Desde logo, começo a semana informando que confirmei informação postada por uma leitora aqui ontem de que na próxima terça-feira sairá nova pesquisa CNT/Sensus sobre a popularidade do presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Em paralelo com as eleições no Congresso, esse certamente terá sido o fato político mais importante do ano, até aqui. Após o surto de desemprego em dezembro passado e o início alarmado deste ano, há fortes expectativas da mídia e da oposição de que o presidente da República tenha sofrido a primeira reversão na trajetória de sua popularidade desde dezembro de 2005, quando já acumulava algumas pesquisas em queda, fato revertido no início de 2006 justamente numa pesquisa CNT/Sensus.
Vamos, pois, às conseqüências políticas das possibilidades da pesquisa: O mínimo movimento para baixo que possa ser detectado na popularidade de Lula indicará à mídia que o caminho é continuar alarmando o país, tentando convencê-lo de que o governo Lula só foi “bom” até ser testado numa crise internacional como as que essa mídia diz que caracterizaram a era FHC e impediram-no de ser tão “bom” quanto Lula – ou melhor, por ser “dotô”.
Por outro lado, a estabilidade ou um (supostamente) impensável aumento da popularidade de Lula enfiará a oposição tucano-pefelista e a mídia em forte crise de propostas para viabilizar o projeto “Serra 2010” - as teorias sobre capacidade de transferência de votos de Lula para Dilma Rousseff ganham fôlego quando a popularidade do presidente sobe muito.
Em minha opinião, as possibilidades de estabilidade ou de (supostamente) impensável aumento da popularidade presidencial são melhores do que as de queda, apesar da alta do desemprego verificada em dezembro.
Sempre em minha opinião, a lógica e o bom senso deveriam ter dito à sociedade que algum problema que possa ter havido em nossa economia decorreu de fatores inquestionavelmente externos, e que a economia brasileira, por mérito internacionalmente aceito deste governo, está preparada para enfrentar tal problema como a de nenhum outro país e como nunca ocorreu na história brasileira, de o Brasil ser o país de economia mais sólida do mundo diante de uma crise de proporções planetárias.
Meço pelo que aconteceu comigo: ainda que alguns possam não acreditar, procuro ver as coisas como elas são, repudiando o auto-engano e aceitando adaptar-me aos fatos. De tudo que vi e refleti sobre como este governo está nos conduzindo em meio à crise, declaro, de forma pública e convicta, que passei a sentir orgulho de ser brasileiro, pois finalmente o Brasil tem um governo que lhe dá rumo, o que não tive a oportunidade de presenciar antes em meus 49 anos de vida.
Sou “petista”? Mentira! Não sou filiado a partido nenhum, não tenho contato com ninguém relevante do PT, a não ser alguns meros filiados que conheço; jamais tive relação de qualquer espécie com políticos e ganho minha vida vendendo na América Latina para fábricas de autopeças brasileiras. Não tenho um único motivo para defender este governo a qualquer preço, sobretudo ao preço de minha seriedade e sinceridade para com meus leitores.
O que acho é que este governo é bom, está conduzindo muito bem o país e acho que a maioria dos brasileiros também está vendo isso, e acho que aqueles que passaram a pensar assim a partir do ano passado continuarão pensando assim, porque são justamente aqueles que mais têm condições de se informar e de ver como está o país hoje em meio a um mundo afundado no caos.
Acho, também, que a crise nem passou perto dos setores menos instruídos e informados da população, que são também os setores mais pobres, e por isso nesse setor tampouco deveria ocorrer redução da aprovação ao presidente da República.
Diante disso, não consigo enxergar lógica em que a próxima pesquisa CNT/Sensus, a ser divulgada amanhã, revele queda na popularidade do presidente. E desconfiarei de reduções “dentro da margem de erro”, mas não desconfiarei de aumento, porque, dentro da lógica que me guia, se manipulação houvesse seria inevitavelmente para baixo.
Anotem aí no “bolão”, portanto, a minha aposta: Lula não cai. E vocês, o que acham?
fonte: http://edu.guim.blog.uol.com.br/
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