Existe uma premente necessidade de os jornais da terrinha corrigirem as rotas do colunismo social. Entre muitas razões, a primordial: os conceitos de ricos, famosos, belos, bem sucedidos e bem nascidos - que sempre sustentaram o conteúdo das seções especializadas - já não são os mesmos de 50 anos atrás, quando começou a proliferar e a se consolidar o noticiário do gênero. Depois, porque, no formato que têm, as colunas são excludentes - e a comunicação cidadã, tendência irreversível, não contempla posturas assim. Um terceiro aspecto prende-se à credibilidade dos jornais. Notas cifradas, muitas incompreensíveis para o leitor comum - e na verdade só 'lidas' pelos destinatários -, estão invariavelmente presentes em colunas sociais. Não se pode levar a sério informações assim, ou o que quer que isso possa ser chamado.
Devo esclarecer que considero o colunismo social importante, sim, quando feito com critério e, principalmente, com ética. Primeiro, por atender as demandas de um público real, palpável, que consome jornal da mesma forma que aquele, por exemplo, que deseja informações sobre política ou esportes. Depois, por ter o potencial de apresentar, em boa medida e com boa aproximação do exato, tendências de comportamento da sociedade. Voltarei ao assunto.
Postado por Tião Lucena no seu blog.
Nenhum comentário:
Postar um comentário