quinta-feira, 30 de abril de 2009

Dona Dilma, a cara


Quando eu soube do fato da Ministra Dilma estava se submetendo a tratamento contra um pequeno linfoma, resolvi não falar ou blogar sobre o assunto porque achava que já estava bem informado sobre a questão, uma vez que meu pai venceu essa mesma batalha há mais de quinze anos.

E já estava a me aborrecer sempre que lia ou ouvia o noticiário sobre o tema, principalmente, quando se faziam cenários políticos futuros com essa condicional.

De modo contrário e surpreendente, ao ler "Dona Dilma", de Carlos Heitor Cony, no Correio da Paraíba de hoje (quinta-feira, 30 de abril de 2009), encontrei um posicionamento louvável, como o próprio autor exclama, mais humano, afirmo.

Então, resolvi dividi-lo com a meia dúzia de eleitores, ops, leitores desse espaço, a começar por dizer que não seria "a praia" do autor fazer "prognósticos que envolvam a próxima sucessão presidencial".

O velho Cony faz um depoimento pessoal sobre a moléstia que o acometeu de igual forma a da Ministra.

Ele afirma que os avanços da medicina são "fabulosos"... a quimio não maltrata tanto. Relata que "apesar de mais idoso do que a ministra, continuei trabalhando normalmente, dando conta de oito crônicas semanais, participações diárias na CBN e na Bandnews, encargos da ABL e eventos para os quais era convidado".

Conta que encontrou "dezenas de pessoas nas clínicas de oncologia (...) levando a vida normalmente e, aos poucos, obtendo a cura radical da doença". E arremata: "No meu entender, dona Dilma não deve pendurar as chuteiras, deve ir em frente, com tudo a que tem direito, inclusive o de continuar candidata" e . Final.

Cara Dilma, faça como Ronaldinho, uma verdadeira fênix, no feminino mesmo - ave que renascia das próprias cinzas, e cuja força era capaz de transportar em vôo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais carregava elefantes, segundo a Wikipédia; ou como o nosso querido Vice-Presidente e "grande brasileiro" José Alencar, quando o assunto de uma conversa era sobre a sua força em enfrentar a doença, ao dizer que se Lula era o cara, ele era o Vice-Cara, arrancando risadas de todos... pois digo que essa também é apenas mais uma batalha que a Ministra enfrentará, das tantas que já enfrentou, até se tornar nossa presidente e ser "a" cara, a mais querida.

Márcio Lacerda de Araújo

Dias das Mães e Bolsa Família

Ontem, 29 de abril, minha santa mãe, conservadora e inicialmente contrária às políticas do Lula, inclusive o Bolsa Família que eu estimo e defendo tanto, teve um dia especial num hipermercado de João Pessoa, Paraíba.

Uma humilde senhora acompanhada de sua filha desnutrida (ou anoréxia, se fosse da elite), pediu-lhe o favor de manusear o terminal bancário para conseguir sacar o benefício. Minha caridosa mãe auxiliou-a nesse intento, ao tempo em que também a orientava a não pedir mais ajuda a estranhos e a não ceder a senha a mais ninguém.

A cena que ocorreu foi para minha mãe comovente: mãe e filha com semblantes de felicidade ao ver a pequerrucha quantia de 120 reais, que elas iriam gastar ali mesmo, no supermercado, para satisfação de suas necessidades básicas.

Lembrei a minha mãe, que 120 reais é o teto máximo do benefício, ao tempo em que minha "mainha" ressaltou que aquela quantia para quem não tem nada é MUITO.

Nesses dias que antecedem o Dia das Mães, quem ganhou o presente foi o filho, ao ver que finalmente sua genitora ficou frente a frente com a realidade do Bolsa Família, sem as maquiações da perversa elite e mídia nordestinas.

Assim, está ela totalmente convertida ao Lulismo eheheh só faltando o meu irmãozinho caçula reaça a votar 13.

Márcio Lacerda de Araújo

"...nunca antes na história desse país..." a menor selic de todos os tempos

"Como nunca antes na história desse país..." a taxa de juros básica da economia é a menor desde a implantação do Plano Real, 10,25%, próxima da taxa nominal de 1 digito, como sói ocorrer nos países mais desenvolvidos.

É mais um fato a justificar os acertos das políticas públicas implementadas por Lula... não dá para esconder que o país está muito melhor, com desenvolvimento e inclusão social.

Eu gostaria de escrever mais um pouco sobre esse tema, mas o Luiz Antonio Magalhães, do ótimo Blog Entrelinhas (http://blogentrelinhas.blogspot.com/) resumiu magistralmente o meu pensar. Portanto, faço o justo copiar/colar daquelas linhas:

"A taxa básica de juros caiu mais um ponto percentual e passou agora para 10,25%. É a menor da história da Selic e os juros reais são os menores desde o plano Real. Evidentemente, tudo isto se deve à excelente gestão da economia durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Lula no máximo acertou ao manter os (a)fundamentos do seu antecessor. É o que o distinto público vai ler nos jornais de amanhã. Na grande imprensa, é sempre assim: Lula erra sozinho e, quando acerta, está sempre ao lado de FHC..."

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Ronaldo Cunha Lima vai a júri popular na Capital


O ex-governador da Paraíba, Ronaldo Cunha Lima (PSDB), foi pronunciado pelo juiz do 1º Tribunal do Júri da Capital e deve ir a julgamento popular por tentativa de homicídio. Resta apenas um recurso, mas para o promotor no caso, Francisco Antônio Sarmento, as chances desta prerrogativa da defesa ser aprovada são mínimas.

Ronaldo é acusado de disparar três tiros contra o também ex-governador Tarcísio de Miranda Burity. O crime ficou conhecido como “Caso Gulliver” e aconteceu em 1993, quando Cunha Lima era governador do Estado.

Em linhas gerais, na linguagem jurídica a sentença de pronúncia significa que o juiz acha que o processo está correto e que é justo que o réu responda às acusações em júri popular. Segundo o promotor, a decisão do juiz ocorreu entre o final do mês de março e o início deste mês.

Ele disse que ainda cabe um recurso, antes de Ronaldo Cunha Lima ser julgado em júri popular pelas acusações. Nesse caso, a defesa do ex-governador deve continuar insistindo na tese que o crime está prescrito, não havendo assim, necessidade de julgamento. “O recurso provavelmente será derrubado”, comentou o promotor.

Mas, ainda deve demorar alguns meses para que a decisão sobre o julgamento de Ronaldo seja definida. Francisco Antônio Sarmento acredita que isso deve acontecer apenas daqui a uns seis meses.

Leia a matéria completa na edição desta quarta-feira (29) no Jornal CORREIO da Paraíba.


