quarta-feira, 25 de março de 2009
Programa habitacional prevê construção de casas com sistema de energia solar
Programa habitacional prevê construção de casas com sistema de energia solar
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou há pouco que as casas que serão construídas por meio do programa habitacional do governo federal terão sistemas de captação de energia solar e aproveitamento da água da chuva. Com isso, as famílias economizarão por ano entre R$ 300 e R$ 500.
“Lutamos muito por isso e está no Plano Clima, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou em dezembro. Isso vai gerar economia para as famílias e deixar de emitir oitocentas e trinta mil toneladas de carbono. Além disso, não precisaremos construir uma usina de quinhentos e vinte megawatts.”
Nos próximo dia 15, informou o ministro, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) vai votar a simplificação das regras para concessão de licença ambiental num prazo de 30 dias.
Governo vai investir R$ 34 bi na construção de 1 milhão de casas
Governo vai investir R$ 34 bi na construção de 1 milhão de casas
Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O plano de habitação que o governo lança esta manhã prevê um aporte total de R$ 34 bilhões na construção de 1 milhão de casas. Desses, R$ 16 bilhões serão destinados à redução do déficit habitacional da população com renda familiar de zero a três salários mínimos.
A intenção do governo é construir 400 mil moradias para a população nessa faixa de renda, que pagará uma prestação mínima de R$ 50. A parcela deverá comprometer até 10% da renda pelo prazo de 10 anos. Essas famílias terão subsídio integral com isenção do seguro.
Para as famílias com renda entre três a seis salários mínimos, o pagamento da prestação prevê o comprometimento de até 20% da renda. O total de moradias para essa faixa também será de 400 mil unidades, com a previsão de investimento de R$ 10 bilhões. Para essa faixa de renda haverá aumento do subsídio parcial em financiamentos com redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidor.
As demais 200 mil moradias serão destinas às famílias com renda entre seis e dez salários mínimos. Para essa faixa haverá estímulo à compra, com redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidos.
Dados do IBGE mostram que 91% do déficit habitacional do país se concentram na faixa de renda entre zero e três salários mínimos.
Inclusão Digital igual Inclusão Social
Por oportuno, como tenho a convicção de que a inclusão digital é uma questão, acima de tudo, de ordem social e de soberania, é que disponibilizo como post comentário recente sobre inclusão digital da lavra do seguro e inteligente Dr. JOTA M., que informa, com detalhes, o andamento do processo judicial para que a União tome posse dos 16 mil km de fibra ótica da extinta ELETRONET, empresa do governo federal.
Segue a integra para o deleite dos poucos leitores que gostam da idéia:
A inclusão digital é para ontem.
O brasil não pode mais esperar.
A regulamentação do backhaul já está em andamento e negociação,mas se resumirmos a isso, faltará uma grande parcela da populaçao: o povo pobre, de regioes distantes, cuja implantação da infraestrutura necessária não é financeiramente atraente ás teles privadas.
Encontra-se em fase final um processo judicial que corre na 5 vara do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro desde 2003. Já se encontra definido em 2 instancia a posse dos 16mil km de fibra óptica da falida ELETRONET ao governo federal. Falta apenas o despacho da imissão da posse na 1 instancia. Desde setembro 2008 que a magistrada Maria da Penha Nobre Vitorino conduz esse processo de uma forma parcial, invertendo em ordem e importância as petições e não cumprindo o que já se encontra definido, de maneira irreversível, em instancia superior. Mas recentemente, mais uma parecer do Minist Público solicitou o despacho imediato da imissão de posse e a corregedoria já se encontra ciente a cerca das irregularidades no andamento deste processo.
Não se pode mais perder tempo, o Brasil não pode parar em função de uma única pessoa. O despacho concederá ao governo o backhaul necessário para fornecer bandas larga aos brasileiros excluídos deste processo parcial de inclusão digital. No momento em que isso ocorrer, e este momento é para ontem, teremos uma Inclusão Digital realmente abrangente, homogênea e igualitária.
24 de Março de 2009 02:56
Dr. JOTA M.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Lula dá entrevista e fala sobre o NORDESTE
Do UOL Notícias
O presidente Lula disse nesta segunda-feira, 23, em entrevista à Rádio Jornal de Recife, Pernambuco, ao radialista Geraldo Freire, que vai deixar o país muito mais preparado do que quando recebeu.Leia, abaixo, a transcrição da íntegra.
Jornalista: Nós estamos com a rede inteira ligada, nesta hora, com Limoeiro, Garanhuns, Pesqueira, Petrolina, Arcoverde, Serra Talhada, Salgueiro. Podemos começar falando talvez por Petrolina. Havia uma preocupação, inclusive, do governo, o governador Eduardo Campos também falou sobre isso um dia desses, com a crise que poderia estar atingindo mais Petrolina do que outros municípios aqui, de Pernambuco. O que o senhor diz para Petrolina agora?
Lula: Geraldo, primeiro nós temos que ter em conta que essa crise mundial causada, sobretudo, pelos países ricos, por mau gerenciamento do sistema financeiro, seja dos Estados Unidos ou da Europa, ela chegou ao Brasil de uma forma diferente. Ou seja, nós temos um mercado interno altamente forte, e esse mercado interno tem se recuperado, se você comparar o estado do final do ano com o mês de fevereiro e março, esse mercado interno tem se recuperado. E agora tem um problema do setor de exportação, que nós vamos ter alguns problemas, sobretudo no setor de máquinas, automóveis, isso tem caído.
Eu espero que o mundo não deixe de comer as frutas nordestinas por causa da crise. Eu estou convencido de que o sacrifício que o povo brasileiro está fazendo, sobretudo o povo exportador, será se curta duração, porque quem importa carne, quem importa fruta, quem importa soja do Brasil, sabe que vai ter que continuar comendo e, portanto, vai continuar importando.
Nós vamos trabalhar da forma mais vigorosa possível para tentar ajudar os setores exportadores brasileiros, porque nós entendemos que esse setor é vital. E, seja a Europa, seja o Japão, seja a Venezuela, seja a Argentina, quem comprava as nossas frutas vai ter que continuar comprando.
Nós temos que ter em conta, Geraldo, que os meses de outubro, novembro, dezembro e janeiro foram atípicos. Nós temos que trabalhar com a certeza de que vamos ter um segundo semestre muito melhor e que vamos ter, possivelmente, um final de 2009 muito bom. É com essa certeza que eu trabalho, é com essa convicção que eu trabalho.
E nós vamos cuidar de ajudar os nossos produtores. É nessas horas que o governo tem que entrar para ajudar as pessoas, seja através de medidas do próprio governo, sejam medidas do Banco do Brasil, sejam medidas do BNB, para que a gente possa rolar a dívida desses companheiros, não permitir que o sufoco da crise internacional venha matar afogados companheiros que apostaram e que trabalharam direitinho.
Jornalista: Presidente, por favor, fale sobre a minha paixão, que é a transposição do Rio São Francisco. Quando o senhor nos deu a oportunidade de entrevistá-lo, em Brasília, esse era o nosso grande tema, e de lá para cá aconteceram muitas coisas. Teve o protesto do dom Cappio, e já tinha aqui um jornalista doido, que já estávamos, eu e ele, o Fernando Valença, iríamos fazer uma greve de fome pela transposição.
E o governador Eduardo Campos disse, recentemente, que passou por lá e ficou encantado com o que viu. Fale sobre essa transposição e a possibilidade de tê-la antes do fim do seu mandato.
Lula: Deixa eu lhe dizer uma coisa, Geraldo. Essa obra, para mim, é a obra dos meus sonhos. Até porque eu fui carregador de pote d'água em Caetés - naquele tempo era Garanhuns - e, portanto, eu sei o sacrifício do povo sertanejo, nordestino, com o problema da água.
Essa obra está andando a todo vapor. Eu quero inaugurar grande parte dela antes de deixar a Presidência da República. E, agora, acho que no mês de abril ou no mês de maio, eu vou fazer uma viagem por todo o trajeto do canal. Se Vossa Excelência tiver disposição de fazer essa viagem comigo, eu quero convidar um grupo de jornalistas para fazer a viagem. Eu, inclusive, pedi ao ministro Gedel que onde fosse possível essa obra fosse contratada em dois turnos ou em três turnos, para a gente poder gerar mais empregos. Eu, inclusive que vir visitá-la de dia e de noite, para mostrar ao Brasil que nós estamos fazendo muita coisa para enfrentar o desemprego no Brasil. E, por isso, nós estamos dizendo para todas as obras do PAC, onde puderem, serem contratadas no mínimo em dois turnos, para contratar duas turmas em vez de uma.
Hoje me parece que está sendo liberado o dinheiro para a Transnordestina. O que vai acontecer com a Transnordestina? Nós vamos colocar quatro ou seis turmas trabalhando para fazê-la, para inaugurar em 2010 grande parte dela. Ou seja, nós temos dinheiro, tem gente querendo trabalhar, nós temos os dormentes, temos os trilhos, portanto essa obra vai andar de vento em popa aqui no estado de Pernambuco, no estado do Piauí e no estado do Ceará.
