:
Datas e duração das viagens:
29/10/2008 a 03/11/2008 - QQSSDS
23/10/2008 a 28/10/2008 – RN - QSSDST
16/10/2008 a 20/10/2008 - QSSD
09/10/2008 a 10/10/2008 - QS
08/10/2008 a 08/10/2008 – Q
Portanto, em três meses, de outubro a dezembro (60 dias úteis), a Sra. Lina ficou 27 dias úteis no DF. Ela passou 33 dias viajando;
Reparei que a maioria das viagens iniciou na quarta ou na quinta entrando pelo fim de semana. Acho que ela aproveitou para fazer turismo;
Das 11 viagens, 4 foram para o RN, onde mora o marido da Sra. Lina e mesmo assim foram pagas diárias;
Andei confrontando a agenda da Ministra Dilma (considerando o afastamento para tratamento, viagens, etc) com os dias que a Sra. Lina ficou em Brasília e a possibilidade para o suposto encontro ficou reduzida para menos de 7 dias;
Será que mesmo assim a Sra. Lina não se lembra da data?
RN = Viagens para o Rio Grande do Norte;
SSDS = dias da semana que a Sra. Lina estava em viagem.
_____________________________________
Por Marcílio Moreira
Lina Vieira - Diz-me com quem andas e direi quem tu és…
É dever ético e legal de quem acusa provar que está dizendo a verdade. Entretanto vai ser difícil para a Srª. Lina Veira, pois:
- não lembra da data e hora do encontro (não sabe dizer pelo menos, se foi depois do café da manhã ou depois do almoço…);
- não tem provas documentais, tinha três secretárias e nenhuma delas agendou o encontro (uma secretária da Receita Federal é tão descompromissada assim que não precise agendar seus encontros?…principalmente com uma Ministra, é no mínimo estranho);
- disse que ouviu “agilizar” e, no entanto, entendeu “encerrar”;
-entretanto, foi a justiça que determinou o término das investigações da Receita Federal com prazo de 60 dias sobre empresas da família Sarney;
- não sabe o nome do motorista porque segundo a mesma os motoristas são terceirizados, e que foi por diversas vezes no Planalto em outras reuniões;
- como ela foi várias vezes ao Palácio do Planalto é claro que vai haver vários registros do circuito interno de câmeras que filmam a entrada e a saída de veículos e visitantes no Palácio (só se for no par ou ímpar para decidir em qual das visitas aconteceu a tal reunião);
- só revelou o encontro depois da demissão (se achou tão grave naquele momento deveria ter denunciado);
- a chefe de gabinete de Lina Vieira, Iraneth Maria Dias Weiler, foi doadora da campanha de Fernando Henrique Cardoso para presidente da República em 1998;
- o esposo de Lina Vieira, Alexandre Firmino, já integrou o ministério da integração, no governo do Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
- Alexandre Firmino é sócio de um sobrinho do senador Garibaldi Alves ( Lina também foi Secretária de Tributação no governo deste ) na agência de publicidade Dois.A, de Natal;
- essa agência já realizou campanhas para o senador José Agripino Maia (DEM-RN);
- A filha da ex-secretária da Receita é sócia da filha da senadora Rosalba Ciarlini, do DEM.
-Disse aos seus demo-tucanos que a data seria o dia 19/12, já comprovado que nesse dia estava em Natal-RN.
Portanto, fica difícil acreditar quando todos os fatos indicam exatamente o contrário.
A Carta Testamento
Do Blog do Brizola Neto
“Mais uma vez, a forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.
Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.
E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História”.
Getúlio VargasGetúlio Vargas: 55 anos depois, o legado sobrevive
No dia 23 de agosto de 1954, Getúlio Vargas mandou avisar, através do jornal "Última Hora", o único que não aderira à campanha contra seu governo: "Só saio morto do Catete".
A UDN e Carlos Lacerda - que queriam depor o presidente - acreditaram que era um blefe.
No dia 24 de agosto, há exatos 55 anos, Vargas cumpriu a promessa: deu um tiro no peito e adiou por dez anos o golpe da direita.
