Estava numa praia do litoral sul da Paraíba e fiquei a assistir 14 crianças a brincar nas águas e nas ondas do mar... ora de mãos dadas, sorrindo, se divertindo. Entre elas havia de tudo: pequeninas, maiorzinhas, magrinhas, taludinhas, branquinhas, moreninhas, negrinhas, até ruivinha.
Tinha do interior e de vários outros estados do Brasil. Mais, havia crianças pobres, remediadas, da nova classe média e da tradicional, e, talvez, provavelmente, alguma da classe A, da elite. Todas convivendo sem maldade, sem rancores, com amor ingênuo.
Eram dias antes da posse de Obama, o presidente afrodescendente, que como o nosso metalúrgico Lula, venceu os preconceitos para chegar ao cargo mais alto da República, porque lá, como cá, a esperança venceu o medo.
Tudo isto me fez sonhar acordado, sentado na praia, que em um futuro nem tão mais distante assim, aquelas crianças irão viver em uma sociedade mais fraterna, sem preconceitos ou diferenças substanciais.
Por outro lado, quando uma pessoa deixa de sonhar, praticamente ela passa a viver sem sentido, sem motivação, sem esperança, sem felicidade e, nas situações mais extremas, chega-se a viver sem dignidade, dignidade humana.
Para algumas pessoas, os filhos representam o começo e o fim desse sonho. Em torno dos filhos, deste sonho central e único, a pessoa almeja viver dignamente para dar-lhes o essencial, como também os pequenos luxos, por assim dizer.
Uma família pobre, com numerosos filhos, pela educação que lhe foi dada, ou relegada, se não tiver o essencial, nem sonhar será possível, e sem isto nada mais será possível, principalmente a dignidade.
O Bolsa Família, uma política pública, um programa social, de assistência social, direito assegurado constitucionalmente, é direcionado à estas pessoas, cidadãos brasileiros, iguais, sem diferenciação porque estamos a falar de adultos e crianças; e somente para assegurar o essencial, uma renda mínima, um quase nada, seria até anticristão não se comover com a miséria alheia.
Isso sem falar na repercussão na economia que a circulação desse dinheiro gera. Se pudéssemos carimbar cada real com a marca do Bolsa Família, chegaríamos a conclusão de que esse dinheiro iria passar pelas mãos de quase todas as classes sociais.
Quando a sociedade evolui, com a continuidade do programa, sua compreensão da realidade muda também e passa a exigir outros direitos secularmente negados, como o direito à educação básica, formal e profissional.
Por que não devemos sonhar que, no futuro, com a manutenção e aperfeiçoamento desse programa, teremos uma sociedade mais justa, igualitária, democrática e plural? Vamos olhar para a frente e ver que finalmente o país do futuro chegará a um presente que orgulhe a todos os concidadãos.
Como um sonho de Martin Luter King se materializou... será possível que outros sonhos que se sonham juntos possam se tornar realidade.
Para isso, necessário ressaltar que a vida é feita de escolhas, e, no futuro, escolhas políticas serão importantíssimas para que políticas públicas sejam bem elegidas pelos nossos representantes políticos.
Encare as suas e sucesso para todos.
Márcio Lacerda de Araújo
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Há 15 horas
lembro-me de vc me contando deste episódio,as proporcões q vc dá aos acontecimentos que aos olhos de muitos é imperceptível, são envolventes.Parabéns pelo texto,vc arrasa na escrita,Bj
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