Da repórter Marly Lúcio, do Jornal CORREIO da Paraíba

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Brasil entre os maiores da economia mundial

"O Brasil está se tornando um dos maiores nomes da economia mundial. E a importância do país na cena internacional, o papel desempenhado pelo presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva), são o que fazem do Brasil mais importante do que o tamanho das cotas (de empréstimo do Brasil para o Fundo)"

Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O BRASIL REARMA A DEFESA

A revista Isto É Dinheiro desta semana publicou a seguinte reportagem:

“COM NOVAS ENCOMENDAS DAS FORÇAS ARMADAS E DO EXTERIOR, INDÚSTRIA NACIONAL DE MATERIAL BÉLICO DÁ SINAIS DE RETOMADA

“Uma série de lançamentos movimentou a indústria brasileira de defesa nos últimos dias, indicando que a ambiciosa Estratégia Nacional de defesa, lançada pelos ministros Nelson Jobim e Mangabeira Unger no final do ano passado, começa a tirar o setor do atoleiro em que se encontrava. Prova disso é o recente e portentoso contrato de US$ 1,3 bilhão que a Embraer fechou com a Força Aérea para o desenvolvimento de uma nova aeronave de transporte militar, o KC-390, além de um pacote de modernização de 12 caças da Marinha, no valor de US$ 140 milhões. O novo cargueiro a ser produzido pela empresa de São José dos Campos é uma antiga reivindicação dos militares, que já viam os antigos Hércules defasados. Bom para a Força Aérea, melhor para o setor. O contrato abrirá a possibilidade de a Embraer competir em um mercado estimado em US$ 18 bilhões e 700 aeronaves, num prazo de dez anos. E outros pacotes devem vir por aí. “É uma fase de mudanças que mostram que a Estratégia Nacional de defesa não veio para ficar no papel”, disse Jobim, no encerramento da Feira Latino- Americana da Indústria Aeroespacial e de defesa (Laad), realizada no Rio de Janeiro, há duas semanas.

Também em São José dos Campos, outra empresa aproveita a boa fase. A Avibras, única fabricante nacional de sistemas de artilharia e que já foi dada como falida, conseguiu ressurgir no setor com contratos internacionais, como um de R$ 500 milhões com a Malásia. Ainda às voltas com o processo judicial que poderá passar ao governo 30% do controle da empresa, a Avibras está investindo também em contratos nacionais. Há poucos dias, a empresa recebeu R$ 18 milhões para desenvolver um veículo aéreo não tripulado. Outros R$ 80 milhões deverão ser aplicados para tirar o projeto da prancheta e desbravar um mercado avaliado em US$ 8 bilhões por ano. No setor de blindados a previsão também é auspiciosa. O desenvolvimento do novo Urutu – que nos anos 1970, produzido pela extinta Engesa, transformou-se num sucesso internacional de vendas -- pela Iveco, apresentado também na Laad, começa a atrair outros players para o setor. Apesar de não comentar oficialmente os valores da negociação, a Iveco, do Grupo Fiat, deve receber cerca de US$ 1,8 milhão por cada uma das 17 unidades que serão compradas pelo Exército. O primeiro protótipo já está sendo construído na fábrica de Sete Lagoas, em Minas Gerais, e deve ficar pronto em 2010, a tempo de participar da parada de 7 de setembro. Até 2011, os outros blindados serão entregues. Em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, a Agrale tem colocado a sua linha de jipes militares Marruá em grandes contratos. Cerca de 250 unidades foram vendidas à Marinha no ano passado e há negociações com a Argentina e o Equador. “Também estamos em estágio avançado com o Peru e a Colômbia”, afirma Flavio Crossa, diretor de vendas e marketing da Agrale.”

O bêbado

O bêbado

Fui a uma festa de despedida de solteiro em uma chácara aqui perto de Campinas, do meu amigo Amadeu. A galera toda lá. Muita cerveja, uísque, vinho. A noite prometia. Muitas gatinhas. Galera animada.

Saí de lá nem sei que horas. Travado! Indo pela rodovia, avistei algo que se tornou o terror dos festeiros... Uma blitz!!! Comecei a rezar para tudo quanto era santo. Mas... fui sorteado.

Quando parei, quase atropelei o guarda.. Tava ruim. O
guarda pediu para eu descer do carro. Quase não consegui. Aí o pesadelo aumentou. Ouvi o que qualquer bêbado teme:

- Vamos fazer o teste do bafômetro!

Tô frito! Pensei. Quando, ao que parece, os santos resolveram me atender. Um caminhão bate na outra pista e espalha toda a sua
carga... Os guardas imediatamente me dizem:

- Vá embora, vamos socorrer aquele acidente!!!
Eu, mais que depressa (ou pelo menos tentando), entrei no carro e fui embora. Feliz da vida. Hoje é meu dia de sorte, pensei.
Cheguei em casa, guardei o carro e, após agradecer aos santos pelo meu dia de sorte, fui dormir. Tava feliz.

No outro dia, minha mãe me acorda as 7 da manhã me perguntando:

- Filho, de quem é aquela viatura da polícia estacionada dentro da nossa garagem?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Eleição de Dilma seria simbólica para democracia brasileira, diz 'Le Monde'


Le Monde

Jean-Pierre Langellier



Sobrenome: Rousseff; nome: Dilma; idade: 61 anos. Você não a conhece? Mas ouvirá falar dela, cada vez mais, até o fim de 2010, quando acontecerá a eleição presidencial no Brasil.

Há quatro anos ela detém o segundo cargo político mais importante do país: chefe da Casa Civil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma espécie de primeiro-ministro não oficial. É uma função exaustiva ("Um Paris-Dacar a cada dia", ela diz), mas discreta, longe dos holofotes que se focam em Lula.

Uma discrição relativa, que já deveria ser tratada quase no passado. Pois Dilma, como muitos de seus compatriotas a chamam - evitemos "Dilminha", uma familiaridade que ela não aprecia muito - está se tornando a estrela política do Brasil.

E isso, por uma razão muito importante. O presidente Lula, a quem a Constituição proíbe de disputar um terceiro mandato de quatro anos, a escolheu como sua princesa herdeira. A menos que aconteça algo inesperado, ela será a candidata em 2010 pelo Partido dos Trabalhadores (PT), fundado por Lula em 1980, e no poder graças a ele desde 2002. Imaginemos que Dilma seja eleita: uma mulher, pela primeira vez presidente, oito anos após a eleição de um operário. Seria matar dois coelhos com uma cajadada só, e bom para a imagem da democracia brasileira.

Lula não possui herdeiro natural em um partido que ele domina com sua forte personalidade. A escolha de Dilma se impôs a ele aos poucos. É uma aposta segura. A futura candidata está na política desde sempre, e como! Ela é filha de um advogado comunista de origem búlgara. Esse intelectual bon vivant lhe transmitiu o gosto pela leitura e pelos cigarros. Ela tinha 15 anos quando ele morreu.

O golpe de Estado pelos militares em 1964 levou essa estudante idealista e determinada para o militantismo radical. Ela se juntou a uma organização que pregava a luta armada, casou com outro militante, de quem logo se divorciou, passou a estudar economia e mergulhou na clandestinidade após o endurecimento da ditadura no fim de 1968. Ela admirava Jean-Paul Sartre, os guerrilheiros vietnamitas e Fidel Castro. O encontro com um "velho" comunista de 31 anos, Carlos Araújo, que se tornaria seu segundo marido, a envolveu um pouco mais no combate.