Quatro décadas depois, a nova UDN tentou matar Vargas pela segunda vez. Fernando Henrique Cardoso prometeu "enterrar a era Vargas". Não conseguiu.
O mito se esvaece, mas Vargas sobrevive no Estado brasileiro
Curiosamente, há pouca gente no Brasil hoje que se define como "getulista". O culto a Vargas, felizmente a meu ver, não existe. Mas Vargas sobrevive no Estado brasileiro.
O BNDES é Vargas, os bancos públicos são Vargas, a Petrobrás é Vargas, a Previdência Social (cheia de defeitos, mas um dos maiores programas sociais do mundo) é Vargas. E o Bolsa-Família, de certa forma, também é Vargas.
Outro fato curioso: na Argentina, Perón sobrevive como um mito. Ele e Evita são cultuados. Mas o Estado que ele criou não existe mais. Foi desmontado por um "peronista", Carlos Menem, que levou o neo-liberalismo ao pé da letra.
Na Argentina, o mito de Perón sobrevive, enquanto o Estado peronista desapareceu.
No Brasil, o mito de Vargas se esvaeceu. Mas, no Estado brasileiro, Vargas sobrevive.
Para mim, é prova de que a obra dele foi maior, muito mais duradoura, do que a obra de Perón.
A idéia do Estado forte está entranhada na mente dos brasileiros. Maior prova disso é a foto boçal do candidato udenista, em 2006. Alckmin precisava provar que não venderia o Estado brasileiro, como fizera o governo de seu partido nos anos 90. É a prova maior de que FHC falhara na tentativa pretensiosa de "enterrar a era Vargas".
Curiosamente, também, no comando do Estado brasileiro hoje está uma facção politica que fazia a crítica de Vargas. Lula e os sindicalistas do ABC pensavam que iriam "superar" Vargas. Influenciados pelos acadêmicos paulistas, como Weffort (que era tucano, mas esquecera de avisar), reduziam Vargas com dois conceitos simplistas: "populista" e "paternalista".
Por ironia da história, o governo Lula a meu ver passou bem pela grave crise internacional porque soube manejar bem os instrumentos criados por Vargas.
Guido Mantega, ironizado pelos sabichões tucanos das PUCs e USPs, conduziu com maestria o contra-ataque à crise. Manejando bem as alavancas do Estado. Os bancos públicos ajudaram a destravar o crédito. Se tivéssemos vendido tudo, como queriam os tucanos, qual ferramenta teria o Brasil para enfrentar a crise?
O Guido Mantega, com seu sotaque de genovês, mas com seu apreço pelo Brasil, pode não saber: mas ele também é um pouco Getúlio Vargas.
O Estado - demonizado nos anos 90 - ajudou a salvar o Brasil da crise...
Getúlio Vargas foi um ditador. Foi. Ponto. O Estado Novo foi uma ditadura.
Mas reduzir Vargas a isso é pensar pequeno.
O Brasil precisa lembrar do Vargas dos anos 50: eleito pelo povo, nacionalista, indepedente. Lembrar dele não como um mito, acima do bem do mal. Mas como prova de que o Brasil dá certo. Sempre que abandona o complexo de colônia, e age com independência, o Brasil cresce e melhora.
Lembrar o suicídio de Vargas é lembrar, também, que a UDN sobrevive. Com outros nomes. Mas, como há 55 anos, a UDN sonha com o golpe. Eles vivem de golpes. É preciso enfrentá-los.
Há 55 anos, sem saída, Vargas deu um tiro no peito.
Hoje, simbolicamente, o tiro tem que ser na direção do inimigo. Na direção daqueles que - como há meio século - querem retomar o Estado para vender o Brasil.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
"O primeiro mundo agora é aqui"
BOAS-VINDAS - 21/08/2009
ComentáriosRoberto Fleury/UnB Agência |
“Os sonhos movem a ciência”, afirma Miguel Nicolelis
Cientista convidado para a Aula da Inquietação quebrou protocolos e emocionou o público de 2,5 mil pessoas que participou do encontro
Priscilla Borges - Da Secretaria de Comunicação da UnB
De um encontro impossível com um hóspede inquieto, estudantes, professores e funcionários da Universidade de Brasília ganharam inspiração. Descobriram que probabilidades e improbabilidades podem falhar. Ouviram um respeitado cientista afirmar com veemência que a mola propulsora da ciência e das transformações da sociedade nada mais é que o sonho.