Você vai ver que você vai ter o prazer de visitá-la comigo, sair da sua sala lá, com ar condicionado, onde você sempre me entrevistou, e nós vamos fazer entrevista lá, vendo o peão trabalhar, para você ver que este país não tem que ter medo de crise, não tem que se assustar com crise. Isso é como uma gripe. Uma gripe, num cabra muito fino, ele fica de cama, num cabra macho, ele vai trabalhar e não perde uma hora de serviço por causa de uma gripe. É assim que eu quero fazer neste país: mostrar que existe uma crise, que ela é muito grave, que o Obama tem mais problemas do que eu, que os alemães têm mais problemas do que o Brasil, e que nós vamos enfrentar essa crise trabalhando, quanto mais crise, mais trabalho, quanto mais crise, mais Investimentos, porque é assim que nós vamos debelar essa crise causada pela irresponsabilidade do sistema financeiro internacional.
Jornalista: Quando há alguns que dizem que o senhor demorou a enfrentar a crise como devia enfrentar, o senhor, o que é que diz a eles?
Lula: Primeiro, quem diz isso deve estar dizendo uma asneira profunda, porque você não enfrenta uma crise quando ela não existe. A verdade é que a crise começou nos Estados Unidos, em setembro de 2007, ela só foi chegar aqui em agosto de 2008. E, assim que ela chegou, eu duvido que tenha tido, no mundo, um governo que tenha tomado as medidas com a habilidade e com a rapidez que nós tomamos, todas as medidas. E vamos tomando. À medida que forem surgindo os problemas nós vamos atacando, setor por setor, porque nós não queremos fazer o chamado "pacote econômico" que se fazia no passado, porque todo pacote, quando ele não dá certo, o povo é que fica com o prejuízo.
Então, nós não queremos isso. Nós vamos tomar medidas, quarta-feira nós vamos anunciar o plano de construção de 1 milhão de casas neste país. É o projeto mais arrojado de construção de habitação para o Brasil. Nós já chamamos todos os governadores, já conversamos com os governadores, já conversamos com os prefeitos das capitais, já conversamos com os movimentos de moradia do Brasil, já conversamos com os empresários. E agora está tudo preparado para a gente lançar o maior programa de habitação já lançado no Brasil, com duas coisas: primeiro, atender a demanda habitacional, segundo, gerar empregos que é o que nós precisamos nesse momento.
Jornalista: Nos fale sobre a BR-101. Até dizem que ela avançou um pouco mais para o Rio Grande do Norte e para a Paraíba do que no trecho Pernambuco. O que está havendo com ela?
Lula: Veja, eu tenho conversado com o comandante do Exército e toda vez que eu encontro com ele, eu pergunto: e a nossa obra, comandante? E ele me diz que aqui em Pernambuco nós tivemos um problema no solo, tem um trecho em que o solo é muito mole, ou seja, não pode colocar o concreto. Primeiro eles têm que fazer o aterro, fazer o dreno, para depois então fazer a obra. Pode demorar um pouquinho mais, mas certamente o Nordeste será dono de uma das rodovias mais bonitas deste país. E você verá, está sendo feita com uma qualidade tal que vai demorar pelo menos 30 ou 40 anos para fazer manutenção naquela estrada.
É isso que as pessoas têm que entender, que você pode fazer uma estradinha com uma capinha fina de asfalto, fica bonita, três dias depois da primeira chuva já está com buraco. Essa não, essa está sendo feita de concreto, por isso é que nós reequipamos todo o Batalhão de Engenharia do Exército, para fazer a estrada mais bonita, para quem quiser passear de carro no Nordeste não reclamar nunca mais. Eu fui outro dia fazer uma visita, ela realmente está bonita.
Eu quero no meu mandato inaugurá-la toda, porque eu acho que nós merecemos.
Jornalista: Presidente, um pouquinho de política, os jornalistas estão ouvindo, eles adoram esses sistemas políticos, eu prefiro os administrativos, não sei se o senhor também. Mas, por exemplo, está saindo hoje uma pesquisa DataFolha dando 40 para o governador Eduardo Campos e 34 para o senador Jarbas Vasconcelos. Nós temos aqui diversas pessoas que gostariam de ter esse confronto. O senhor também gostaria?
Lula: Eu não gostaria de que tivesse confronto, ou seja, você sabe que eu tenho lado e tenho cara aqui no estado de Pernambuco. Você sabe que eu não entendo porque, mas eu sempre tratei o senador Jarbas Vasconcelos tão bem, não sei por que ele, eleito senador, tem agredido tanto o governo, aliás, tem agredido o Bolsa-Família, tem dito que é esmola, que é não sei o que das quantas. Eu não consigo entender, porque eu sempre tive uma relação boa. Mas aqui no estado de Pernambuco eu tenho lado, e meu lado é o Eduardo Campos, ou seja, nós temos uma aliança estratégica nacional e nós vamos continuar trabalhando juntos.
Eu acho que Pernambuco precisa levar em conta o que está acontecendo no estado de Pernambuco e o que está acontecendo no Nordeste brasileiro. O senador Jarbas Vasconcelos sabe - quem já foi governador aqui sabe, você pode escolher todos os que foram governadores nos últimos 30 anos - nunca foi construída a parceria entre o governo federal e o governo estadual que está sendo construída, nunca. Do PAC, só o estado de Pernambuco tem uma quantia equivalente a R$ 53 bilhões.
Todo pernambucano tem noção do que significa esse estaleiro que está sendo construído aqui, todo pernambucano tem consciência do que significa essa refinaria que está sendo construída aqui, todo pernambucano sabe a quantidade de políticas sociais que nós estamos fazendo aqui no estado. Obviamente que queremos fazer mais, e é possível fazer mais, na medida em que a economia se recupera a gente pode fazer muito mais coisa.
Eu acho que o Eduardo tem sido um parceiro excepcional, tem sido um companheiro de primeira grandeza, de uma lealdade excepcional, ou seja, eu vou dormir toda noite com a tranquilidade de que aqui em Pernambuco eu tenho um governador que jamais falaria uma palavra criticando o governo federal sem razão. E ele sabe que ele tem um companheiro em Brasília que jamais fará qualquer crítica a ele. Se um dia eu tiver que fazer crítica, eu prefiro fazer tête-à-tête com ele do que fazer antes pela imprensa.
Então eu acho que esse confronto, se acontecer, eu não tenho dúvida nenhuma de que o Eduardo Campos será o vencedor. Agora, eu não sei, faltam dois anos ainda para a gente saber quem é que vai ser candidato do outro lado. Eu sei que um candidato está certo, que é o Eduardo Campos, que tem todo o direito de pleitear a reeleição.
Jornalista: Mas não há risco do senhor arrastá-lo para candidato a vice - também falam disso - na chapa da ministra Dilma?
Lula: Eu acho que qualquer candidato a presidente pagaria o preço em ouro para ter um companheiro como o Eduardo. Difícil, até porque é um companheiro da mais extraordinária qualidade. O problema é que Eduardo começou uma obra no estado de Pernambuco e ele sabe que não vai conseguir terminar essa obra em um mandato, porque um mandato de quatro anos não permite que você conclua nenhuma grande obra estruturante. Porque se você tiver que fazer um projeto de uma grande estrada, entre você pensar em fazer o projeto, conseguir licença-prévia, fazer licitação, depois esperar o Tribunal de Contas da União, depois esperar o Ministério Público, depois esperar o poder judiciário, muitas vezes você demora um mandato e não consegue resolver esses problemas.
Eu digo todo dia o seguinte: se Juscelino Kubitschek fosse presidente da República hoje, com a quantidade de lei que nós criamos, com a quantidade de mecanismos que nós criamos, se o Juscelino resolvesse "eu vou fazer Brasília", hoje, ele ainda não teria conseguido licença-prévia para fazer a pistazinha para descer o seu teco-teco. Porque está tudo muito difícil para fazer uma obra neste país, tudo muito difícil. Porque você tem meio ambiente nacional, meio ambiente estadual, você tem Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, você tem... é uma quantidade de gente para dar palpite que a gente termina levando muito mais tempo.
Mas de qualquer forma, Geraldo, eu vou lhe contar uma coisa, eu agradeço a Deus sempre pelo seguinte: eu era contra a reeleição, porque eu sempre tive medo do segundo mandato, eu sempre achei que o segundo mandato era uma coisa muito difícil. Eu tinha um pouco a experiência do Presidente Fernando Henrique Cardoso, mas Deus me deu uma luz que foi fazer o PAC. O PAC era para ter sido lançado em 2006, antes das eleições. Um amigo meu é que me disse o seguinte: "Lula, não lance o PAC agora, porque senão será confundido com uma peça de campanha eleitoral, deixe passar as eleições que você vai ganhar seu PAC". E eu deixei para lançar no dia 22 de janeiro de 2007, graças a Deus.