Ela adotou nomes falsos, dos quais sua ficha de polícia ainda tem registro: Luiza, Estella, Marina. Aprendeu a manejar um fuzil, a fabricar explosivos ao mesmo tempo em que pregava a prioridade do trabalho político, da "luta de massa" sobre a ação militar. Ela não participou diretamente de nenhuma operação armada, mas esteve estreitamente associada à mais famosa delas: o roubo, no Rio de Janeiro em 1969, de US$ 2,5 milhões do cofre da amante de um ex-governador. Quando a polícia a deteve, em janeiro de 1970 em São Paulo, ela tinha uma arma em seu poder.

"Você não pode imaginar a quantidade de segredos que pode sair de um ser humano que é maltratado", ela confessou recentemente. Será que ela se referia a ela mesma? As testemunhas de então se lembram que, depois de sua detenção, ela enfrentou com coragem 22 dias de torturas. Ela só saiu da prisão quase quatro anos mais tarde: "Tive tempo suficiente para aprender a tricotar e fazer crochê".

Sua juventude agitada não causou nenhum arrependimento na ex-guerrilheira: "Nós éramos ingênuos e generosos. Queríamos salvar o mundo". Ela certamente mudou sua visão e seus métodos: "Aprendi a importância da democracia. Mas tenho orgulho de não ter mudado de lado".

Ela teve uma filha, Paula, se divorciou novamente em 2000, e no meio tempo teve uma brilhante carreira político-administrativa, especialmente como secretária de Minas e Energia em Porto Alegre, a maior cidade do Sul do país. Lula, a cujo partido ela filiou-se tardiamente, lhe ofereceu o mesmo posto em nível federal antes de lhe confiar em 2005 a "Casa Civil", onde ela rapidamente adquiriu a reputação de uma "dama de ferro".

Seus trunfos? A inteligência, a força de trabalho, as qualidades como administradora
. Seu defeito? Ela nunca passou pela prova das urnas. Sob aconselhamento e auxílio de Lula, seu principal defensor, Dilma Rousseff tenta se tornar conhecida. Ela põe "o pé no barro", como se diz aqui. Há vários meses ela está em formação pré-eleitoral acelerada. Ela acompanha com frequência o presidente em suas atividades oficiais, divide os palanques com ele, cede entrevistas à imprensa. Várias vozes do PT se puseram à sua disposição para tecer uma teia nacional.

Apesar da imensa popularidade de seu principal defensor, sua vitória em 2010 não é garantida. Ela terá como provável adversário um homem de peso, José Serra, governador de São Paulo e ex-rival de Lula nas urnas, derrotado em 2002.

Como é de se esperar no Brasil, paraíso da cirurgia estética, Dilma já mudou de visual. Alguns golpes estratégicos de bisturi rejuvenesceram e suavizaram seus traços. Ela perdeu 10 kg, adotou um penteado mais moderno e mais ruivo, substituiu seus óculos de míope por lentes de contato. Ela cuida de sua maquiagem, sorri com mais frequência e usa palavras mais simples em público.

O "produto" Dilma logo estará pronto para venda. Lula lhe deixou de herança seu velho slogan de campanha, que já se ouve nos comícios do PT: "Brasil! Urgente! Dilma presidente!"

Tradução: Lana Lim

Fonte: http://wwwterrordonordeste.blogspot.com/

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Min. Joaquim Barbosa e . Final


O Ministro Joaquim Barbosa surpreendeu ontem a nação ao discutir na sessão plenário do STF com o seu par, Gilmar Mendes.

Mais uma vez, o Ministro Joaquim Barbosa faz jus à função que ocupa, pois é o único magistrado daquela Corte que demonstra estar imbuído de valores hoje em dia cada vez mais raros aos agentes políticos, tais como decoro, ética e caráter. Em miúdo: tem autoridade para falar o que pensa.

O Presidente Supremo vinha pedindo para que isso ocorresse pois estava a atuar de forma política-partidária, em afronta a LOMAN, de modo que suas posições reacionárias já estavam a encontrar resistência nos setores mais esclarecidos e progressistas da sociedade, nas associações de classe de juízes, entre membros do Ministério Público e policiais federais (Súmula das algemas), como também na parcela dos jornalistas que não estão a soldo do Daniel Dantas nem da imprensa marrom, enfim, entre todos os cidadãos brasileiros que não toleram mais comportamentos com viés ditatorial, não republicanos e contrários à democracia e ao Estado de Direito.

A sociedade brasileira está a dizer: Ministro Joaquim Barbosa, estamos com você.

Márcio Lacerda de Araújo.


Abaixo segue a transcrição da discussão a partir do momento que interessa:

Gilmar Mendes - O tribunal pode aceitar ou rejeitar, mas não com o argumento de classe. Isso faz parte de impopulismo juficial.

Joaquim Barbosa - Mas a sua tese deveria ter sido exposta em pratos limpos. Nós deveríamos estar discutindo....

GM - Ela foi exposta em pratos limpos. Eu não sonego informação. Vossa Excelência me respeite. Foi apontada em pratos limpos.

JB - Não se discutiu claramente.

GM - Se discutiu claramente e eu trouxe razão. Talvez Vossa Excelência esteja faltando às sessões. [...] Tanto é que Vossa Excelência não tinha votado. Vossa Excelência faltou a sessão.

JB - Eu estava de licença, ministro.

GM - Vossa Excelência falta a sessão e depois vem...

JB - Eu estava de licença. Vossa Excelência não leu aí. Eu estava de licença do tribunal.

Mello interfere na discussão.

GM – Eu só gostaria de lembrar em relação a esses embargos de declaração que esse julgamento iniciou-se em 17/03/2008 e os pressupostos todos foram explicitados, inclusive a fundamentação teórica. Não houve, portanto, sonegação de informação.

JB – Eu não falei em sonegação de informação, ministro Gilmar. O que eu disse: nós discutimos naquele caso anterior sem nos inteirarmos totalmente das conseqüências da decisão, quem seriam os beneficiários. E é um absurdo, eu acho um absurdo.

GM – Quem votou sabia exatamente que se trata de pessoas...

JB – Só que a lei, ela tinha duas categorias.

GM – Se vossa excelência julga por classe, esse é um argumento...

JB – Eu sou atento às conseqüências da minha decisão, das minhas decisões. Só isso.

GM – Vossa excelência não tem condições de dar lição a ninguém.

JB – E nem vossa excelência. Vossa excelência me respeite, vossa excelência não tem condição alguma. Vossa excelência está destruindo a justiça desse país e vem agora dar lição de moral em mim? Saia a rua, ministro Gilmar. Saia a rua, faz o que eu faço.

GM – Eu estou na rua, ministro Joaquim.

JB – Vossa excelência não está na rua não, vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso.

Ayres Britto – Ministro Joaquim, vamos ponderar.

JB – Vossa excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite.

GM – Ministro Joaquim, vossa excelência me respeite.

Marco Aurélio – Presidente, vamos encerrar a sessão?

JB – Digo a mesma coisa.

Marco Aurélio – Eu creio que a discussão está descambando para um campo que não se coaduna com a liturgia do Supremo.

JB – Também acho. Falei. Fiz uma intervenção normal, regular. Reação brutal, como sempre, veio de vossa excelência.

