sexta-feira, 26 de junho de 2009

Patrus afirma que país está virando a página do assistencialismo



25/06/2009

Agência Brasil

Em BrasíliaO ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, afirmou hoje (25) que a pasta está "virando a página" do assistencialismo no país. Ele fez a declaração em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, ao ser questionado se o programa Bolsa Família representa um assistencialismo exagerado.

Para Patrus, o pagamento do benefício não "acomoda" as famílias pobres. "Pelo contrário, estimula", disse. "Sabemos que uma família sem renda ou de baixa renda corre sério risco de se destituir. Queremos que cada pessoa possa ganhar a vida com o seu trabalho, mas a fome não pode esperar", completou.

O ministro destacou que há projetos voltados à capacitação e qualificação de beneficiários do programa para a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho - sobretudo em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O ministério, segundo ele, também mantém parcerias com universidades públicas responsáveis por projetos de incubadoras de pequenas empresas voltados para as famílias atendidas.

"Pesquisas indicam que os pobres estão comprando mais, estimulando o comércio e a indústria e gerando empregos. Há ainda um impacto altamente positivo dos programas sociais nas economias locais", afirmou.

Patrus também falou sobre o aumento dos recursos aplicados anualmente no Bolsa Família. Para este ano, a verba prevista é de R$ 32 bilhões, quase um terço do montante destinado entre 2004 e 2008. Ele negou que haja relação entre o aumento e o fato de 2009 anteceder ano eleitoral. "A cada ano, estamos aportando mais recursos."

Em relação a denúncias de fraudes no cadastramento de famílias, Patrus admitiu que o programa apresenta "desafios", mas acrescentou que a determinação do governo é "tolerância zero". "Medidas foram e estão sendo tomadas em relação a essas pessoas", garantiu.

Para o ministro, o Bolsa Família está "consolidado" no Brasil. No entanto, ele lembrou que o que o país ainda apresenta o que chamou de "pobreza oculta". "São pessoas, às vezes, comunidades inteiras, sem certidão de nascimento, sem cidadania", disse.

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