O PAC hoje está obrigando que governo federal, governo estadual e os prefeitos trabalhem mais do que já trabalharam em qualquer outro governo da sua vida. E isso é uma coisa extraordinária, porque agora quando chegar 2010, eu vou fazer um outro PAC de 2010 a 2014. Eu nem sei quem vai ser o presidente, nem sei, mas eu quero que ele tome posse com uma prateleira de projetos aprovados, para que ele não tenha que perder um ano e meio, dois anos de tempo, fazendo projetos.
Eu vou deixar o Brasil muito mais preparado, do que o Brasil que eu recebi.
Jornalista: Sempre que o senhor vem aqui e, o senhor tem vindo muito, aí aparece alguma informação, algum boato: "o que o Lula quer?" "Lula vai ser candidato ao senado por Pernambuco?" Em algum momento isso passou pela sua cabeça?
Lula: Não, não passou Geraldo. Porque quando eu deixar a presidência... Eu não acho que um Presidente da República tenha que imediatamente voltar para a política. Eu acho que ele tem que ficar fora, tem que fazer uma reflexão. Eu não tenho vontade de ser deputado, não tenho vontade de ser senador. Não me passa pela cabeça isso. Eu fui deputado durante quatro anos. Não gostei da experiência. E pelo que eu estou vendo no Senado agora, deve ser muito mais difícil do que na Câmara, porque as pessoas brigam muito no Senado. Então eu estou... Eu não estou pensando em voltar para a política não. Eu acho que Deus já me deu a glória de ser Presidente da República, não é qualquer um que chega lá. Eu acho que agora, ao sair, eu tenho que ensinar como é que se comporta um ex-Presidente da República: nunca dar palpite sobre o futuro presidente. Nós temos que entender que se o povo elegeu, o povo tem que deixar ele trabalhar, porque ele não pode ser medido por um mês ou por dois meses, ele tem que ser medido pelo mandato dele.
Jornalista: O senhor acha que o Fernando Henrique está falando demais?
Lula: Eu acho que tem presidente que fala demais. Eu, sinceramente, quero dar esse exemplo. Sabe, eu quero deixar... Se for o meu candidato ou se for o adversário que ganhe, eu quero que eles governem sem me meter. E aí eu vou pensar o que eu vou fazer da vida. Eu sou muito jovem ainda. Só tenho 63 anos. Quando eu deixar a presidência vou ter 65 e, um pernambucano que não morre até os cinco anos de idade, chega aos 65 anos com a potência de um jovem de 30.
Jornalista: Para encerrar, um pouco de reforma política. Tem hoje uma questão levantada nos jornais de que, até para prestar uma homenagem ao ex-deputado Clodovil, eles estão pensando em colocar em votação, fazer um plebiscito, aliás, sobre uma diminuição do Congresso Nacional. O parlamento... O deputado, por exemplo... A Câmara diminuiria de 513 para 250. Isso é viável?
Lula: Primeiro, eu não acho que isso resolva o problema. Não acho que isso resolva o problema. Nós temos países menores do que o Brasil que têm mais deputados do que o Brasil. Veja, não era o meu papel, mas eu estou tentando neste meu mandato inteiro falar da reforma política, pedi para o presidente da câmara mandar, pedi para os líderes dos partidos mandarem, ou seja, na medida em que ninguém mandou, nós mesmos fizemos no governo federal, alguns pontos de reforma política e mandamos para o presidente Temer e para o presidente Sarney. O que nós precisamos é de uma reforma política. Não é diminuir o número de deputados. Porque eu acho que nós temos que ter uma representação em que cada estado se sinta confortável com o grupo de representantes que tem lá.
Ora, se diminuir resolvesse o problema, eu queria que tivesse dez, só. Mas não resolve o problema. O que nós precisamos é ter uma boa reforma política, valorizar os partidos políticos, fazer com que cada deputado eleito saiba que ele foi eleito por uma legenda e, portanto, ele tem que respeitar aquela legenda. Quando a direção do partido tomar uma decisão, ela tem que ser cumprida pelos parlamentares.
Fazer com que o financiamento seja público. É importante o povo saber que fica mais barato a União pagar o equivalente a cada eleitor, do que você permitir que os candidatos façam uma verdadeira ciranda, pegando dinheiro com empresário daqui, fazendo caixa dois dali. Ou seja, precisa acabar com isso e para isso é melhor, é mais sadio, a gente criar um fundo partidário, ou melhor, fazer com que a eleição seja financiada pelo dinheiro público. É muito mais barato para o Brasil, é muito mais honesto e o Estado tem condições de fiscalizar.
O partido do Geraldo Freire vai receber tanto de dinheiro para fazer a campanha. Ele sabe quanto custa a propaganda, quanto custa... Se perceber que há suspeição de que o Geraldo está gastando mais, mete uma fiscalização no Geraldo, no partido do Geraldo, obviamente.
Jornalista: Presidente, muito obrigado. Não me deixe com saudade, não, porque dói mais do que saudade de mulher.
Lula: Geraldo, deixa eu dizer para você... Eu estou aqui em Pernambuco hoje, eu vim aqui em Pernambuco, você sabe que eu vou a Vitória de Santo Antão para inaugurar uma grande fábrica da Sadia. E eu acho extraordinário que uma empresa do porte da Sadia venha inaugurar uma fábrica que vai gerar 1.500 empregos em Vitória de Santo Antão. Por que eu acho isso extraordinário? Porque significa que o Nordeste está ganhando credibilidade por uma coisa simples: porque o Brasil está descobrindo que o povo nordestino virou consumidor. O povo está comendo carne, o povo está comprando roupa, o povo... Há um tempo desses fui em um jantar com um monte de empresários e alguém estava se queixando que as vendas dele estavam caindo lá em São Paulo e um cidadão que tem um shopping aqui em Pernambuco falou: "Pois se quiser ganhar dinheiro vá aplicar no Nordeste, porque lá o meu shopping está crescendo 27% ao ano". Ou seja, o povo está comprando cada vez mais.
Então eu vim aqui porque eu acho simbólico, nesse momento em que só se fala em crise, vir inaugurar uma empresa que custou, acho que uns US$ 300 milhões, US$ 350 milhões, e uma empresa que vai gerar 1.500 empregos. E por detrás dessa empresa, obviamente que vêm outras empresas, vem escritório, vem hotel. Ou seja, por isso que eu acho extraordinário. Por isso que eu estou aqui. Além de participar da inauguração do trecho do metrô, mas sobretudo essa fábrica para mim é muito importante. Porque é o Nordeste, é o Nordeste crescendo, é o Nordeste se desenvolvendo.
Eu só quero estar vivo para daqui uns 15 anos vir ver como é que está o Nordeste brasileiro depois de todas essas obras que nós estamos fazendo no Nordeste.
E eu quero terminar dizendo para você que quando eu for visitar a transposição do São Francisco e quando eu for visitar a Transnordestina, eu quero que Vossa Excelência leve esse microfone e vá comigo fazer o programa de lá.
Jornalista: Eu estarei presente.
Lula: Conversando diretamente com os trabalhadores, para você ver que vai aumentar sua audiência.
Jornalista: Presidente, muito obrigado. Obrigado.
* Com informações do site da Presidência da República
CHILENOS RIEM DA GEOGRAFIA ENSINADA PELO TUCANALHAS DE SÃO PAULO
"Jeografya vrazileña"
Miércoles 18 de marzo de 2009
ANIMUS
"Jeografya vrazileña"
Más que fe de erratas, la Secretaría de Educación del estado de Sao Paulo, Brasil, debería enviar una "fe de horrores" para aclarar los groseros errores contenidos en un texto escolar, distribuido en forma gratuita en la red pública de colegios paulistas.
Los autores del libro -destinados a alumnos de 12 y 13 años- decidieron rehacer la labor de Simón Bolivar y, simplemente, renovar los actuales límites de Sudamérica. Así, decidieron realizar un enroque entre Uruguay y Paraguay quedando este último con salida al Atlántico. Además, crearon un segundo Paraguay y lo instalaron en la parte sur de Bolivia, país que se redujo notoriamente y que, lamentablemente, ni siquiera en este entuerto le tocó alguna playita. Peor le fue a Ecuador que de un plumazo fue eliminado del mapa al igual que una parte de Colombia.
El periódico Folha de Sao Paulo informó que la Secretaría de Educación no cambiará el libro -también con numerosos errores de ortografía-, pues ya orientaron a los profesores para que expliquen las correcciones a sus alumnos.
La confección del texto estuvo a cargo de la Fundación Vanzolini, que se defendió señalando que el material fue elaborado por profesores de geografía propuestos por las autoridades educacionales de Sao Paulo. ¡Buena la caipiriña!
Fonte: http://www.lanacion.cl/prontus_noticias_v2/site/artic/20090317/pags/20090317213358.html
Quando um homem dá conselho sentimental
Caro Roberto,
Espero que possa me ajudar.