GM – Não. Vossa excelência disse que eu faltei aos fatos e não é verdade.

JB – Não disse, não disse isso.

GM – Vossa excelência sabe bem que não se faz aqui nenhum relatório distorcido.

JB – Não disse. O áudio está aí. Eu simplesmente chamei a atenção da Corte para as consequências da decisão e vossa excelência veio com a sua tradicional gentileza e lhaneza.

Gilmar Mendes – É Vossa Excelência que dá lição de lhaneza ao Tribunal. Está encerrada a sessão.

Lula está construindo um gigante regional único, diz 'Newsweek'


O Brasil vem se transformando na última década em uma potência regional única, ao se tornar uma sólida democracia de livre mercado, uma rara ilha de estabilidade em uma região conturbada e governada pelo Estado de direito ao invés dos caprichos dos autocratas. A afirmação é feita em artigo publicado na última edição internacional da revista americana Newsweek.

"Contando com a cobertura da proteção de segurança americana, e um hemisfério sem nenhum inimigo crível, o Brasil tem ficado livre para utilizar sua vasta vantagem econômica de seu tamanho dentro da América do Sul para auxiliar, influenciar ou cooptar vizinhos, ao mesmo tempo conseguindo conter seu rival regional problemático, a Venezuela", afirma o artigo.

Segundo a revista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "preside uma superpotência astuta como nenhum outro gigante emergente".

O artigo foi publicado menos de um mês após Lula ter aparecido na capa da Newsweek, com uma entrevista exclusiva à revista após seu encontro com o presidente americano, Barack Obama, na Casa Branca.

Poderio militar

A Newsweek observa em seu último artigo que enquanto outros países emergentes e mesmo os Estados Unidos contam com seu poderio militar como forma de afirmação, o Brasil "expressou suas ambições internacionais sem agitar um sabre".

A revista observa que quando há algum conflito na região, o Brasil envia "diplomatas e advogados para as zonas quentes ao invés de flotilhas ou tanques".

O artigo também comenta que o Brasil tem se tornado uma voz mais assertiva para os países emergentes nos temas internacionais, contestando por exemplo os subsídios agrícolas dos países ricos.

"Nenhum governo foi tão determinado como o de Lula em estender o alcance internacional do Brasil. Apesar de ter começado sua carreira política na esquerda, Lula surpreendeu os investidores nacionais e estrangeiros ao preservar as políticas amigáveis ao mercado de Fernando Henrique Cardoso internamente, para a frustração dos militantes de seu Partido dos Trabalhadores. Para a esquerda, ele ofereceu uma política externa vitaminada", diz a Newsweek.

Influência americana

A revista diz que os esforços brasileiros advêm da estratégia "não-declarada" de se contrapor à influência dos Estados Unidos e de dissipar as expectativas de que exerça um papel de representante de Washington", mas que nem por isso o país embarcou na "revolução bolivariana".

"Pelo contrário, Lula tem controlado a região ao cooptar os vizinhos com comércio, transformando todo o continente em um mercado cativo para os bens brasileiros", diz o artigo. "No fim das contas, o poder do Brasil vem não de armas, mas de seu imenso estoque de recursos, incluindo petróleo e gás, metais, soja e carne."A

A revista afirma que isso também tem servido para conter a Venezuela e que a provável aprovação próxima da entrada do país de Hugo Chávez ao Mercosul não é "um endosso aos desejos imperiais de Chávez, mas uma forma de contê-lo por meio das obrigações do bloco comercial, como o respeito à democracia e a proteção à propriedade".

"Isso pode ser política de risco. Mas as apostas estão nos brasileiros. Sem um manual para se tornar uma potência global, o Brasil de Lula parece estar escrevendo o seu próprio manual", conclui a Newsweek.

Fonte: BBC Brasil

O Estado capitalista

O capitalismo totalmente flexível: o adeus ao liberalismo e ao keynesianismo clássico e a metamorfose da economia de mercado

José Henrique de Faria*

Os liberais clássicos defendem a concepção do Estado Mínimo, da não intervenção do Estado na economia e da livre concorrência. O mercado é a entidade divina em que todos os problemas, todos os desequilíbrios e todas as crises se resolverão graças ao processo naturalizado de seleção competitiva. Os liberais contemporâneos ou os novos liberais, no entanto, ainda que continuem endeusando o mercado, são como aqueles filhos que decretam sua independência e vão morar fora da casa dos pais, sem, contudo, deixar de receber uma polpuda mesada. Na primeira crise financeira, estes filhos liberais ligam imediatamente para a casa dos pais pedindo dinheiro para pagar as despesas. Se, com o tempo, esta estratégia não der resultado, os filhos liberais voltam a habitar o estado da casa dos pais até que as coisas melhorem e eles possam, novamente, reclamar o ambiente privado de sua independência.
...
Na vida em sociedade, os novos liberais reclamam do Estado, mas não vivem sem ele. Na crise de acumulação, esperam a mão visível do Estado a lhes prestar socorro, prover infra-estrutura, investir em áreas estratégicas (comunicações, transporte, energia, etc.). Assim que a situação melhora, desejam privatizar todas as atividades em que possam acumular, criticam o Estado e ainda consideram que este é o maior culpado pelos seus problemas. Reclamam da política de juros dos bancos centrais e censuram o endividamento público e os comprometimentos fiscais, sem confessar que estas medidas foram ou são tomadas para proteger o mercado e o sistema de capital. São filhos ingratos, porém sempre perdoados pelo pai Estado Capitalista, já que a razão da existência deste é proteger o sistema produtivo que o forjou.

Estes novos liberais, usando os discursos dos liberais clássicos, têm se mostrado ligeiros em questionar o apetite tributário do Estado, perguntando “quem paga a conta?”. Pergunta justa se não fosse contraditória. Os defensores do livre mercado, da livre concorrência, da seleção competitiva dos bons negócios e das empresas de sucesso, são os primeiros a se calar quando o Estado eleva seu endividamento para injetar bilhões ou trilhões de dólares na economia para salvar empresas privadas. Por quê? Porque não se trata de salvar apenas uma indústria, um banco ou uma financeira. Trata-se de salvar o sistema de capital e sua ideologia. Por isso, este Estado não é um ente qualquer, mas um Estado Capitalista. A contradição que se evidencia nos discursos é que os liberais reclamam de algo que lhes beneficia apenas quando este algo os incomoda, porque tal política do Estado, para manter coesa a unidade da formação social, precisa igualmente oferecer algumas sobras aos setores sociais. Estas sobras parecem incomodar porque aumentam o gasto e/ou a dívida pública. É certo que muitos programas não são sociais, mas populistas e assistencialistas, contudo, parafraseando Lukács (2008), mesmo o pior destes é melhor do que o melhor programa de transferência de recursos públicos para as grandes corporações privadas para resolver os problemas decorrentes de suas contradições e das suas gestões irresponsáveis. As reclamações são ainda mais enfáticas quando o Estado penetra no terreno que os liberais entendem que podem ser objeto de mercantilização: educação, saúde e infra-estrutura (energia, saneamento, rodovias, portos, aeroportos, etc.). Há algum tempo, de fato, bancos de investimento vêm tentando privatizar as pensões públicas e, de forma total ou parcial, as rodovias, aeroportos, pontes, sistemas de energia, água e saneamento. Quem pode confiar em apostadores insensatos das bolsas administrando serviços essenciais? Só mesmo os liberais, que acreditam na capacidade deificada do mercado. Sem a vigilância, a coordenação e a administração do Estado, estas atividades se tornariam o berço da mais ampla e desenfreada ganância.
...