Em quase duas horas de bate-papo com a comunidade acadêmica, o cientista paulistano Miguel Nicolelis arrancou aplausos, sorrisos e lágrimas das 2,5 mil pessoas que assistiram à segunda Aula da Inquietação, encontro que marca o início do semestre na universidade. Depois de ser ovacionado pela plateia enquanto o reitor José Geraldo de Sousa Junior o apresentava, ele surpreendeu o público quebrando protocolos.
O paulistano de 48 anos decidiu se aproximar dos estudantes e professores aglomerados nas arquibancadas do Teatro de Arena. “Como hóspede inquieto, meu primeiro ato de inquietação será descer do palanque e conversar ao lado de vocês”, informou o chefe do prestigiado laboratório de Neuroengenharia da Universidade de Duke, da Carolina do Norte, Estados Unidos.
"Tenho uma boa e uma má notícia. A boa é que o primeiro passo foi dado, vocês estão aqui, parabéns. A má é que essa era a parte mais fácil", avisou. "O difícil começa agora: vocês entraram em um lugar que foi construído por brasileiros que não estão aqui, vocês representam sonhos de quem nunca poderá estar aqui. Humildemente, representando esses brasileiros, só espero uma coisa de vocês: que tentem alcançar o impossível”, provocou.
Nicolelis lembrou aos presentes que todos estavam diante de um acontecimento que, pensado em termos de probabilidades, jamais poderia acontecer. Gente dos mais variados estados – ele fez questão de perguntar onde nasceram as pessoas que ouviam atentamente a palestra – reunida em uma cidade que foi considerada por muitos impossível de ser construída. “A probabilidade é zero, mas nós estamos aqui. A ciência nos ensina exatamente isso: não existe sonho impossível”, afirmou.
Alcançar objetivos, como ele mesmo lembrou, significa percorrer dificuldades. Nicolelis pediu aos alunos que não desistissem dos próprios sonhos diante das críticas ou das dúvidas de quem estivesse por perto. “As pessoas têm medo daqueles que continuam sonhando com o impossível. Se vocês tiverem medo, não tentem dissuadir o próximo que quer seguir esse caminho. Mesmo o fracasso vale a pena. Rejeitem a mediocridade”, recomendou.
Roberto Fleury/UnB Agência |
REALIDADE – Nicolelis criou um Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra em Natal, no Rio Grande do Norte. Apelidado de campus do cérebro, está trazendo de volta para o país pesquisadores brasileiros que viviam no exterior e ensinando às crianças carentes da periferia da cidade a beleza da ciência.
Na opinião do cientista, essa é a primeira geração que tem a verdadeira chance de transformar o Brasil em exemplo para o mundo. “A ideia, que chamamos de Brasília Científica, foi considerada delirante. Agora, 1 mil crianças estão estudando em uma escola de ciência infanto-juvenil. Em breve, serão cinco mil e queremos chegar a um milhão”, contou.
“O primeiro mundo faliu em todos os sentidos - financeiramente, eticamente e moralmente. O primeiro mundo agora é aqui e será construído por vocês, caso vocês optem por aceitar o desafio”, instigou. A plateia o aplaudiu de pé ao final da aula.
49 motivos para NÃO ASSISTIR a GLOBO
1.Apoiou a ditadura militar.
2.Nunca se pronunciou contra a censura prévia à imprensa.
3.Ignorou a tortura e sempre encampou as versões oficiais em relação aos desaparecidos políticos. Quando algum militante aparecia morto, o jornal dizia que ele tinha sido atropelado.
4.Boicotou a Campanha das Diretas enquanto pôde. É dessa época, a frase “O povo não é bobo. Abaixo a Rede Globo”, repetida em comícios da oposição quando a emissora insistia em dizer que apenas umas poucas pessoas tinham aparecido.