Peguei meu carro e saí pra trabalhar, deixando meu marido em casa vendo televisão, como sempre. Rodei pouco mais de 1km quando o motor morreu e o carro parou. Voltei pra casa, para pedir ajuda ao meu marido.
Quando cheguei, nem pude acreditar, ele estava no quarto, com a filha da vizinha!
Eu tenho 32 anos, meu marido 34, e a garota 22. Estamos casados há 10 anos, ele confessou que eles estavam tendo um caso há 6 meses.
Eu o amo muito e estou desesperada.
Você pode me ajudar?
Antecipadamente grata.
Patrícia
RESPOSTA
Cara Patrícia
Quando um carro pára, depois de haver percorrido uma pequena distância, isso pode ter ocorrido devido a uma série de fatores. Comece por verificar se tem gasolina no tanque. Depois veja se o filtro de gasolina não está entupido. Verifique também se tem algum problema com a injeção eletrônica. Se nada disso resolver o problema, pode ser que a própria bomba de gasolina esteja com defeito, não proporcionando quantidade ou pressão suficiente nos injetores.
Espero ter ajudado.
Roberto.
domingo, 22 de março de 2009
Caso Luis Fernando Corrêa
Nesse sentido:
"No juízo criminal, o reconhecimento da inocorrência do fato ou da não- autoria elide a reparação civil por ato ilícito. A atipicidade da conduta não afasta a responsabilidade civil. (STJ, 1ª Turma, REsp 390.728/GO, Rel. Ministro Humberto Gomes de Barros, DJ 15.12.2003, p. 188.)
Segundo o jornal, "informado sobre as acusações, o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse à revista, por meio de sua assessoria, que confia nas decisões judiciais".
Todavia, se a decisão não contiver esse conteúdo, se o processo foi extinto por motivo diverso, abre-se acesso à Justiça para que a cidadã, vítima de abusos por agentes do Estado, almeje indenização por danos morais contra a União.
Márcio Lacerda de Araújo
Brasil vai superar a crise, diz Dilma
Brasil vai superar a crise, diz Dilma
Agência Brasil
RIO - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou neste sábado, durante seminário promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT), no Rio de Janeiro, que o Brasil tem todas as condições para sair da crise internacional melhor do que qualquer outro país do mundo.
- Temos que aproveitar essa oportunidade e concentrar nossos esforços nisso.
O programa habitacional brasileiro que o governo anunciará na próxima semana faz parte do esforço governamental de superar a crise pela inclusão social. Com o pacote, o Palácio do Planalto pretende reduzir o déficit de habitações no país, permitindo que a população de baixa renda tenha acesso à casa própria, e criar novos empregos no setor da construção civil.
De acordo com Dilma, o crescimento econômico nacional não será tão pujante neste ano, mas ressaltou não haverá recessão no país.
- É essa a grande convicção do governo. O Brasil tem condições melhores para enfrentar a crise. Acho que temos condições de ser um dos primeiros a sair [da crise].
Segundo a ministra, a maior possibilidade de recuperação será vista a partir do segundo semestre, quando começarão a ser observados os resultados das medidas que vêm sendo tomadas agora pelo governo.
- Creio que o Brasil será um dos poucos países do mundo a ter taxas positivas de crescimento.
Para isso, o governo tem um lastro importante, que inclui um nível de reservas elevado, uma margem de manobra de reservas para reduzir os juros sem comprometer a estabilidade e o combate à inflação, além do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A ministra afirmou que todo o esforço do governo daqui para frente será para transformar o PAC num programa que não trabalhe apenas em turno único, mas que tenha até três, quando for possível, visando à geração de emprego.
Com o lançamento do programa de um milhão de moradias, reiterou a ministra, será dado um importante apoio para a geração de emprego e renda na indústria da construção civil .
Dilma também lembrou que o governo tomou medidas para incentivar o crédito e enfatizou que os bancos públicos podem atuar como suporte às empresas brasileiras. Ela descartou a possibilidade de o governo vir a criar uma comissão ou câmara especial para a gestão da crise:
- Quem gere a crise é todo o governo, 24 horas por dia, todos os dias da semana, 365 dias no ano. Essa é uma função precípua deste governo.
A concepção de desenvolvimento do governo brasileiro fortalece o mercado interno, destacou a ministra. O país, assinalou Dilma, vai sair da crise fortalecendo ainda mais o mercado doméstico, aumentando a inclusão social e garantindo que o povo tenha renda.
- Na verdade, o grande fator antíciclico é a capacidade de consumo da nossa população, quando ela tem emprego e renda e acesso a condições de vida melhor.
O QUE VOCÊ NÃO VIU NA TABULAÇÃO DA PESQUISA DO DATAFOLHA, VOCÊ VÊ AGORA NA D...
Enviado para você por Márcio através do Google Reader:
Desde ontem estou escrevendo esta postagem e, até agora, estão sendo publicadas várias pesquisas, tanto em nível nacional quanto estadual, afinal, a pré-campanha promovida pelo Partido da Imprensa Tucana, o PITU, segue em ritmo acelerado.
Mas hoje, gostaria apenas de tratar de um aspecto em particular da pesquisa do Datafolha, que já foi, inclusive, questionada na blogosfera pelo emprego de uma nova metodologia para apurar a popularidade do Presidente Lula, onde, supostamente, é reduzido o peso das informações do nordeste e aumentado os da região sul, onde a resistência anti-lulista ainda é muito intensa.
Antes, contudo, um pequeno esclarecimento acadêmico:
Inferência estatística: é um importante ramo da Estatística que tem por objetivo fazer afirmações sobre um conjunto de valores representativo (amostra) de um universo. Tal tipo de afirmação deve sempre vir acompanhada de uma medida de precisão sobre sua veracidade. Para realizar este trabalho o estatístico coleta informações de dois tipos, experimentais (as amostras) e aquelas que obtém na literatura. As duas principais escolas de inferência são a inferência freqüentista (ou clássica) e a inferência bayesiana.
Pois bem, agora que vocês já têm conhecimento do conceito, sinto me à vontade para fazer inferências sobre os dados apresentados pelo Datafolha, sem que seja acusado de fazer proselitismo ideológico ou partidário a favor de Dilma Roussef, mas sim, de apresentar aos leitores deste Língua de Trapo a factualidade estatística, pois o Instituto Data Língua, entidade verdadeiramente sem fins lucrativos, não costuma engolir, facilmente, os contorcionismos estatísticos e a suposta isenção dos institutos de pesquisa.
- Mas do que você está falando o seu Língua?
O que estou dizendo é que a estatística nem sempre é utilizada para modelar a aleatoriedade e a incerteza de forma a estimar ou possibilitar a previsão de eventos futuros, mas sim, para determiná-los, como mera peça de persuasão ou convencimento, cujos fins estão posicionados, claramente, ao arrepio da moral e da ética.
Infelizmente isso é o que vemos acontecer, com enorme frequência, nos temas que envolvem os interesses políticos e as disputas partidárias, que são objetos de nossa análise, mas, que se estende também por outros segmentos, principalmente os que tratam de interesses comerciais em última instância. Ou será que ninguém nunca ouviu dizer num comercial de teve aquele clichê básico: os testes comprovam!
Quero reiterar que não sou Estatístico de formação, apenas um Administrador de Empresas que, digamos assim, pelo zelo que guarda pelo exercício proficiente de sua profissão estudou, com afinco, esta disciplina durante sua graduação. E tem mais, este Língua de Trapo, diante de uma contingência acadêmica, andou até lecionando esta disciplina por quatro semestres consecutivos e, acho que me saí até bem.
Feitas todas estas considerações e as respectivas massagens no meu ego, agora vamos ao que interessa.
Não é preciso ser entendido em estatística para saber qual será a resposta mais frequente ao se perguntar para uma dona de casa qual seria a melhor esponja de aço. É claro que a resposta nem é preciso dizer e, assim se faz nas pesquisas de intenções de voto, onde políticos com extrema exposição na mídia são dados como preferência do eleitorado, mesmo que não sejam, do ponto de vista da qualidade, lá essas coisas, ou tenham um substituto à altura. O que é, certamente, diferente da esponja de aço citada, pois ela ainda é líder de mercado. É o que se chama de derivação imprópria em análise morfológica.
Mas a minha proposta aqui é justamente atenuar este efeito da exposição do candidato e, oferecer ao leitor uma visão mais crítica dos dados disponíveis na nota técnica disponibilizada pelo Datafolha.
O que temos à mão é o seguinte:
Pergunta-se, ainda, se o entrevistado conhece o(s) nome(s) da lista para efeito de se estabelecer o grau de conhecimento pelo público do nome oferecido.
Depois de feita esta opção, pergunta-se ao entrevistado o grau de conhecimento ou certeza que ele tem sobre a escolha feita, que se divide assim: Bem informado; mais ou menos informado ou mal informado sobre o nome escolhido.