Leia o texto completo AQUI

* Economista (FAE), Mestre (UFRGS) e Doutor (FEA/USP) em Administração, Pós-doutorado em Labor Relations (ILIR/University of Michigan). Professor do Programa de Mestrado em Organizações e Desenvolvimento, da FAE Centro Universitário.

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domingo, 19 de abril de 2009

Brasilia aspira a compartir con Washington el liderazgo continental

Brasil quiere dejar su huella en América

"El trabajo duro comienza tras la cumbre. Todos sabemos que el futuro de América Latina depende en buena parte del papel predominante que jueguen los dos países decisivos del hemisferio: Estados Unidos y Brasil. El futuro depende de las relaciones de comprensión y equilibrio que se construyan entre Washington y Brasilia". El análisis de David Rothkopf, experto estadounidense que ocupó un alto cargo en el Departamento de Comercio, resume uno de los grandes asuntos que recorre la cumbre de Trinidad y Tobago. ¿Cómo responderá la Administración de Barack Obama a los intentos de Brasil de imprimir su huella en el continente y de ejercer un liderazgo poco disimulado?

Tradicionalmente, Washington ha intentado aislar a Brasil del resto de América Latina, buscando relaciones bilaterales, país a país, y haciendo competir a los países latinoamericanos por una posición de favor o por un trato preferente. Durante décadas, EE UU intentó apoyarse directamente en México, Brasil, Chile y Perú como socios aislados, pero la situación en América Latina, sin ser homogénea, ha cambiado sustancialmente en los últimos años. Los 32 jefes de Estado que han acudido a Trinidad y Tobago han sido elegidos democráticamente y, sobre todo, Brasil ha ido adquiriendo experiencia y fuerza y reclamando, con discreción, pero sin dudas, que se le reconozca una posición predominante.

Brasil, asegura Rothkopf, no quiere estar en el mismo plano que Argentina o México, "es una nación que no quiere ser vista simplemente como el país más grande de América Latina, sino como un protagonista internacional respetable y respetado". Brasil es ahora mucho más sensible a cualquier estrategia estadounidense que pretenda aislarle del continente o que se empeñe en contener su influencia.

La prueba fue la megacumbre convocada por el presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, en diciembre en la costa de Sauípe, en la que por primera vez asistieron representantes de toda América Latina y el Caribe, incluida Cuba, sin la presencia de EE UU ni España. Sauípe fue una gran demostración de la fuerza diplomática brasileña y marcó un hito importante, no sólo por el regreso de Cuba a los foros latinoamericanos, sino también por escenificar la potente reaparición de México como interlocutor de Brasil.

Obama es consciente de que EE UU necesita recomponer su prestigio en América Latina, muy deteriorado en la etapa Bush, y de que su oferta de acabar con el unilateralismo no puede ser válida sólo para Europa. La forma en la que responda a la nueva posición de Brasil puede ser muy reveladora. Es seguro que ni Obama, ni ningún presidente de EE UU, va a estar dispuesto a renunciar a su protagonismo en el área americana, entendida de manera global.

"La presencia de otros poderes en América Latina", dijo Obama en uno de los debates presidenciales, "es más notoria debido a nuestra ausencia". La presencia de China, Japón o, incluso de Rusia e Irán, en América Latina se acentuó en la última década en busca de los productos alimenticios y de minería que muchos países latinoamericanos, y especialmente Brasil, pueden exportar, en cantidades masivas. Pero esa presencia se hizo todavía más llamativa, como advirtió Obama, por la progresiva ausencia de Estados Unidos, absorto en Oriente Próximo, Irak y Afganistán.

Eso, probablemente, es algo que la Administración Obama va a querer corregir urgentemente, aprovechando, además, la formidable popularidad del presidente estadounidense en América Latina y el Caribe, a la que no es ajena su condición racial. (Hasta el régimen de Castro encuentra dificultades para atajar el enorme orgullo que despierta Obama entre los negros cubanos).

Lo que importa saber ahora es si la administración estadounidense sigue creyendo que el protagonismo de Brasil puede ser una amenaza para sus propios intereses o si cree posible hacer compatibles las agendas de los dos países, asegura Kellie Meiman, autor de un trabajo sobre las posibilidades de cooperación entre Estados Unidos y Brasil. Ésa es una de las preguntas que muchos expertos en América Latina se están formulando estos días en los pasillos de Trinidad y Tobago.

El reequilibro de las relaciones entre los dos países más grandes de América, decisivo para la estabilidad democrática y económica del hemisferio, no está exento, sin embargo, de grandes dificultades. Primero, porque para ejercer ese liderazgo Brasil tiene que resolver antes algunos problemas diplomáticos serios con Paraguay, Bolivia o Ecuador, y porque tiene que lograr, además, que Argentina acepte un dibujo más realista de su papel en América Latina. Argentina, que siempre pensó en Brasil como un país "periférico", menos educado y más desigual, se encuentra ahora con que es Buenos Aires la que ocupa esa posición secundaria. Absorta en sus problemas políticos internos, Argentina tiene enormes dificultades para volver a analizar su papel internacional y para reconocer que, probablemente, su mejor opción sería pegarse a Brasilia, como un día Francia se pegó a Alemania.

Para Estados Unidos tampoco será fácil aceptar el liderazgo de Brasil, que rechaza tajantemente cualquier injerencia de Washington en los asuntos internos de los países latinoamericanos, y que se ofrece como interlocutor no sólo en América Latina, sino en todos los organismos internacionales. Entre medias, los dos países tendrán que encontrar una solución para el futuro de la Organización de Estados Americanos (a la que no pertenece Cuba, pero sí EE UU, y en la que, dicho sea de paso, España está presionando nuevamente para conseguir un estatus mejor que el de simple observadora) y para el asentamiento de otros organismos sin la presencia de Washington, como el Unasur, que ayuden a Brasil a mantener la estabilidad en la zona.

Fonte: El País

TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS

"O trabalho duro começa depois da cúpula. Todos sabemos que o futuro da América Latina depende em boa parte do papel predominante dos dois países decisivos no hemisfério: Estados Unidos e Brasil. O futuro depende das relações de compreensão e equilíbrio que se construam entre Washington e Brasília". A análise de David Rothkopf, especialista americano que ocupou um alto cargo no Departamento do Comércio, resume um dos grandes temas que permeiam a cúpula de Trinidad e Tobago. Como o governo de Barack Obama responderá às tentativas do Brasil de imprimir sua marca no continente e de exercer uma liderança pouco dissimulada?