5.Sempre esteve ao lado de todos os governos, civis ou militares, fosse o presidente um latifundiário, um sociólogo, um metalúrgico ou um notório corrupto.
6.Elegeu o Collor.
7.Seu núcleo de Jornalismo distorce as notícias, manipula dados estatísticos, omite, deforma e ficciona a História brasileira e mundial. Por isso, o Jornal Nacional tem o apelido carinhoso de Ilha da Fantasia.
8.O Jornal Nacional veicula as notícias com um vocabulário de no máximo 850 palavras.
9.A emissora está chantageando o governo para que o BNDES lhe entregue a quantia de 1 bilhão de reais no intuito de sanear suas contas fraudulentas.
10.Muito desse rombo financeiro deveu-se à má administração e à falta de planejamento. Acreditando no canto da sereia do Plano Real, a empresa monopolista esperava 10 milhões de assinantes da Net. Conseguiu 1,2 milhão.
11.No começo, chamava-se Globo Cabo. Recebeu o batismo jurídico de Net Serviços, já se preparando para uma possível venda. Mas ninguém comprou esse pepino.
12.A incompetência foi além: a Rede Globo enterrou US$ 200 milhões na compra dos direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo no México e da que será jogada em 2006, amargando um prejuízo de US$ 30 milhões.
13.Um dia depois do Lula ser eleito, em 2002, um comunicado assinado pelo diretor financeiro da empresa, Ronnie Marinho, anunciou que a holding do grupo decidira suspender o pagamento das dívidas de US$ 2,63 bilhões por, pelo menos, 90 dias.
14.Mesmo assim, por conta desse delírio de grandeza, continuou mantendo inúmeros contratados sob regime de quase escravidão.
15.Gasta fortunas incríveis comprando o passe de atores para que fiquem de stand by sob sua jurisdição, proibindo-os de trabalharem no teatro ou em outras emissoras. O exemplo mais gritante é a Lucélia Santos. Quando fez uma novela pra Manchete, ficou na geladeira durante décadas.
16.Isso sem contar que não recebeu um puto de direitos de imagem pela novela Escrava Isaura, a novela mais vista no mundo, pela qual a emissora ganhou uma baba incalculável.
17.A Globo atuou abertamente dentro do Congresso Nacional, pressionando e corrompendo os deputados, com o objetivo de melar a votação sobre as mudanças na Lei de Concessão de Canais de TV e Emissoras de Rádio.
18.Roberto Marinho em pessoa se encarregou de censurar a cobertura da eleição de 1989 no jornal O Globo.
19.Demitiu fotógrafos que entregavam flagrantes onde se via mais pessoas nos comícios de Lula.
20.O núcleo de Jornalismo manipulou vergonhosamente o debate entre Collor e Lula.
21.Das 2 horas da tarde até às 11 da noite, a emissora transmite nada menos que 7 novelas, entre reprises, soap opera, casos especiais e minisséries.
22.O resto é anúncio de celular e de bancos, esses mesmos que cobram juros de 12,5% ao mês para uma inflação projetada de 4,5% ao ano.
23.Nas telenovelas, o pessoal passa o tempo todo correndo atrás da verdadeira mãe, do verdadeiro pai e a grande dúvida é saber se o filho é legítimo. Chamam isso de dramaturgia.
24.98% dos atores são brancos, bonitos & musculosos.
25.Em geral, as atrizes negras que não são empregadas domésticas são lindas & gostosas e vão posar pra Playboy.
26.Os poucos atores negros agem como brancos.
27.80% não são atores, são modelos de publicidade.
28.O núcleo de dramaturgia é composto por 15 roteiristas que ganham de 20 a 30 paus por mês. Quando não estão na ativa, ganham só 10.
29.Geralmente, os atores de telenovelas para adolescentes só são flagrados lendo um livro quando quebram uma perna.
30.A emissora é também conhecida como Vênus Platinada, Chapa Branca, Canal Hegemônico, Cocaína dos Pobres.
31.Detém 80% dos anunciantes de todo o território nacional mas a audiência não é eqüivalente.
32.A Som Livre, empresa agregada, pressiona, chantageia e domina completamente todas as rádios brasileiras, impondo cantores, compositores e músicas que tocam nas novelas.