Não há nenhuma invenção em minha análise, apenas estabelecerei uma correlação entre o grau de conhecimento do público em relação ao nome pesquisado e a intenção de votos declarada na pesquisa, além, claro, de estratificar estes resultados nos três grupos mencionados anteriormente, ou seja, o dos bem informados, dos mais ou menos informados e dos mal informados, e, também, de uma posição consolidada. Confira na nota técnica em destaque, os trechos que embasam a nossa análise.
José Serra é o provável candidato à Presidência mais conhecido pelos brasileiros: 95% dos entrevistados afirmam conhecê-lo, mesmo que apenas tenham ouvido falar do tucano. Desses, 39% se dizem bem informados, 43% se consideram mais ou menos informados e 13% se dizem mal informados a respeito de Serra.Ciro Gomes vem em segundo lugar nesse aspecto: 86% dizem conhecê-lo. Consideram-se bem informados a respeito do socialista 17%; mais ou menos informados são 44% e, mal informados, 24%.Dizem conhecer a fundadora do PSOL, Heloísa Helena, 72%, dos quais se dizem bem informados a respeito de sua trajetória 16%, mais ou menos informados, 36%, e, mal informados, 20%.Aécio Neves é conhecido por 62%, dos quais 13% se consideram bem informados a respeito do tucano. Um terço (30%) se diz bem informado e 19% se consideram mal informados sobre ele. Entre os que moram na região Nordeste, a taxa dos que declaram conhecer Aécio é de 49%.Dilma Rousseff é a provável candidata à Presidência menos conhecida pelos brasileiros: 52% afirmam ter conhecimento da existência ministra da Casa Civil, percentual similar ao dos que dizem não conhecê-la (48%). Dos que conhecem, 12% se dizem bem informados, 24% mais ou menos informados e 16% mal informados a respeito dela. Entre os brasileiros que moram na região Sul a taxa dos que dizem conhecê-la chega a 60%.
Partindo dessa premissa, apresento o quadro abaixo contendo a correlação entre o grau de conhecimento do pesquisado pelo público e a intenção de voto declarada. Obtendo-se a razão entre os dois números, têm se o que vou definir, para efeito desta investigação, como o índice de aproveitamento de votos pelo candidato, com base no conhecimento do seu nome pelo público pesquisado.
Com base nessa forma de apresentação dos dados estatísticos, pode-se inferir que houve significativa alteração na classificação de intenção de votos, o que poderíamos chamar, também, de eficiência eleitoral. Demonstra, ainda, o índice de rejeição do candidato, de forma espontânea, sem que haja indução do entrevistado.
Neste tipo de pesquisa, o índice de rejeição também é apurado com base técnica de estimulação que, associado ao grau de exposição do pesquisado na mídia, com notícias favoráveis ou não e, combinando, ainda, com seu histórico na vida pública, induz, na maioria das vezes, que o pesquisado faça a opção com base nestes critérios. É a estatística a serviço do assassinato de reputações, ou da formação dos estereótipos que tanto a mídia gosta de explorar.
Vejamos então o primeiro quadro:
Vê-se, claramente, uma aproximação mais acentuada de Dilma Roussef, que ficaria em segundo lugar, seguida por Aécio Neves, Heloísa Helena e Ciro Gomes, embora Serra mantenha-se em primeiro lugar e, com um discreto aumento no seu índice de intenção de votos em relação ao cenário 5 do Datafolha.
Mas esta situação não persiste quando aplicamos o primeiro filtro, onde se compara a resposta dos entrevistados que se dizem bem informados sobre o candidato escolhido.
E é com base nestes mesmos estratos criados pelo Datafolha que fica evidente a disparidade entre a intenção nominal de votos, registrada no Cenário 5 com a intenção relativa, ou seja, aquela que parte do princípio da proporcionalidade e, que considera a ponderação como um fator crucial para eliminar o efeito "dois pesos e duas medidas" comum neste tipo de levantamento e, conseqüentemente, poder enxergar algo relevante do ponto de vista estatístico.
E é justamente neste segmento, onde eleitores pesquisados dizem que conhecem bem os candidatos que a situação se inverte, literalmente e, José Serra deixa a folgada primeira colocação para figurar em terceiro, logo após Dilma Roussef, sendo que Aécio lideraria, com Ciro Gomes em 4o. lugar e Heloísa Helena em último.
Pode-se, então, inferir que quem conhece bem José Serra não vota nele, ou ainda, que este tipo de eleitor seria aquele mais politizado e não suscetível ao Partido da Imprensa Tucana, que só adula os seus representantes e esfola a concorrência.
A verdade sobre Serra começa então ser revelada ao entrarmos no estrato dos "mais ou menos informados", onde percebemos o quanto ele se distancia dos demais concorrentes, conforme pode ser aferido no quadro abaixo.
A verdade sobre Serra começa então ser revelada, basta entrarmos no estrato dos "mais ou menos informados" que percebemos o quanto ele se distancia dos demais concorrentes, conforme pode ser aferido no quadro abaixo.
Chegou à hora da verdade, pode-se inferir, com toda propriedade que a estatística nos permite, que José Serra é o candidato dos ludibriados, aqueles que prestam atenção em tudo que o Partido da Imprensa Tucana, o PITU, produz de informação. E só estou chamando isto informação para não delongar por demais este post. Confira no quadro a seguir.
José Serra vale-se do esquecimento nacional, aquele que faz o povão esquecer que ele fez parte do desastroso governo de FHC, dos escândalos das ambulâncias, da Aston, do buraco do metrô, da polícia corrupta, do PCC controlando o sistema prisional paulista, das apostilas com dois Paraguai, do Prefeito ladrão de merenda escolar, enfim, de uma infinidade de catástrofes na gestão da coisa pública. Podemos chamá-lo de o candidato Bombril, sempre lembrado nas intenções, mas nem sempre é o que a dona de casa compra no supermercado.
O PSDB ainda vai se arrepender, embora eu não me importe com isso, de ter praticamente preterido Aécio Neves na sucessão Presidencial de 2010, pois esta tabulação indica que ele é muito mais promissor do que José Serra.
Ciro Gomes e Heloísa Helena, por sua vez, fazem o papel dos candidatos estereotipados, aqueles que carregam consigo a fama de falastrões despirocados, porra loucas, ou coisas do gênero, pois é essa a imagem que a mídia tucana faz dos dois, embora Ciro Gomes carregue no seu currículo o DNA tucano de Tasso Jereissati e, Heloísa Helena, quando se dispõe a malhar o PT e o Presidente Lula, sempre é posta sob os holofotes, mas só isso.
Por fim, nossa heroína, Dilma Roussef, que já demonstrou, vigoroso e consistente crescimento, desde quando o seu nome foi inserido pela primeira vez numa lista de pesquisa, não decepciona submetida à esta mesma metodologia de comparação.
Devo enfatizar que o que foi apresentado até agora são inferências estatísticas e não os contorcionismos que o Partido da Imprensa Tucana, às avessas da racionalidade matemática e, na maioria das vezes, à revelia da moral e da ética, pratica costumeiramente.
Bom domingo para todos,
Coisas que você pode fazer a partir daqui:
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Diretor da PF foi acusado de torturar empregada doméstica
Essa postagem foi copiada do Blog do Thalera (http://www.thaleramendes.blogspot.com/)
o qual eu indico a leitura e o coloco na minha lista de favoritos
A seguir o post:
O policial e a doméstica
20/03/2009 12:02:28
Leandro Fortes, de Alvorada (RS), na Carta Capital
A máquina de moer reputações acionada dentro da Polícia Federal para punir o delegado Protógenes Queiroz tem funções seletivas. Desde a prisão do banqueiro Daniel Dantas, em julho de 2008, a cúpula da PF dedica-se integralmente a tentar indiciar criminalmente Queiroz, acusado de vazamentos e práticas ilegais durante a Operação Satiagraha. Mas nem todo mundo recebe o mesmo tratamento. A Corregedoria-Geral da PF, órgão responsável por investigar os crimes cometidos por policiais federais, arquivou, sem publicidade nem vazamentos, em 29 de janeiro, um processo de tortura supostamente praticada por ninguém menos que o delegado Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da instituição.
Corrêa foi acusado de deter ilegalmente e torturar, à base de chutes, pauladas, socos e eletrochoques, a empregada doméstica Ivone da Cruz, em 21 de março de 2001, nas dependências da Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Ivone, então com 39 anos, trabalhava na casa de uma mulher identificada apenas como Ocacilda, também conhecida pelo apelido de “Vó Chininha”, avó da mulher do delegado, Rejane Bergonsi. Presente durante um assalto à casa da patroa, Ivone acabou apontada como suspeita de cumplicidade com os criminosos, embora nenhuma prova ou evidência tenha sido levantada contra ela até hoje. Corrêa era, então, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da PF em terras gaúchas.
Embora o combate ao tipo de crime cometido na casa de Vó Chininha, então com 90 anos, seja de competência exclusiva das polícias estaduais, Corrêa achou por bem tomar as dores da família, logo depois de avisado do assalto pela mulher, por telefone, na manhã do dia 20 de março de 2001. Sem autorização ou mandado judicial, o delegado atropelou a autoridade da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e colocou uma equipe da DRE no encalço de Ivone da Cruz, na manhã do dia seguinte. A empregada foi encontrada em casa, um barraco no fundo da residência de uma amiga, num bairro de Alvorada, município pobre e violento da Grande Porto Alegre. Estava em companhia dos quatro filhos, todos menores de idade.