Tradicionalmente, Washington tentou isolar o Brasil do resto da América Latina, buscando relações bilaterais, país a país, e fazendo os países latino-americanos disputar uma posição de favor ou um tratamento preferencial. Durante décadas, os EUA tentaram se apoiar diretamente no México, Brasil, Chile e Peru como parceiros isolados, mas a situação na América Latina, sem ser homogênea, mudou substancialmente nos últimos anos. Os 32 chefes de Estado que estiveram em Trinidad e Tobago foram eleitos democraticamente, e sobretudo o Brasil adquiriu experiência e força e reivindica, com discrição, mas sem deixar dúvidas, que seja reconhecido em uma posição predominante.

O Brasil, afirma Rothkopf, não quer estar no mesmo plano que a Argentina ou o México. "É uma nação que não quer ser vista simplesmente como o maior país da América Latina, mas como um protagonista internacional respeitável e respeitado." Hoje o Brasil é muito mais sensível a qualquer estratégia americana que pretenda isolá-lo do continente ou que se esforce para conter sua influência.

O teste foi a megacúpula convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro na Costa do Sauípe, da qual pela primeira vez participaram representantes de toda a América Latina e do Caribe, incluindo Cuba, sem a presença dos EUA nem da Espanha. Sauípe foi uma grande demonstração da força diplomática brasileira e marcou um feito importante, não só pelo regresso de Cuba aos fóruns latino-americanos, mas também por representar o poderoso reaparecimento do México como interlocutor do Brasil.

Obama tem consciência de que os EUA precisam recompor seu prestígio na América Latina, muito deteriorado na etapa Bush, e de que sua oferta para acabar com o unilateralismo não pode ser válida só para a Europa. A forma como reagirá à nova posição do Brasil pode ser muito reveladora. É certo que nem Obama, nem qualquer presidente dos EUA, estará disposto a renunciar a seu papel de protagonista na área americana, entendida de maneira global.

"A presença de outros poderes na América Latina", disse Obama em um dos debates presidenciais, "é mais notória devido à nossa ausência."

A presença de China, Japão e inclusive Rússia e Irã na América Latina se acentuou na última década, em busca dos produtos alimentícios e minérios que muitos países da região, especialmente o Brasil, podem exportar em quantidades maciças. Mas essa presença se fez ainda mais notória, como advertiu Obama, devido à progressiva ausência dos EUA, absorvidos no Oriente Médio, Iraque e Afeganistão.

Isso provavelmente é algo que o governo Obama vai querer corrigir com urgência, aproveitando também a formidável popularidade do presidente americano na América Latina e no Caribe, que não é alheia a sua condição racial. Até o regime de Castro encontra dificuldades para aceitar o enorme orgulho que Obama desperta entre os negros cubanos.

O que importa saber agora é se o governo americano continua acreditando que o destaque do Brasil pode ser uma ameaça para seus próprios interesses, ou se considera possível compatibilizar as agendas dos dois países, afirma Kellie Meiman, autor de um trabalho sobre as possibilidades de cooperação entre EUA e Brasil. Essa é uma das perguntas que muitos especialistas na América Latina estão se fazendo nestes dias nos corredores de Trinidad e Tobago.

O reequilíbrio das relações entre os dois maiores países da América, decisivo para a estabilidade democrática e econômica do hemisfério, não está isento de grandes dificuldades, porém. Primeiro porque para exercer essa liderança o Brasil tem de resolver alguns problemas diplomáticos sérios com Paraguai, Bolívia e Equador, e porque tem de conseguir também que a Argentina aceite um desenho mais realista de seu papel na América Latina. A Argentina, que sempre pensou no Brasil como um país "periférico", menos educado e mais desigual, percebe hoje que é Buenos Aires que ocupa essa posição secundária. Absorta em seus problemas políticos internos, a Argentina tem enormes dificuldades para voltar a analisar seu papel internacional e para reconhecer que, provavelmente, sua melhor opção seria ligar-se a Brasília, como um dia a França se ligou à Alemanha.

Para os EUA também não será fácil aceitar a liderança do Brasil, que rejeita taxativamente qualquer ingerência de Washington nos assuntos internos dos países latino-americanos e que se oferece como interlocutor não só na região como em todos os organismos internacionais. Entretanto, os dois países terão de encontrar uma solução para o futuro da Organização de Estados Americanos (à qual Cuba não pertence, mas os EUA sim, e na qual, diga-se de passagem, a Espanha está pressionando novamente para conseguir uma melhor posição que a de simples observadora) e para o assentamento de outros organismos sem a presença de Washington, como o Unasul, que ajudem o Brasil a manter a estabilidade na região.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Rede Globo e Direitos Autorais - uma relação dúbia