33.No início dos anos 90, num programa matinal da TV Globo dirigido ao público infantil, crianças entravam numa gincana pela disputa de um game qualquer. A que apresentava o pior desempenho era castigada recebendo um livro de presente.
34.A Xuxa conseguiu banir das locadoras de todo o país o filme Amor, Estranho Amor, onde aparecia pelada. A obra prima de Walter Hugo Khoury não poderá mais ser vista por ninguém nunca mais, coisa que nem a ditadura militar conseguiu fazer na sua época mais obscura e feroz.
35.Alegou que estava zelando pela sua imagem: protegia os baixinhos. Anos mais tarde, deu um exemplo desse desvelo em relação ao seu público mirim: contratou o Luciano Szafir para que a emprenhasse com seu sêmen, reeditando velhos postulados nazistas de limpeza da raça ariana. Depois que Sasha nasceu, ela deu um pé na bunda do sujeito, que foi banido definitivamente da programação global e caiu no ostracismo.
36.Sob o beneplácito da Globo, a Xuxa é a principal responsável pela erotização precoce das crianças brasileiras.
37.Hipocritamente, na outra ponta, o jornalismo da Rede Globo dá a maior cobertura à caça de pedófilos. Dessa maneira, fatura nos dois pólos. Cria a demanda e a persegue.
38.A emissora não deu a menor cobertura de segurança ao jornalista Tim Lopes. Pelo contrário, incitou-o a se expor diante do perigo do narcotráfico com câmaras ocultas e mini gravadores camuflados, tudo para promover o espetáculo do voyerismo na telinha.
39.Demorou dois dias para noticiar seu desaparecimento.
40.Depois que Tim foi encontrado retalhado em pedacinhos e carbonizado, promoveu outro espetáculo de igual magnitude, tornando-o mártir da notícia. Faturando em cima mais uma vez.
41.Quando viajamos ao exterior e ficam sabendo que somos brasileiros, sempre perguntam: “Ah, você é daquele país que é governado por um canal de televisão?”
42.Quando perguntam quem manda no Brasil, a hierarquia é a seguinte: primeiro, Roberto Marinho, segundo, ACM e, por último, o presidente da República. Com a morte do Cidadão Kane tupiniquim, nada mudou: botaram um filho no lugar.
43.Nunca a Globo prestou contas à opinião pública sobre o destino do dinheiro do projeto Criança Esperança. Mas sabe-se que ele vai para muitos bolsos, principalmente o do Renato Aragão. Uma merreca vai para os Programas de Caridade.
44.O demagogo Galvão Bueno é o porta voz oficial da emissora. Com sua voz metálico-ufanista, faz lobby, pressiona dirigentes, escala jogadores e demite técnicos de clubes e da seleção. Criou uma semiologia da Fórmula 1. Mistificou a vida (e principalmente a morte) de Ayrton Senna, tornando-o um fetiche áudio visual da classe média brasileira.
45.Através das telenovelas, a TV Globo uniformizou até a fala do brasileiro, destruindo o folclore, a cultura, os sotaques e dialetos regionais.
46.A trama das Telenovelas fica sob a tutela de um bando de donas de casa, que estica ou abrevia histórias, censura comportamentos, atitudes, opções sexuais, episódios difíceis & núcleos inteiros, determinando a morte de personagens, casamentos e a reviravolta do enredo através de viagens sem volta e shoppings que explodem.
47.Tomou a dianteira na tentativa mais espetacular de estupidificação do povo brasileiro: o Big Brother, um programa diário onde os convidados ficam de sunga durante o dia, vestem um roupão à tarde e, à noite, todos somem debaixo de enormes edredons e cobertores.
48.Como se percebe logo nos minutos iniciais dos reality shows, o grande desafio é fazer com que os integrantes do grupo formem palavras com mais de uma sílaba.
49.O pessoal fica indo e vindo, toca uma musiquinha no fundo, um cachorro se coça, uma menina de biquíni passa bronzeador no corpo, um garotão espanta uma mosca. Da noite para o dia, pessoas que não sabem fazer absolutamente nada viram celebridades.