Para ler a matéria inteira, clique aqui ... Vale a pena e é revoltante!!! O Delegado Paulo Lacerda foi deposto da PF por muito menos!!! Luiz Fernando Correa tem que ser preso, deposto e ir a juri popular!!!
Postado por Thales
quarta-feira, 18 de março de 2009
Inclusão Digital é urgente
Desde 1998, período em que o setor de Telecomunicações vigente foi desfeito, dando espaço a Telecomunicação privada, o Sistema público deixou de existir da maneira como o conhecíamos. Desde então, percebeu-se uma grande evolução nos segmentos de telefonia fixa e móvel, mas ficou constatado também que as regiões mais longínquas e pobres mantiveram-se marginalizadas desse processo. Num mundo digital e globalizado, temos milhares de pessoas que não conhecem sequer o que venha a ser um computador ou a internet.
Questiono os motivos pelo qual o governo federal não levou adiante a idéia genial de reativar a empresa pública TELEBRÁS, divulgada pelo Exmo Ministro das Telecomunicações Hélio Costa, em 2007. O projeto consistia na utilização de 16mil km de fibras ópticas da falida ELETRONET e na gestão dos recursos do FUST (fundo de universalização dos serviços de telecomunicações). Isso representaria uma economia mensal de milhões de reais ao governo federal e uma política finalmente igualitária e homogênea de inclusão digital e acesso a computadores a toda população brasileira (e não somente àquelas economicamente lucrativas). Significaria também uma questão estratégica de segurança nacional (monitorizarão de fronteiras, lançamento de satélites,...) e uma necessidade mundial em manter uma empresa nacional dentro deste setor.
Tenho plena convicção que a Sra. Dilma, mãe do PAC, olha com muito carinho, com muita atenção, este setor ainda tão carente e mal distribuído. Realmente gostaria de ouvir por parte dela a continuidade das bonitas idéias lançadas pelo nosso Exmo Ministro Hélio Costa. Porque sonhar não custa nada, principalmente quando percebemos possibilidades de realizá-los... Escrito por Dr. Jairo Maia, MD - Medicina Interna e Cardiologia - jairomaia@hotmail.com
NOTA DO EDITOR:
Todo cidadão, como o Dr. Jairo Maia será bem tratado pela Equipe do BLOG DA DILMA, que deseja mudar a forma de analisar a política brasileira. Se você desejar que sua contribuição seja publicada, envie para nós: desabafobrasil@oi.com.br
Postado por DANIEL PEARL
Fonte: http://dilma13.blogspot.com/
terça-feira, 17 de março de 2009
Nordeste na rabeira da inclusão digital
Ainda de acordo com a pesquisa, em todo o país, a penetração de banda larga para cada cem habitantes subiu para 5,16% em dezembro, contra 4,6% em junho de 2008. Em São Paulo, esse número ficou em 9,12%.
Na divisão por regiões, o Sul tem 6,61%, Sudeste tem 6,24%, Centro-Oeste tem 5,49%, Norte tem 2,96% e Nordeste, 1,09%. A título de comparação na América Latina, o Chile ficou com 8,5%, seguido da Argentina (7,8%) e Uruguai (6,5%).
As residências brasileiras com internet rápida respondem por 88,6% das conexões fixas, enquanto no mercado móvel o ambiente doméstico tem 72% do total.
Fonte: G1
O texto acima adaptado pelo Blogueiro demonstra como a Região Nordeste tem o pior resultado da pesquisa, EM QUALQUER PARÂMETRO QUE SE USE.
Urge entrar na pauta dos governantes a inclusão digital na nossa região, para não ficar mais atrasada do que já o é.
MLA
Patrus apresenta Bolsa Família ao Conselho da OIT
A palestra do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, ocorrerá às 10h30 (horário local, 5h30 em Brasília), durante a sessão do Comitê de Emprego e Política Social na sede da entidade, em Genebra, na Suíça.
Os representantes do Conselho consideram que o Bolsa Família - que beneficia 11 milhões de famílias em todos os Municípios brasileiros - tem desenho inovador, grande cobertura e impacto social e econômico.
Na quinta-feira (19), a secretária nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Lúcia Modesto, explicará mais detalhadamente o funcionamento do programa de transferência condicionada de renda aos técnicos de diversos departamentos e unidades da OIT (previdência social, saúde, emprego e renda, trabalho infantil, salários, gênero e informalidade).
Além da palestra, o ministro Patrus terá audiências com o diretor geral da OIT, Juan Somavía, e diretores das áreas de Proteção Social, Parcerias e Seguridade Social. O objetivo é discutir uma agenda futura de cooperação entre Brasil e a entidade. É a primeira vez que o ministro da área social brasileira participa de um evento da Organização.
A OIT é dirigida pelo Conselho de Administração, que se reúne três vezes por ano, em Genebra. Ele é formado por 56 membros titulares dos 178 Estados Membros da OIT, e inclui 28 representantes de governos, 19 representantes de organizações de empregadores e 19 de organizações de empregados. Trata-se do órgão diretivo e executivo de mais alto nível da OIT, que delibera e adota decisões acerca da política, do programa e do orçamento da Organização, determina a ordem do dia da Conferência Internacional do Trabalho, que ocorre anualmente em junho, no mesmo local, e elege o diretor geral.
Dez dos postos governamentais do Conselho são ocupados permanentemente pelos países de maior importância industrial (Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos da América, França, Índia, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia). Os representantes dos demais países são eleitos a cada três anos.
Fonte: Site do Partido dos Trabalhadores
Gilmar Mendes se irrita com a imprensa
A reportagem é longa, mas merece ser assistida para ver a irritação do Supremo Presidente.
MLA
olhem o link
Gilmar Mendes - Agenda de hoje
Agenda do presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, para esta terça-feira (17)
…….
18h30 - Recebe os senadores José Agripino Maia (DEM-RN), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Sérgio Guerra (PSDB-PE), e o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ). Local: Gabinete da Presidência.”
O Choro da Inocência
"Pela minha janela vejo os restos de um dia que foi um todo, o verde mesclado a carvão em chamas, o choro de tudo que é tão inocente, que não tem voz para pedir socorro, fazer suas súplicas ou implorar por um último pedido. Vejo o vazio de todos os desaparecidos, o barulho infernal das máquinas de fazer morte, a ignorância daqueles que não sentem a dor de suas vítimas.
Por que será que eles nunca entendem, que o sangue que pulsa lá fora é tão vermelho quanto o sangue que pulsa em nós? A natureza grita histericamente, aos ouvidos das poucas pessoas sensíveis que ainda restaram entre os escombros do que se pode chamar de humanidade, embora pareça que só eu possa escutar, todo aquele barulho.
O que ganhamos em troca queimando, arruinando, desmoronando o passado para construirmos nosso futuro em cima? Com certeza os alicerces são muito fracos, e, mais cedo ou mais tarde, a obra irá cair aos pedaços, e nós iremos junto com ela.
Silenciosa, a natureza espera o dia do acerto de contas e irá responder com fúria às perguntas que nunca tivemos sequer a chance de perguntar, porque tempo é dinheiro e nós nunca paramos. Somos os filhos do trabalho, escravos do relógio, e esquecemos, que o tempo foi feito para o homem, e não o homem para o tempo, mas a paciência é a maior virtude dos fracos e a força, um dom inexplicável dos calados.
Vejam vocês tudo o que eu vejo agora, em cada janela do mundo. Sei que essa pintura se repete, que meu pesadelo é uma realidade concreta, que os pintores desse horrível quadro ainda não finalizaram sua obra de arte, de tão perfeito mau gosto. Quem nunca ouviu o choro de um ser na hora da morte, não é capaz de entender o que é a vida."
Rayssa Pessoa Montenegro
segunda-feira, 16 de março de 2009
Mais uma BOA NOTÍCIA
Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Banco Central (BC) transferiu hoje (9) ao Tesouro Nacional R$ 185,35 bilhões, resultado dos lucros obtidos pela instituição no segundo semestre de 2008, de acordo com balanço aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 19 de fevereiro.
O valor transferido é fruto do lucro contábil de R$ 10,2 bilhões, obtido pelo BC, entre julho e dezembro de 2008, adicionado ao resultado positivo apurado no carregamento das reservas internacionais e nas operações de swap (troca), que geraram ganhos de R$ 171,4 bilhões, além da remuneração dos resultados de 1º de janeiro para cá.
Os números foram divulgados em nota do BC, segundo a qual “os recursos repassados darão ao Tesouro Nacional mais tranqüilidade na política de gestão da dívida pública, na conjuntura atual de turbulência nos mercados”.
