Quando eu soube do fato da Ministra Dilma estava se submetendo a tratamento contra um pequeno linfoma, resolvi não falar ou blogar sobre o assunto porque achava que já estava bem informado sobre a questão, uma vez que meu pai venceu essa mesma batalha há mais de quinze anos.
E já estava a me aborrecer sempre que lia ou ouvia o noticiário sobre o tema, principalmente, quando se faziam cenários políticos futuros com essa condicional.
De modo contrário e surpreendente, ao ler "Dona Dilma", de Carlos Heitor Cony, no Correio da Paraíba de hoje (quinta-feira, 30 de abril de 2009), encontrei um posicionamento louvável, como o próprio autor exclama, mais humano, afirmo.
Então, resolvi dividi-lo com a meia dúzia de eleitores, ops, leitores desse espaço, a começar por dizer que não seria "a praia" do autor fazer "prognósticos que envolvam a próxima sucessão presidencial".
O velho Cony faz um depoimento pessoal sobre a moléstia que o acometeu de igual forma a da Ministra.
Ele afirma que os avanços da medicina são "fabulosos"... a quimio não maltrata tanto. Relata que "apesar de mais idoso do que a ministra, continuei trabalhando normalmente, dando conta de oito crônicas semanais, participações diárias na CBN e na Bandnews, encargos da ABL e eventos para os quais era convidado".
Conta que encontrou "dezenas de pessoas nas clínicas de oncologia (...) levando a vida normalmente e, aos poucos, obtendo a cura radical da doença". E arremata: "No meu entender, dona Dilma não deve pendurar as chuteiras, deve ir em frente, com tudo a que tem direito, inclusive o de continuar candidata" e . Final.
Cara Dilma, faça como Ronaldinho, uma verdadeira fênix, no feminino mesmo - ave que renascia das próprias cinzas, e cuja força era capaz de transportar em vôo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais carregava elefantes, segundo a Wikipédia; ou como o nosso querido Vice-Presidente e "grande brasileiro" José Alencar, quando o assunto de uma conversa era sobre a sua força em enfrentar a doença, ao dizer que se Lula era o cara, ele era o Vice-Cara, arrancando risadas de todos... pois digo que essa também é apenas mais uma batalha que a Ministra enfrentará, das tantas que já enfrentou, até se tornar nossa presidente e ser "a" cara, a mais querida.
Márcio Lacerda de Araújo
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