Fonte: Orkut
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Pesquisa de intenção de votos do Vox Populi / TV Bandeirantes
Com 4 candidatos, Serra despencou para 30%, e Dilma subiu para 21%. A diferença é de apenas 9%.
Com 3 candidatos (sem Ciro), a diferença caiu para apenas 12%. Serra caiu para 36% e Dilma subiu para 24%.
Com Aécio no lugar de Serra, e sem Ciro, Dilma lidera com 25%.
Com Aécio no lugar de Serra, e com Ciro, Dilma ainda lidera com 21% empatada com Ciro (20%).
Os resultados do Vox Populi são bem diferentes do DataFraude, ops, do DataFolha. Também que credibilidade tem o DataFolha, depois que o jornal Folha de São Paulo, dos mesmos donos, publicou uma ficha falsa de Dilma no DEOPS?
terça-feira, 18 de agosto de 2009
O maior constitucionalista brasileiro
O maior constitucionalista brasileiro vivo, o paraibano Paulo Bonavides, foi homenageado hoje, no auditório do Superior Tribunal de Justiça (STJ), durante o seminário jurídico Temas Constitucionais em Debate, evento patrocinado pela OAB-DF.
Motivo de orgulho para todos os operadores de direito do Brasil, o professor honoris causa da Universidade de Lisboa recebeu o prêmio "Ícone do Direito Constitucional", e, com o tema “Qual é a ideologia da Constituição?”, Bonavides deu uma aula de civismo, ao defender incondicionalmente a Carta Magna de 1988. “Os códigos são embalsamados, imóveis. A Constituição representa um sopro das idéias, a injeção de ideologias de transformação”, afirmou.
Esbanjando erudição e paixão digna dos grandes pensadores, Bonavides foi aplaudido diversas vezes por sua explanação ao combater o enfraquecimento dos poderes da República devido à falta de ética. “O Brasil se acha bem perto de uma comoção institucional. Estamos com os pés na beira do abismo. As classes dominantes precisam abrir as comportas do egoísmo. Mas a Constituição é a resposta, pois a corrupção dos altos poderes não tem força para revogar os artigos da Constituição.”
Bonavides elogiou o teor da Carta Magna e a obstinação dos constituintes, que promulgaram uma constituição considerada flexível e pós-positivista: “É uma constituição de compromisso, sem rigidez, ideologicamente pluralista e pronta para suportar conjunturas de catástrofes. Ela é liberdade, não é cárcere. O povo é a pátria e o cidadão é a república”, concluiu, aplaudido de pé pelos participantes.
Com informações do Superior Tribunal de Justiça
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Mega Não Brasília
O Mega Não Brasília será uma manifestação política a favor da liberdade e o contra o vigilantismo.
No dia 26 de agosto, quarta-feira, a partir das 19h, haverá uma intervenção cultural aberta e gratuita com música e vídeo no Complexo Cultural da República (Museu / Biblioteca Nacional / Praça das Bicicletas). O objetivo é ecoar, aqui no centro político nacional, as vozes contrários às ameaças à nossa liberdade de expressão na era digital.
Vamos mostrar que a sociedade civil não tolera a manipulação na aprovação de leis antidemocráticas, frutos de acordos secretos e lobbys da indústria cultural. Nossa cultura vale mais do que dinheiro!
Atualmente tramitam em vários países propostas de lei que agridem de forma concreta direitos como a privacidade e o acesso à informação. No Brasil, o Projeto de Lei nº 84/99, também conhecido como AI-5 Digital, a pretexto de ajudar a polícia no combate aos “cibercrimes”, sujeita a pena de prisão práticas cotidianas, por exemplo destravar aparelhos celulares e compartilhar música sem intuito de lucro.
Informe-se, indiguine-se e intervenha!
Onde: Brasília, Complexo Cultural da República
Quando: 26 de agosto, quarta-feira, 19h
O quê: Protesto político via intervenção cultural: música, vídeo etc.
Quanto: acesso livre
Roberto Marinho queria canal de TV na Paraíba
Com informações no site Conversa Afiada
Isso está no livro “Dossiê Geisel”, organizado por Celso Castro e Maria Celina D’Araujo, da FGV Editora, em 2002.