A nota do BC acrescenta que “o resultado é mais uma demonstração do acerto da política de acumulação das reservas internacionais e reflete a solidez fiscal do país. A combinação das políticas macroeconômicas fortaleceu as condições internas para enfrentar momentos de maior adversidade econômica”. Ao contrário de passado recente, segundo a autoridade monetária, quando a escassez de divisas era fonte permanente de vulnerabilidade.
Fonte: Agência Brasil
Uma BOA NOTÍCIA
Lá, tem uma categoria chamada "As Melhores Notícias da Semana" (http://brasil.melhores.com.br/as-boas-not%C3%ADcias-da-semana/).
O site é uma boa dica como o todo.
Crise? Já tô cansado dessa palavra
Coteminas quer sair da crise e contrata trabalhadores
Samuel Nunes
Repórter
Xu Medeiros
Foto
De acordo com o Sindicato dos trabalhadores da indústria têxtil de Montes Claros, a fiação, um dos principais setores da empresa Coteminas está voltando às atividades depois de um longo período de paralisação. Segundo Maria Eliane Ferreira Santos, diretora da entidade, a notícia vem em um momento, onde a crise mundial tem desestabilizado vários segmentos da economia.
Entretanto, a sindicalista, afirma, que os reflexos da crise, pelo menos momentaneamente, não atingiu o setor de fiação.
- Recentemente a direção da Coteminas anunciou a recontratação de mais de 300 trabalhadores da fiação. O setor de fiação paralisou as atividades entre 2007 e 2008 deixando vários trabalhadores sem o emprego. Somente no sindicato da categoria fizemos mais de 600 homologações trabalhistas naquele período - lembra.
REFLEXOS
Maria Eliane Ferreira Santos diz que o setor na cidade vivenciou um momento difícil, pois as rescisões feitas pelo sindicato representaram reflexos mais que negativos para a economia da cidade, já que um grande número de trabalhadores dependia do grupo Coteminas para tirar o sustento da família.
O setor de fiação foi um dos mais massacrados nos últimos dois anos, onde férias coletivas foram concedidas, demissões ocorreram, além da crise mundial e a tragédia das chuvas em Santa Catarina, principal mercado consumidor do país que obrigou a direção da empresa a demitir vários operários.
CONTRATAÇÕES
A sindicalista chama a atenção para um detalhe considerado como importante, que diz respeito às contratações. A diretora do Sindicato dos trabalhadores da indústria têxtil de Montes Claros, revela que além das recontratações podem acontecer também contratações neste setor, o que é extremamente positivo.
O setor de fiação voltará a ser acionado.
Frisa que até o momento informações que chegam ao sindicato da categoria dão conta que 300 vagas foram abertas na fiação do grupo Coteminas.
- É de conhecimento de quem trabalha no meio, de que o setor de fiação de uma empresa têxtil é o mais importante, tendo em vista que é neste que a matéria-prima é transformada em fio. Em seguida tem o acabamento, que torna o fio em pano, e por fim, o setor de tintura, que é onde o pano é tingido conforme o pedido do cliente - explica.
Sobre a situação da empresa Nova Aliança que também demitiu vários trabalhadores no final de 2008, Maria Eliane afirma ter esperança de que até o mês de maio ocorra também a volta dos trabalhadores aos seus postos de emprego.
- O estoque desta empresa, que normalmente tem como destino Santa Catarina, e que continuava nas dependências da empresa já foi vendido, ou seja, aos poucos a normalidade volta à empresa, desta forma acredito que possam acontecer também admissões - finaliza a sindicalista.
Postado por Xu Medeiros no blog http://xumedeiros.blogspot.com/
domingo, 15 de março de 2009
Da Tribuna Petista
Tribuna Petista |
Governo Lula:O bolo do preconceito político murchou Posted: 15 Mar 2009 11:07 AM PDT Muito se fala - mas muito mesmo, a ponto de dar dó - que o nosso Presidente Luiz Inácio Lula da Silva é burro. É analfabeto, ignorante, iletrado e outro qualquer-adjetivo-linguístico-preconceituoso cabível. Só que na mesma proporção que é falado, é desmentido de forma categórica pelo próprio Lula e pela esmagadora parte da população brasileira. A quem realmente interessa o Brasil desenvolver, não faz diferença o uso correto de conjunções, preposições e concordância. Também não interessa uma ajuda de custo estatal no fim do mês para manter as crianças na escola - como pode parecer - e sim, a esperança de um dia voltar a ter uma esperança há muito usurpada pelo racismo, preconceito e pobreza. Lula, ao contrário do que nossa classe-média-parda-golpista espalha aos quatro ventos, é muitíssimo inteligente e sagaz. Só que os autointitulados "elite intelectual" não conseguem compreender tais predicados por ainda acharem que inteligência é igual a diploma, classe é igual formalidade e competência é igual sangue-azul. Lula joga na fuça de tal elite que a falta de um dedo, o fato de já ter sido um menino de rua ou carregado por um pau-de-arara não são "pobremas" para governar uma nação. Por mais que possa não parecer, o Brasil é claramente dividido em castas, e a casta que se diz a mais apta para levar a nação à frente é nojenta, suja e baixa. É a mesma casta que permitiu - e financiou! - o Golpe Militar de 1964. É a mesma casta asquerosa que fez uma política econômica desastrada e colocou o Brasil numa crise econômica em 1997. É a mesma casta que privatizou empresas importantes a preço de banana e ajudou seus compatriotas estadunidenses e europeus. Desde 2003, quando chegou ao poder através de uma eleição histórica e democrática, a gestão (e também a imagem) de Lula é atacada pela imprensa - que trabalha com e para a casta burguesa - bombardeando suas mentiras lavadas; o que no jornalismo é carinhosamente apelidado de factoide. Para completar o circo dos horrores, a casta burguesa - que se acha branca, mas não passa de uma cambada de pardos que renegam suas raízes - finge não saber que um país deve ser guiado para e com o povo. Povo, palavra simples, mas que a elite brasileira insiste em não entender o significado. Lula governa o Brasil a trancos e barrancos. Além de trabalhar e continuar transformando positivamente nosso país, tem que aguentar fofocas a seu respeito, jornalistas à espreita prontos para dissimular qualquer deslize em barraco e as viúvas arrogantes de Fernando Henrique Cardoso - diga-se de passagem, um dos piores presidentes que já usaram a faixa verde-amarela. Um politico que consegue sair de cabeça erguida das pesadas críticas que recebe, não é burro! Lula não faz populismo barato, como choram alguns, ele dinamiza a economia convocando a todos que façamos o bolo juntos e depois procura distribuir os pedaços, e não fugir com as melhores fatias como fizeram centenas de políticos ao longo de nossa história. Claro que o bolo feito aqui no Brasil ainda não é o mais saboroso. Mas é assim mesmo, a receita veio se aperfeiçoando com o passar dos seis anos do governo Lula. O bolo de 2008 foi melhor que o de 2003; e não tenham dúvidas que o bolo de 2009 será ainda mais farto, mesmo com uma crise estrutural no Capitalismo acontecendo pelo mundo afora. Lula mostrou à política que não é preciso discursos estruturados e repletos de palavras démodés para dar satisfação do que é feito em sua gestão: Ele usa expressões que as camadas menos favorecidas da população compreendem. Lula é um reflexo daquilo que o Brasil tem de melhor, e principalmente, daquilo que todo brasileiro de classe média deveria ao menos procurar ser, um brasileiro que acredita em seu país! Fonte: Vestiário |
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Márcio Lacerda de Araújo
Max é MÍNIMO
Ignorância sobre a Cultura Nordestina, que não se confunde, de qualquer maneira, com zoofilia ou pedofilia, coisas que podem acontecer por um desvio de conduta de um indivíduo e, no último caso, repreendido com as mais rigorosas penas.
Cultura Nordestina tem a ver com a religiosidade do povo, como a fé no Padim Cícero, com as crendices regionais, com as festas juninas, com a musicalidade que extravasa de seus inúmeros talentos, com os literatos conterrâneos, com os valores, por vezes, conservadores, mas que se expressam também pela hospitalidade e humildade de seu povo.
Cultura Nordestina, com letras maiúsculas mesmo, nada tem a ver com zoofilia ou pedofilia, portanto, ao pensar dessa forma, o Max demonstra mesmo é ignorância e soberba, esta típica dos metropolitanos que nunca saíram do asfalto, do elevador e do carro e que só têm olhos para o próprio umbigo.
Agora faço parte da torcida contra o Max. Fora Max do BBB! Vá falar besteira para seus amigos e familiares.
Márcio Lacerda de Araújo
MAX do BBB9 - preconceito contra nordestinos e pobres
Um comentário de Max que envolve questões sexuais nordestinas vem gerando polêmica e revolta fora do confinamento. Tudo começou na manhã de terça-feira (10), quando a apresentadora Ana Maria Braga conversou com os brothers sobre o caso do aborto da menina pernambucana de nove anos que foi violentada pelo padrasto.