by roberto conde guerra

Os mais gastos, possivelmente, lembrarão da música (post anterior) de abertura do programa Globo Repórter, utilizada pela grande emissora, há mais de três décadas, desde 03 de abril de 1973, como trilha sonora das melhores e, também, piores matérias jornalísticas lá produzidas.
A música “Freedom of Expression” foi especialmente composta, gravada e produzida pelo músico “Jimmy Bowen” (produtor de Frank Sinatra, Garth Brooks e outros ), para o clássico filme Vaninsh Point de 1971 (título no Brasil: Corrida Contra o Destino).
A auspiciosa Globo - como solene defensora dos mercenários de então (falo dos bandalhos que torturavam, matavam, roubavam e inventavam leis em causa própria) – durante décadas explorou trabalhos alheios; nem sequer consignando o nome das obras e respectivos autores.
E no caso aqui referido , a música, pelo impacto que causava, se tornou uma espécie de marca registrada da série jornalística; aos primeiros sons, imediatamente, remetia o ouvinte ao programa. A obra criava o suspense dramático do GLOBO REPÓRTER, sobrepondo-se ao insípido Sérgio Chapelin.
Aliás, maior das vezes, ouvirmos “Freedom of Expression” era o único interesse de milhares e milhares de jovens e adolescentes “guitarristas, baixistas e bateristas”. Nosso único interesse, para ser mais sincero, era ouvir a abertura e o encerramento do programa. Até colar, depois de muitas tentativas, com um “moderno” gravador Aiko, repetidos fragmentos daquele “Rock progressivo” que muita gente - por falta de informação - afirmava ser Pink Floyd.
Outros - os surdos - diziam ser Jeff Beck; surdos e possivelmente leitores da revista Rock, o Grito e o Mito, crentes nos invencionismos lá registrados por desinformação ou nas baboseiras do Ezequiel Neves, que também assinava Zeca “Jagger” (referência ao Mick ” Satisfaction Luciana Gimenez” ) ou Zeca “Zimmerman” ( de Robert Allen Zimmerman, mais conhecido como Bob Dylan ).
Escapando um pouco do assunto, a Senhora Luciana Gimenez correu risco de Satisinfection…
O quê, que a gente não faz por amor?…
E por um punhado de dólares?
Por amor a gente faz filho, né!
Gente normal.
Mas por um punhado de dólares tem gente que rouba filho alheio.
E propriedade intelectual é filho alheio.
Aparentemente, por um punhado de dólares (milhões), uma empresa como a REDE GLOBO, jamais defendeu a edição de leis sobre direitos de propriedade intelectual…
Alheios, obviamente.
E para não pagar os direitos do autor “Jimmy Bowen”, sob fiscalização da “Twenthieth Century Fox”, de tempos em tempos encomenda para algum dos seus músicos versão canhestra ordinariamente fabricada por sintetizadores e computador. Assim, continuará explorando a obra sem pagar um centavo para aqueles que a criaram e executaram de verdade.
Curioso notar que se trata de uma gravação praticamente “ao vivo no estúdio”.
O guitarrista é matador. Mas este blog é sobre assuntos policiais, assim não cabe aqui falar de paixões pessoais.
Vale dizer o seguinte, a REDE GLOBO É DESONESTA EM TODOS OS SENTIDOS.
Ainda que o autor não receba um tostão, SEMPRE SERÁ O PROPRIETÁRIO DOS “DIREITOS MORAIS” (art. 24 da Lei 9.610 de 19.2.1998).
Tais como: TER SEU NOME INDICADO OU ANUNCIADO NA UTILIZAÇÃO DA OBRA; ASSEGURAR A INTEGRIDADE DA OBRA, OPONDO-SE A QUAISQUER MODIFICAÇÕES.
O TELESPECTADOR, por sua vez - atualmente consumidor “pagante” (pois quem não possui TV paga nem Globo assiste) - POSSUI O DIREITO DE SER INFORMADO SOBRE TUDO AQUILO QUE LHE É TRANSMITIDO…
NÃO APENAS AQUILO QUE CONSTA NO CATÁLOGO DE DISCOS DAS ORGANIZAÇÕES GLOBO.
Outras músicas exploradas comercialmente pela REDE ROUBO, digo, GLOBO:
SUMMER 68 - Pink Floyd (coral e cordas) http://www.youtube.com/watch?v=7GiOIRc-8Q0
Santana : Waves Within http://www.youtube.com/watch?v=Rauk8JeAr0c (1973- 0 BEM AMADO - tema do Jardel Filho e Sandra Bréa )
Santana :Santana : Every Step of the Way
http://www.youtube.com/watch?v=Rauk8JeAr0c ( 1972 - novela BANDEIRA 2 Paulo Gracindo - Artur do Amor Divino (Tucão) )
“GARDEN OF EDEN”, Passaport. ( Olimpíada de Moscou 1980 )
“STRATUS”, Billy Cobham e Tommy Bolin ( Jornal da Noite ). http://www.youtube.com/watch?v=m9iGMI05qJc
MARATHON - Carlos Santana ( Fómula 1, antes do TEMA DA VITÓRIA composto para o Nelson Piquet ) http://www.youtube.com/watch?v=Yyp6H0eWI0M
RUBINA by Joe satriani - GLOBO CIÊNCIA http://www.youtube.com/watch?v=a5xzSjgatP8
Stanley Clark Vulcan Princess Yesterday http://www.youtube.com/watch?v=KAhBS1URGzc
A LISTA SERIA ENORME, reprodução e plágios de obras de Lee Ritenouer e Larry Carlton.
Posto a inútil cultura acima, QUEM SE LOCUPLETA MEDIANTE APROPRIAÇÃO DO TRABALHO ALHEIO POSSUI ALGUMA MORAL?
MERECE ALGUMA CONFIANÇA?
Em nada; nunca.
Nem aqui, nem na China, muito menos nas terras de Obama.
Assim, coitados de nós trabalhadores brasileiros.


Fonte: http://flitparalisante.wordpress.com/2009/04/19/liberdade-de-expressao-rede-globo-ou-rede-roubo/

terça-feira, 14 de abril de 2009

Mercado de PCs cresce 20%, em 2008

O mercado brasileiro de PCs movimentou, em 2008, aproximadamente 12 milhões de unidades, o que representa um aumento de 20% em relação ao ano passado. A expectativa inicial, antes da crise econômica mundial, é de que o crescimento chegasse a cerca de 30%.

Desde 2004, as vendas cresceram 200%, passando de 4 milhões de unidades vendidas naquele ano para 12 milhões neste ano. Hoje, a base instalada de computadores atinge a marca de 37 milhões de unidades.

Dos 12 milhões de PCs comercializados, 7,7 milhões foram de desktops, que registraram queda de 5% em relação a 2007, e 4,3 milhões de notebooks, que cresceram 125% sobre 2007, influenciados pelo segmento doméstico. Os notebooks passaram a representar 36% do total PCs comercializado em 2008, comprovando a tendência mundial de mobilidade.

Segundo dados da IT Data, consultoria contratada pela ABINEE para este estudo, a participação do mercado cinza de computadores reduziu, em média, de 35%, em 2007, para 34%, em 2008. A participação do mercado ilegal de desktops permaneceu na faixa de 35% nestes dois anos, enquanto que, entre os notebooks, reduziu de 34% para 32%.

As vendas de PCs com a configuração do programa Computador para Todos atingiram, em 2008, 190 mil unidades, uma queda de aproximadamente 60% em relação às 490 mil unidades de 2007.

Com referência à arrecadação de impostos por parte do governo, o estudo da IT Data aponta que chegou a cerca de R$ 1,8 bilhão, em 2008, o que representa um crescimento de 15% em relação a 2007 (R$ 1,6 bilhão).

Para 2009, a expectativa é de que as vendas de PCs atingirão cerca de 12 milhões de unidades, o que representará estabilidade em relação ao total comercializado em 2008. A previsão é de que os desktops e os notebooks deverão dividir equitativamente o mercado total de computadores.

fonte: http://www.abinee.org.br/noticias/com28.htm

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Brasil vai emprestar dinheiro para o FMI, afirma Lula após reunião do G20


Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (2), em entrevista na Embaixada do Brasil em Londres, depois da apresentação do documento final da reunião do G20, que gostaria de entrar para a história como o primeiro presidente cujo governo vai emprestar dinheiro para o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A declaração foi feita depois que o G20, grupo dos países desenvolvidos e emergentes, decidiu destinar U$S 1,1 trilhão para socorrer países afetados pela crise financeira.

Desse total, U$S 750 bilhões serão destinados a economias de países em desenvolvimento e dos emergentes que sofrem com a falta de crédito; U$S 250 bilhões serão empregados em financiamentos para estimular o comércio exterior; e uma reserva extra, de U$S 100 bilhões, está prevista para socorrer as economias de países mais pobres.

O Japão sinalizou hoje que vai disponibilizar U$S 100 bilhões para o fundo, a China, U$S 40 bilhões, e o Canadá, U$S 10 bilhões. O presidente Lula disse que o Brasil tem condições de emprestar dinheiro para o fundo, mas o valor ainda não está definido.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que acompanhou o presidente na entrevista e no encontro do G20, disse que o país definirá nos próximos dias o valor previsto para socorrer as economias mais afetadas pela crise econômica mundial.

Fernando Freire
Enviado Especial da EBC

Adoro essa crise

Infelizmente, com tanta coisa acontecendo, não estou podendo dar minha maior atenção, tecer os melhores comentários possíveis devido a ter que vir aqui, do outro lado do continente, buscar o leitinho das crianças.

Mas aproveito a incrivelmente demorada “siesta” peruana para deixar uma reflexão com vocês.

Estou começando a gostar dessa crise. Para quem for progressista, então, está sendo mel na chupeta.