Eu achava que a briga da Record x Globo já estivesse se exaurindo, mas quanto mais se mexe, mais coisas aparecem sob o nome de Roberto Marinho.
Segundo Paulo Henrique Amorim "o livro apresenta um resumo de documentos do Governo do presidente Ernesto Geisel, cedidos por sua filha, Amália Lucy Geisel".
E mais, relata o jornalista: "Um dos capítulos é sobre a política de telecomunicações do Governo e a ação do Ministro Euclides Quandt de Oliveira, que tentou, inutilmente , resistir à concentração da televisão do Brasil. Ou seja, Quandt enfrentou Roberto Marinho."
Na página 153, como se vê na imagem reproduzida, Quandt resiste a dar um canal em João Pessoa à Globo para conter o monopólio, chegando a recomendar que a concessão fosse "dada" ao grupo local Televisão Arapuan S.A.Nas imagens abaixo, a continuação do livro:
Justiça Federal entra na era virtual em 2 de janeiro de 2010
INSTITUCIONAL
As ações de virtualização da Justiça Federal, previamente discutidas com o presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, atende às diretrizes traçadas pelo CNJ, pois visa prestigiar os princípios da transparência, da celeridade processual e da maior economia.
O projeto de virtualização já está sendo desenvolvido no âmbito do Conselho da Justiça Federal, que o coordena. Já recebeu a adesão e o empenho necessários de todos os Tribunais Regionais Federais, pois respeitará às peculiaridades de cada região, mas mantendo a mesma unidade sistêmica e aproveitando as melhores experiências e práticas de cada unidade.
Coordenadoria de Editoria e Imprensa
Fonte: STJ
Senador Ronaldo Cunha Lima e seus 468 "atos secretos"
O jornalista, professor e conselheiro Heraldo Pereira, em colusão com o âncora do Jornal da Globo, William Waack, apresentou, ao vivo, na noite desta quarta-feira, uma retumbante reporcagem sobre a "descoberta" de mais 468 "atos secretos" no Senado. Tratados como "novos" em certa altura do texto, ficamos sabendo mais adiante tratar-se de algo ocorrido por volta de 10 anos atrás, quando o Senado era presidido pelo finado Antônio Carlos Magalhães, correligionário de Heráclito Fortes, entrevistado pelo Dr. Pereira na matéria - e a quem devemos essa "devassa" nas gavetas de "maldosos" e "perversos".
De tal lista, contendo nomeações nos gabinetes, na gráfica e no serviço de processamento de dados do Senado, a figura mais graúda - e destacada pelo repórter - é a do ex-senador paraibano Ronaldo Cunha Lima, que naquela época era o Primeiro Secretário e o responsável pela administração da Casa. Ronaldo nomeara, na moita, seu pimpolho homônimo, para fazer sabe-se lá o quê.
Nos quatro minutos do vídeo da Globo, você não saberá que Ronaldo Cunha Lima é aquele mesmo que, na noite do dia 5 de dezembro de 1993, adentrou em um restaurante de João Pessoa, sacou seu trabuco e desferiu dois balaços em Tarcísio Burity, ex-governador de Estado e seu desafeto político. E, data venia, você não ouvirá o jornalista-causídico dizer que Cunha-pai e Cunha-filho pertencem ao PSDB.
Paulo Henrique,
Antônio Carlos Magalhães em seu período como ministro das Comunicações.
Em 1986, levou Mário Garnero, principal acionista da NEC do Brasil (poderosa empresa de telecomunicações e subsidiária da Nippon Electric Company), a entrar em insolvência através da suspensão de pagamentos de grande porte do governo. Logo depois, em outubro de 1986, Garnero transfere o controle acionário da NEC a Roberto Marinho.
ACM nega interferência no caso, diz que a Telebrás, com quem a NEC mantinha negócios, suspendeu pagamentos quando a NEC deixou de cumprir contratos de entrega de peças, até que a NEC ameaçou uma onda de demissões; o Ministério das Comunicações, então, para “impedir que isso acontecesse”, dava “o dinheiro para o pagamento dos salários dos trabalhadores, com o compromisso de que não houvesse dispensa”. Quando questionado a respeito de Roberto Marinho haver entrado para o quadro acionário da empresa, ACM é categórico: “não sei, isso não me dizia respeito”.