Após o término da participação de Ana Maria no BBB - no "Mais Você", Max disse que neste caso é a favor do aborto, mas não da banalização do mesmo -, o assunto se estendeu entre os concorrentes e deu margem para outras questões. Em determinado momento, o brother Max falou: “Mas isso é uma questão de cultura também, isso acontece no Nordeste. O Nordeste tem essa coisa de fazer sexo com bicho, com animal. É uma questão cultural e acontece muito com as pessoas menos instruídas”, disse.
Ana Carolina, que participava da conversa juntamente com Naiá e Francine, discordou do brother: “Não acho que seja uma questão cultural”. Francine também deu sua opinião: “Uma coisa é a gente pensar por cima, a gente já acha um absurdo, agora imagina um filho meu”, disse, indignada.
O Babado registrou diversos e-mails e comentários de protesto contra a declaração de Max. “É impossível ver os comentários feitos pelo Max e não expressar o mais alto repúdio sobre a sua declaração, na qual ele afirma que é um costume regional praticar a zoofilia, como também os menos instruídos praticarem livremente o estupro”, comentou um internauta, que mora na região nordestina.
“Cabe à Globo esclarecer o assunto e, se for o caso, exigir retratação”, comentou um leitor.
Matéria do http://babado.ig.com.br
terça-feira, 10 de março de 2009
Mais uma de EFRAIM
JOGANDO NO LIXO DINHEIRO PÚBLICO
No recesso, Senado paga hora extra para 3.883 funcionários
Medida autorizada por Efraim Morais (DEM) em janeiro custou R$ 6,2 milhões
Senado diz que servidores trabalharam além do horário normal em janeiro para preparar uma única sessão, ocorrida no dia 2 de fevereiroO Senado pagou pelo menos R$ 6,2 milhões em horas extras para 3.883 funcionários em janeiro, mês em que a Casa estava em recesso e quando não houve sessões, reuniões e nenhuma atividade parlamentar.A autorização do pagamento foi feita pelo senador Efraim Morais (DEM-PB) três dias antes de ele deixar o comando da primeira-secretaria, órgão da Mesa Diretora responsável pela gestão administrativa.Além da hora extra, a direção da Casa concedeu reajuste de 111% no benefício. O teto subiu de R$ 1.250 para R$ 2.641,93.A Folha teve acesso ao despacho em que Efraim autorizou o pagamento de hora extra em janeiro. Com data de 29 de janeiro, o documento é endereçado a Agaciel Maia, que deixou o cargo de diretor-geral do Senado na última semana:"Tendo em vista os trabalhos realizados visando a abertura do ano legislativo, com a eleição da nova Mesa, autorizo, excepcionalmente, o registro de horas extras (...) aos servidores que efetivamente trabalharam no mês de janeiro".O único órgão responsável por organizar os trabalhos no plenário é a Secretaria Geral da Mesa. No entanto, servidores de todos os setores, incluindo gabinetes, receberam o benefício. Questionada se houve trabalho extra no período, a secretária Claudia Lyra disse que em janeiro "houve um rodízio dos funcionários".
Explicando a VEJA - DOIS
O pen drive do delegado e o jornalismo de vazamentos
Observar a revista Veja é paradoxalmente fácil e difícil a um só tempo. Fácil, porque a principal publicação semanal do país há muito se transformou em um panfleto ideológico, deixando em segundo plano o jornalismo propriamente dito. Difícil, porque muitas vezes é complicado perceber qual a exata motivação da revista em certas matérias. Pode ser uma coisa, mas também pode ser outra, e não adianta procurar a resposta nas entrelinhas ou nos recados passados ao logo do texto, a resposta só poderá ser encontrada mesmo na redação, no prédio da Editora Abril.
A reportagem publicada nesta semana (edição 2103, 11/03/09), intitulada “Sem limites”, sobre as atividades do delegado Protógenes Queiroz é um excelente exemplo da facilidade e dificuldade para analisar o que é produzido por Veja. Em linhas gerais, a revista acusa o delegado responsável pela Operação Satiagraha da Polícia Federal (e pela prisão do ex-banqueiro Daniel Dantas) de ter montado uma “máquina ilegal de espionagem” por meio da qual teria bisbilhotado a vida de autoridades, supostamente em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para fazer a acusação, a reportagem de Veja, assinada por Expedito Filho, Alexandre Oltramari e Diego Escosteguy, “teve acesso” ao conteúdo de um computador apreendido por policiais na casa do delegado Protógenes, no Rio de Janeiro – ele está sendo investigado pela PF por supostos abusos cometidos durante a Operação Satiagraha. Segundo a revista, seriam “63 fotografias, 932 arquivos de áudio, 26 arquivos de vídeo e 439 documentos em texto”, material que estaria armazenado “em um computador portátil e em um pen drive”.
A primeira pergunta que não quer calar é justamente como Veja “teve acesso” aos documentos. Parece óbvio que se trata de mais um caso clássico de vazamento, e já por aí a reportagem começa torta: qualquer que seja o vazador, é óbvio que existe um interesse político ou pessoal por trás da entrega do material à revista. Sim, Veja não está obrigada a revelar as suas fontes, mas desde logo o leitor precisa saber que não se trata de uma apuração dos jornalistas do semanário, de um furo de reportagem. O “material” chegou lá, prontinho para ser deglutido, digerido e transformado em chamada de capa.
Em casos assim, em geral convém lembrar a velha questão latina: cui prodest, a quem aproveita? É aí que reside a dificuldade para a análise. Basicamente, são três os beneficiários da “denúncia” da revista Veja: o ex-banqueiro Daniel Dantas, para quem a desmoralização de Protógenes é sempre um alento; o deputado federal Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), presidente de uma CPI dos Grampos que estava por terminar e pode ganhar fôlego, mantendo o parlamentar sob os holofotes da mídia; e os inimigos do delegado na Polícia Federal e no governo em geral. De alguma destas três partes deve ter vindo o vazamento das informações do inquérito sobre Protógenes – é certo como dois e dois são quatro que Dantas, Itagiba e a turma da pesada da Polícia Federal ou da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) teriam acesso aos documentos e também todas as condições de vazar o material para a Veja.
Ainda no final de semana, o delegado se manifestou desmentindo o que foi publicado na revista e na segunda-feira (9/03) escreveu em seu blog uma longa contestação, na qual diz ser criminosa a publicação de “documento sigiloso de uma investigação presidida pelo Delegado de Polícia Federal Amaro Vieira Ferreira IPL 2-4447/2008 - DELEFAZ/SR/DPF/SP”. Ele também afirma que em sua casa “não foi apreendido nenhum documento ou material, nem tampouco computador contendo dados da operação Satiagraha”. Segundo Protógenes, apenas “documentos pessoais (...) e materiais referentes à atividade de inteligência” foram apreendidos e todos teriam sido “coletados no estrito cumprimento da lei e da Constituição da República”.
É possível e até provável que o delegado Protógenes Queiroz tenha realmente cometido abusos durante a operação que levou Daniel Dantas pela primeira vez à prisão. Ele está sendo investigado exatamente por seu comportamento, para dizer o mínimo, pouco ortodoxo. Também é possível e bastante provável, por outro lado, que a revista tenha “esquentado” o material que recebeu de mão beijada para tentar provar uma tese, qual seja a de que a investigação comandada por Protógenes está prejudicada pelos vícios cometidos durante a operação. Mais ainda, Veja tenta mostrar que o delegado estava realizando diversas investigações paralelas e inclui José Dirceu, Mangabeira Unger, Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff e José Serra entre os investigados. Ou seja, que ele age ao arrepio da lei e é mais um “aloprado”, não petista, neste caso, porque é público e notório que o delegado é simpático ao PSOL de Heloísa Helena e Luciana Genro.
É preciso mesmo ter dois pés atrás ao ler a reportagem de Veja. Há trechos que soam até fantasiosos, como o relato sobre os “documentos apreendidos com a equipe do delegado e que estão protegidos por senhas de acesso, com codinomes como ‘Tucano’, ‘FHC’ e ‘Serra’”. Será que o pessoal tentou a senha “PSDB” para abrir os arquivos? Também não deixa de ser interessante que a revista tenha revelado o conteúdo de alguns documentos na reportagem, mas ao mesmo tempo tenha evitado disponibilizar na internet a íntegra do material “a que teve acesso”, até para que os leitores pudessem formar melhor juízo sobre as fontes que a revista utilizou para realizar a matéria.
São tantos os interesses em jogo em torno da Operação Satiagraha – por parte do governo, da oposição, de Dantas, da CPI dos Grampos, das várias alas da Polícia Federal e da Abin – que é difícil entender qual é a real motivação da reportagem publicada por Veja. Muito mais difícil, porém, é acreditar que a revista tenha realizado um trabalho jornalístico para levar a seus leitores a verdade dos fatos.
Ou que tenha entrado de inocente útil em uma disputa política alheia a seus próprios interesses ou de seus aliados. O passado recente de Veja não autoriza nenhuma dessas leituras, muito menos as fontes utilizadas para a reportagem em questão.
Luiz Antônio Magalhães
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