Virão os babacas da ultra direita, seguidores do Esgoto, deitar falação sobre os 800 mil empregos perdidos. Idiotas. Esses empregos são nada perto do que aconteceu no resto do mundo e, ao fim de março, terão virado 700 mil e, depois, irão minguando.

O mundo rico já está chegando ao fundo do poço, de onde só há caminho para cima. E o Brasil, em uns dois ou três meses, será talvez o primeiro a se recuperar.

A balança comercial e a conta corrente cambial deverão ficar positivas. A Globalização foi pro espaço. A América Latina está sendo muito pouco afetada, à exceção de alguns países mais dependentes do comércio exterior.

Aqui no Peru, a crise é uma piada, como no Brasil. Algum desemprego que já começa a ser revertido, como em nosso país. Nunca vendi tanto aqui neste país. O real mais barato encherá de dólares as arcas tupiniquins.

Paradigmas neoliberais estão virando pó em velocidade vertiginosa. A direita mundial não tem mais líder, com a derrocada dos neocons americanos.

Barack Obama é o primeiro ser humano de verdade a governar os EUA. Como cansei de dizer aqui, ele está sendo o que se esperava que fosse. E ainda fala gírias, brinca com Lula, elogia o brasileiro, eles se abraçam e se tornam íntimos.

Sem a crise, teríamos aquele tarado do John MacCain governando os EUA, os paradigmas neoliberais não teriam sido desmoralizados, o Brasil deixaria de demonstrar ao mundo que é bem governado...

Que crise! Está mudando o mundo para melhor. Valerá a pena ter ocorrido. Aliás, quem, sendo normal da cabeça, não sabia que a era reacionária, com seu deus mercado, daria no que deu? Demorou, mas aconteceu. Pena que demorou tanto.


Escrito por Eduardo Guimarães

Serra e Kassab - CALOTE dos precatórios

Esses DEMO-Tucanos não têm jeito mesmo. Deve, não nega, mas paga quando quiser.

Sob pressão do governador Serra (PSDB) e do prefeito Kassab (Demo), que juntos devem 30 bilhões de reais em precatórios, uma comissão do Senado alterou a forma de pagamento das decisões judiciais, para empurrar com a barriga as dividas que tem com os credores, muitos dos quais cidadãos.

Para o senador Artur Virgílio (PSDB), o importante não é o cumprimento das sentenças judiciais e sim a situação das prefeituras, em flagrante desrespeito à Justiça, às partes e à independência dos poderes.

A TV Bandeirantes produziu matéria sobre mais essa tucanada e está disponibilizado no youtube.

Enquanto isso, o México pede 47 bilhões de dólares ao FMI para enfrentar a crise e o Lula (BRASIL que NÃO ESTÁ QUEBRADO) oferece dinheiro ao Fundo.

Segue o link da matéria sobre os precatórios: http://www.youtube.com/watch?v=xfc6pA_Q9ds&eurl=http%3A%2F%2Fosamigosdopresidentelula.blogspot.com%2F&feature=player_embedded

Márcio Lacerda de Araújo

Lula é o cara! diz Obama


BBC filma Obama dizendo que Lula é 'político mais popular da Terra'



O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira em Londres que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o "político mais popular da Terra".

Obama fez o comentário em uma roda de líderes mundiais, pouco antes do início da reunião do G20, em uma sala de conferência do Excel Center, em Londres.

O encontro foi registrado em vídeo pela BBC, que mostra a cena em que os dois se cumprimentam.

Obama troca um aperto de mãos com o presidente brasileiro, olha para o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, e diz, apontando para Lula: "Esse é o cara! Eu adoro esse cara!".

Em seguida, enquanto Lula cumprimenta Rudd, Obama diz, novamente apontando para Lula : "Esse é o político mais popular da Terra".

Rudd aproveita a deixa e diz : "O mais popular político de longo mandato".

"É porque ele é boa pinta", acrescenta Obama.

Fonte: BBC

Link para o vídeo: http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2009/04/090402_g20obamalula.shtml

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Manipulações perigosas da Globo



'O Globo': mais uma manipulação do pau que nasceu torto...

É como diz a sabedoria popular: “pau que nasce torto morre torto”. A mídia hegemônica brasileira, em especial a Rede Globo, cresceu cevada pela ditadura e a serviço do que existe de mais conservador e reacionário. Sua vocação antidemocrática é, portanto, fruto de uma raiz histórica.
Por Wevergton Brito Lima*

Edição fez chamada principal parecer associada a Lula:
manipulação grosseira

Essa mesma mídia que chamava a ditadura militar de “democracia relativa”, que escondia ou justificava o assassinato de opositores, não tem qualquer pudor em manipular, distorcer ou esconder dados que, de alguma forma, contrariem seus interesses. Mas de vez em quando ela exagera.

Por vezes fica tão clara e nítida a manipulação, que muitas pessoas vão se dando conta de que a mídia hegemônica trata o povo como um bando de “Hommer Simpson”, personagem de desenho animado que é um completo retardado e que é usado pelo editor do Jornal Nacional, William Bonner, como símbolo do telespectador médio daquele telejornal.

Na edição do dia 27 de março (sexta-feira), o jornal o Globo, em sua persistente campanha de ataque ao governo Lula, produziu outra pérola de manipulação. Vejam acima a matéria. A manchete diz “Lista associa políticos a quantias”, com o subtítulo: “Deputados, senadores e funcionários de estatais teriam recebido dinheiro de empreiteira”.

Já o lead (primeiro parágrafo) informa, em seu início: “A Polícia Federal já tem em mãos nomes de políticos e servidores públicos que teriam recebido dinheiro da construtora Camargo Corrêa”. Logo abaixo da manchete uma enorme foto do presidente Lula, falando em um palanque com o símbolo da polícia federal abaixo.

No entanto, quem se der ao trabalho de ler a matéria verá que nenhum político do PT aparece nas denúncias, sendo que alguns dos principais partidos de oposição aparecem com destaque: PSDB, DEM e PPS. A foto do presidente era referente a outra matéria que não tinha nada a ver com a manchete: o presidente Lula discursava em um evento comemorativo dos 65 anos da Polícia Federal. Muitos dos leitores não se dão a esse trabalho (de ler toda a matéria) e é com isso que os editores de O Globo contam.

Aliás, a intenção da montagem é tão clara que vou me permitir não comentá-la. Registro apenas que a mídia hegemônica tem com o que se preocupar. Sua credibilidade está sendo posta em xeque e suas manipulações já não passam em branco como antes. Largas parcelas da população recusam-se a serem tangidas como gado pelos donos dos meios de comunicação.

É por isso que eles têm tanto medo de que a Comunicação vire uma pauta de discussão na sociedade. É por isso que eles tanto boicotam a convocação da Conferência Nacional de Comunicação. Pois será através de uma ampla e democrática discussão que, se não vamos endireitar um pau que nasceu torto, podemos pelo menos fazer nascer uma floresta das mais diferentes árvores, com os mais diversos frutos, onde hoje é um deserto de “paus tortos”.

*Wevergton Brito Lima é jornalista e secretário de Comunicação do PCdoB-RJ - originalmente no Site Vermelho (http://www.vermelho.org.br/base.asp)