Na época, entretanto, ele dizia que “mudo de nome, mas não dou um tostão de dinheiro público a este malfeitor [Garnero]“. ACM diria ainda, após discussão judicial do caso, que “não discuto a decisão judicial, mas não serei o primeiro a alforriar uma pessoa nacionalmente conhecida como inidônea”. A NEC, na época, era responsável por 80% dos equipamentos da rede de microondas da Embratel, e o pagamento para “evitar demissões” só foi feito para que o caso não espirrasse em outras áreas do governo.
Feita em outubro de 1986 a transferência dos 51% de capital votante da NEC de Garnero para Roberto Marinho pelo valor de US$ 1 milhão, tanto a Telebrás quanto suas 30 subsidiárias retornaram à normalidade de pagamento das encomendas. A transferência de ações era avaliada pelos sócios japoneses da NEC em cerca de US$ 360 milhões. Em janeiro de 1987 a retransmissão do sinal da Rede Globo na Bahia era transferida da TV Aratu para a TV Bahia, de propriedade de familiares de ACM, que nega a vinculação entre este fato e o caso NEC; segundo ele, “terminou o contrato com a TV Aratu, que até então retransmitia a Globo. Era mais do que óbvio que, no dia em que eu tivesse uma emissora de televisão na Bahia – inauguramos em março de 1985 -, o Roberto Marinho, quando acabasse o contrato da Globo com qualquer outra emissora, transferiria o direito de retransmissão para mim. Ele é meu amigo desde 1959.” Outras fontes apontam, entretanto, que o contrato com a TV Aratu foi rompido pela Rede Globo de forma unilateral. O episódio o deixou rompido por longo período com a família de Luiz Viana, antigo aliado político sob cuja influência começou sua carreira como prefeito (Luiz Viana era governador à época, e o tratava como protegido).
Quando questionado sobre um certo padrão nas concessões de radiodifusão – políticos do interior do país – ACM negaceia, escapole, e sempre afirma ter agido dentro da mais estreita legalidade, e que, em todos os casos, “só havia um interessado pleiteando a concessão”, porque “economicamente não era um bom negócio”. Perguntado sobre a falta de critérios para as concessões, salvo o político, ACM não hesita: “E a qual critério você quer que se obedeça? Há algumas condições preliminares: ter capital para a instalação da emissora e qualificação do ponto de vista técnico. Se os candidatos preenchem essas condições, qual é o critério que você vai usar para selecionar o candidato vencedor?” O repórter pergunta: “Escolhe os aliados?” ACM responde: “sim, mas então quero saber qual o critério que o governo vai ter?”, e complementa: “será político sempre. Qual seria, então?” Quando questionado diretamente por que só um modo de pensar tem direito a ter rádio, e não o outro, respondeu na lata: “se o Lula fosse presidente da República, provavelmente ele não daria para os adversários dele no ABC, isso é coisa do poder. Ele daria? Você acha que ele daria?”
Além disso, foi um ministro das Comunicações que não via “nada de mais” no fato de uma pessoa ter rádio, televisão e jornal de uma só vez, e defendia a Rede Globo com unhas e dentes: “é bom para o Brasil saber que tem a terceira televisão do mundo, em qualidade. Que, se não fosse Roberto Marinho, o Brasil talvez não tivesse, porque as outras não são tão boas. Se você não tem orgulho de nada nesse país, tenha orgulho de ter a terceira televisão do mundo em qualidade, porque outros não têm, não fazem. E não fizeram por quê? Porque não têm competência. Ele, com o seu grupo, teve.”
Paulo Henrique , o feitiço virou contra o feiticeiro porque a Globo hoje,está sem
credibilidade de audiência e confiabilidade.
Por Marilda Conceição de Oliveira, comentário sobre a notícia "Serra se reune com PFL da Bahia na sede da Globo", matéria do Site Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim